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(Millôr Fernandes)
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domingo, 17 de novembro de 2024

Artigo: AMBIENTALISMO, IDENTITARISMO E OUTROS MODOS DE EXTINGUIR UM PAÍS

Domingo, 17 de novembro de 2024

AMBIENTALISMO, IDENTITARISMO E OUTROS MODOS DE EXTINGUIR UM PAÍS


Pedro Augusto Pinho

Não apenas com terra e gente se constrói um País. É preciso mais, muito mais, estando na base desta construção a formação da cultura, a alma de um povo. E como se dá esta construção? A partir da condição única que está na relação das pessoas com a realidade do mundo que a cerca. Esta forma de se relacionar com o ambiente que está na base da cultura nacional, ou seja, nos relacionamentos e entendimentos que as pessoas têm entre si e com o meio ambiente.

Assim há civilizações que necessitam de um ser superior, supremo, imaginado para fazê-las entender o mundo e a vida, são as teístas. Outras acreditam no homem, e dispensam divindades, são ateístas ou irreligiosas.

Sem terra, homem e cultura, a aglomeração das pessoas em qualquer território será uma colônia, ou de um país, ou de uma ideologia, ou de um poder que se imponha como a tecnologia, a riqueza, até a audácia de qualquer aventureiro.

Partimos da existência de um País. Quais as mais urgentes necessidades? O modo de relacionamento entre as pessoas e a produção de energia para suas existências.

Iniciemos pela energia.

Existem as energias que podem ser guardadas para uso quando necessárias e aquelas que se perdem após sua produção, ou seja, são produzidas para consumo imediato. Nestas últimas há as de produção permanente e as de produção intermitente.

Já nesta classificação se observa que um tipo de energia é a mais desejada, a que com toda certeza leva o homem a buscá-la e garanti-la para seu País. Esta energia é a de origem fóssil e da biomassa.

De origem fóssil tem-se o carvão mineral e o petróleo, este último em três condições: líquida (óleo ou simplesmente petróleo), gasosa (gás natural) ou de xisto e folhelhos ou areias betuminosos.

Da biomassa são muitos produtos vegetais, inclusive resíduos agrícolas, que podem ser usados como insumo na produção de energia.

Há também outra energia com a mesma característica permanente, que vem da tecnologia da manipulação do átomo, a energia da fissão e da fusão nuclear, as energias atômicas.

Nesta simples exposição das energias já se observa sua importância para vida humana, ou seja, que não pode ficar ao sabor de outros interesses que não sejam da permanente disponibilidade para os habitantes daquele território que constitui seu País. Ela é de todos e precisa ser administrada por todos, isto é, pelo Estado Nacional que os representa.

Entramos na segunda grande questão: como estabelecer a disciplina dos relacionamentos entre as pessoas.

Muito da história da humanidade é narrada pelos diversos modos tentados por todos os povos ao longo de suas existências. Ainda não se chegou a qualquer consenso, porém há padrões que podem ser considerados basilares desta construção. E deles decorrem os dois modelos que conhecemos no século em que vivemos, o 21º da Era Cristã, para grande parte da humanidade. Porém poderíamos também denomina-lo do 22º milênio, desde quando os primeiros homens abandonaram seu berço natal, o país hoje denominado Etiópia, no continente africano, e saíram povoando todo restante do mundo.

Um é o modelo teísta, adotado, por exemplo, por países inimigos como Irã, Israel e Arábia Saudita. Outro é o ateu, que surge na grande potência do mundo atual, a China. Porém é formalmente adotado por grande número de Estados Nacionais, especialmente no ocidente capitalista, que se definem constitucionalmente como laicos, como o Brasil.

Cuidemos, inicialmente, da questão energética e das farsas que acompanham a luta pelo poder neste tão vital segmento de nossa existência.