Quinta, 7 de novembro de 2024
Entidades enfatizam que conteúdo ministrado na aula está amparado na legislação federal que obriga o ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Coletivos exigem retratação pública do deputado que expôs professora e cobram solução do GDF: "não podemos permitir"
Bianca Feifel
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 07 de novembro de 2024
Coletivos e representantes de entidades que atuam em defesa de religiões de matriz africana no Distrito Federal divulgaram uma nota de apoio ao Centro de Ensino do Lago (CEL), após uma professora da instituição ter sido exposta pelo deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), que a acusou de obrigar alunos a realizar “rituais” e cultuar entidades. O grupo exige que o parlamentar se retrate publicamente e que o Governo do Distrito Federal (GDF) se posicione.
A atitude do deputado foi definida na nota como um “ato flagrante de racismo religioso e intolerância”. “Ao acusar de ‘magia’ e ‘ensino de religião’ o que é, na verdade, a preservação de uma memória cultural, o deputado desrespeita não só o trabalho de uma educadora comprometida, mas também a própria Laicidade do Estado que ele alega defender”, defendem as organizações que assinam o texto.