Sábado, 6 de agosto de 2022

Ocorrência de crimes contra a mulher é o principal motivo de ligações para o 190, telefone de emergência da Polícia Militar do RJ - Agência Brasil/Reprodução
Últimos casos de feminicídio ocorridos no RJ são exemplos do desamparo que muitas mulheres enfrentam após a denúncia
Clívia Mesquita
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 06 de Agosto de 2022
O Observatório Judicial da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), registrou mais de 15 mil emissões de medidas protetivas de urgência até maio deste ano. Pela Lei Maria da Penha, a proteção tem por objetivo preservar a integridade física da vítima e impedir que o agressor se aproxime. A mulher que sofrer uma violência ou se sentir ameaçada pode solicitar a medida em qualquer delegacia ou pela internet.
Para Camila Belisario, antropóloga e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) que estuda narrativas de mulheres que denunciam violência doméstica na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada no centro do Rio, além de grupos de apoio no Facebook, a denúncia é um passo importante para romper o ciclo de violência. No entanto, o amparo institucional tem limitações. Uma delas é a demora do judiciário no andamento dos processos que podem levar à prisão do agressor.