Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

🏥CAMPANHA EM DEFESA DO POSTO DE SAÚDE Nº8 DO GAMA (DF)🏥

Sexta, 13 de novembro de 2020 



COMPREENDEMOS que uma cidade é muito mais que suas avenidas, edifícios e endereços. Uma cidade só pode ser viva por meio das pessoas que nela vivem, com suas diferenças, semelhanças, objetivos e relações que desenvolvem entre si e o espaço onde vivem.


🏥CAMPANHA EM DEFESA DO POSTO DE SAÚDE Nº8🏥

Fórum Comunitário e de Entidades do Gama

Quer ajudar a mobilizar a comunidade em defesa do Posto de Saúde nº8, mas não sabe como?

Vem com a gente!

Semanalmente iremos sugerir coisas que você poderá fazer exatamente de onde estiver, e ainda assim vai estar ajudando a potencializar a nossa luta coletiva.

💡SUGESTÃO:

Convidamos você para ler o MANIFESTO EM DEFESA DO POSTO DE SAÚDE nº8 (https://forms.gle/SAexajhkaDbYRKby8) e convidar alguma entidade, coletivo, movimento social, partido político ou mandato parlamentar federal ou distrital para assinar e demonstrar o seu apoio e compromisso com a nossa luta.


🆘COMO POSSO AJUDAR?

#1- ✒️Assine o ABAIXO-ASSINADO (http://chng.it/W27SvqG8fb)

#2- 📱Use o TEMA do Posto 8 no seu perfil no Facebook (https://bit.ly/3p9qxeU)

#3- 🔄COMPARTILHE essa mensagem em seus grupos e listas de transmissão.

#4- Questione o seu deputado sobre a opinião dele e exija um posicionamento público.

#️⃣   HASHTAGS:

#ReformaJá! #EstacionamentoNÃO #Posto8doGama #GamaDF


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MANIFESTO EM DEFESA DO POSTO DE SAÚDE nº8
COMPREENDEMOS que uma cidade é muito mais que suas avenidas, edifícios e endereços. Uma cidade só pode ser viva por meio das pessoas que nela vivem, com suas diferenças, semelhanças, objetivos e relações que desenvolvem entre si e o espaço onde vivem.

Essas relações, entre indivíduos e o meio onde vivem, formam uma dinâmica comunitária que se reproduz por meio da cultura, da história e principalmente da política.

Sendo assim, não é incomum que alguns locais adquiram significados que transcendem ao que são superficialmente, e se tornem símbolos que somente as pessoas que vivem naquela comunidade compreendem e sentem.

É assim com o abandonado Cine Itapuã, o Hospital Regional do Gama, o Estádio Bezerrão, a Prainha, o Parque Ecológico do Gama e obviamente o Posto de Saúde nº8, pois cada um desses espaços representa um aspecto de como a comunidade se relaciona com o meio em que vive, conectando a sua realidade local com a cultura, a saúde, o esporte e o meio ambiente.

VALORIZAMOS a história de nossa cidade, e acreditamos que respeitá-la é algo fundamental, para a construção de um sentimento de pertencimento da comunidade com suas origens e raízes.

O Posto de Saúde nº8 esteve ativo de 1973 até 2014, servindo nossa comunidade de forma digna e bastante elogiosa, por meio de seus trabalhadores, trabalhadoras e estrutura física, que anteriormente, já possuía finalidade pública por meio do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Assistência Social), que antecedeu o SUS (Sistema Único de Saúde) como política pública de saúde.

Ao longo dos anos aquele espaço bem localizado e de fácil acesso, se converteu em um dos símbolos da saúde pública de nossa cidade, em razão do serviço de excelência e referência que prestava, sendo recordado até hoje por parte da comunidade como um dos melhores postos de saúde do Gama.

O local foi fechado no final de 2014 para reformas, que foram iniciadas em maio de 2015, a empresa responsável pela reforma recebeu R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais), realizou 21% da obra contratada e abandonou o trabalho.

Após várias notificações e tentativas de retomada por parte do Poder Público, a segunda colocada na licitação foi chamada e recusou, logo na ordem, a terceira colocada também recusou.

Várias matérias jornalísticas e mobilizações da comunidade foram realizadas no intuito de exigir que o Estado reformasse o local e o devolvesse à comunidade.

Tantas outras promessas foram feitas, e nenhuma foi cumprida.

Ao mesmo tempo, um hospital privado crescia de forma vertiginosa ao lado, o pequeno Mater Day, virou o gigante Maria Auxiliadora, e não parou de crescer desde então.

A comunidade não deixou de reparar naquele contraste, entre a degradação e o abandono de um dos símbolos da saúde pública e do SUS e a pujança e prosperidade do único hospital privado na cidade.

Se questionando constantemente se aquele descaso era proposital e oportuno, para que em algum momento o hospital privado pudesse enfim devorar aquele espaço.

Por mais que alguns ignorem e façam malabarismos retóricos para justificar o que defendem, a possibilidade de canibalização de um símbolo da saúde pública por um hospital privado, é o reflexo do projeto de desmantelo da saúde pública em nosso país, enquanto os planos de saúde privada, seguem prosperando enquanto mercantilizam a vida e a saúde da população.

Recentemente, o que era apenas um boato intuitivo, se materializou em ideia, quando o Governador Ibaneis Rocha, com apoio do autoproclamado deputado do Gama (Daniel Donizet), anunciou a intenção de promover uma Parceria Público Privada (PPP), onde o hospital privado ficaria com o terreno do Posto de Saúde nº8, para fazer um estacionamento, e em troca construiria outro posto em local ainda indefinido.

Imediatamente a comunidade reagiu de forma negativa, e uma serie de mobilizações se iniciou com o propósito de rechaçar essa ideia.

REPUDIAMOS qualquer tentativa de distorção narrativa do que defendemos, e a entrega sob qualquer pretexto de um patrimônio público de valor histórico, sentimental, comunitário e financeiro que alça a casa dos milhões de reais, à iniciativa privada de forma tão generosa e nada transparente.

DEFENDEMOS o Posto de Saúde nº 8 como parte de nossa história, como símbolo da saúde pública em nossa cidade e sua permanência no exato local onde sempre esteve.

Também defendemos que o Estado seja um promotor da saúde pública como um direito básico e fundamental, não passível mercantilização.

EXIGIMOS a sua imediata reforma, estruturação e que seja entregue à comunidade em condições dignas de trabalho para os servidores públicos da saúde e à população do Gama.

REAFIRMAMOS o nosso compromisso com a defesa incondicional do SUS, o respeito e a valorização dos servidores da saúde pública, e com os valores consagrados na Constituição Federal de 1988:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação

ANUNCIAMOS ao Governo do Distrito Federal (GDF), à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), à sociedade, instituições e aos poderes constituídos que iremos recorrer a todos os meios legais e de mobilização popular, para repudiar, defender, exigir e reafirmar o que expressamos por meio desse manifesto.