Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 25 de dezembro de 2016

Salvar a pele do Lula passou a ser o objetivo primordial do PT. Dane-se todo o resto!

Domingo, 25 de dezembro de 2016
Do blogue Náufrago da Utopia
Por Celso Lunagaretti


Parece desvario ou maledicência, mas é notícia do Estadão:

"O PT pretende lançar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República ainda no primeiro semestre do ano que vem, entre fevereiro e abril. 
A estratégia tem dois objetivos. O primeiro é aproveitar politicamente a baixa popularidade do governo Michel Temer. 
O segundo é reforçar a defesa jurídica de Lula, réu em cinco processos penais, quatro deles provenientes da Operação Lava Jato e seus desdobramentos.
Antes, o deboche. Agora, o desespero.


A informação foi confirmada reservadamente por integrantes da direção petista e também do Instituto Lula"


Todos já estávamos carecas de saber que o PT desistiu completamente da revolução anticapitalista e hoje tem como objetivo supremo, primordial e único a conquista de governos sob o capitalismo (o qual, se depender dele, durará até o final dos tempos!).

Agora, contudo, demonstra dar mais importância à manutenção do Lula fora das grades do que à conquista do principal governo da República —caso contrário, jamais cogitaria lançar tão precocemente uma candidatura que tem enorme possibilidade de não subsistir até 2018 por motivo de cana maior. Se for depois obrigado a substitui-lo por outro candidato, este será visto como tão inferior quanto os técnicos que substituíram o Tite no Corinthians...

Ainda por cima, o destrambelhado pulo do gato se constituirá apenas numa canhestra tentativa de criar um fato político que, supostamente, seja capaz de tolher a Justiça. Isto não passa de um sonho de verão, além de uma evidência gritante de desespero.

Devemos, portanto, concluir que hoje a prioridade máxima do partido passou a ser outra: salvar a pele do Lula. Todo o resto vem depois.

Seria cômico se não fosse trágico.