Quinta, 13 de maio de 2021
Do MPDF
Todos os dias após a rotina de estudos, o Miguel*, de nove anos, tinha o hábito de brincar com seus amigos na porta de casa na Vila Planalto no Distrito Federal. Como era algo que fazia parte do cotidiano da família, os pais acompanhavam à distância a movimentação e as brincadeiras. No entanto, em 15 de janeiro deste ano, a rotina saudável dos amigos foi bruscamente interrompida por uma vizinha que, incomodada com o lazer das crianças, se dirigiu ao Miguel com termos e frases preconceituosas: “neguinho”, “você também não é bonito, tem a cor feia, é preto”.