Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O homem que ensinava aprendendo

Novembro 

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O homem que ensinava aprendendo

No ano de 2009, o governo do Brasil pediu desculpas a Paulo Freire. Ele não pôde agradecer o gesto, porque estava morto fazia doze anos.


Paulo tinha sido o profeta de uma educação solidária.


Em seus começos, dava aulas debaixo de uma árvore. Havia alfabetizado milhares e milhares de trabalhadores do açúcar, em Pernambuco, para que fossem capazes de ler o mundo e ajudassem a transformá-lo.


A ditadura militar o prendeu, expulsou-o do país e proibiu seu regresso.


No exílio, Paulo andou muito mundo. Quanto mais ensinava, mais aprendia.


Hoje, trezentas e quarenta escolas brasileiras têm o seu nome.

Eduardo Galeano, no livro 'Os filhos dos dias'.
L&PM Editores, 2ª edição, folha 374.


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Paulo Freire

E no muro de uma escola pública no Gama, DF. Foto: Taciano/Blog Gama Livre. Agosto 2019