A fala do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) na última quinta-feira (21/8) ultrapassou todos os limites. O pronunciamento, que pode ser visto pelo mundo inteiro via internet, entra na lista dos ataques sistemáticos de movimentos antieducação à carreira magistério público e vai além: defende mecanismos que facilitam que crianças e adolescentes se tornem alvo de pedofilia, sejam incentivadas ao suicídio ou influenciadas a protagonizar os trágicos ataques às escolas.
Ao abordar o projeto de lei que protege crianças e adolescentes nos ambientes digitais (PL 2628/2022), Nikolas se esquivou de qualquer respingo de escrúpulo para tentar colocar os ataques aos direitos humanos e a liberdade de expressão no mesmo patamar.
Preocupado com as bilionárias bigh techs, o parlamentar defende que a recomendação de conteúdos criminosos feita pelos algoritmos das redes sociais seja realizada livremente, sem qualquer limite. Ou seja, não se deve estabelecer nenhum tipo de filtro para que conteúdos que expõem o corpo de crianças, por exemplo, sejam derrubados ou denunciados, e cheguem a pedófilos dos seis continentes.