Brasil de Fato

“O agronegócio é o inimigo público número um da sociedade brasileira”. Essa tese é defendida pelo professor e pesquisador Luiz Marques, em sua mais recente obra, Ecocídio: Por uma (agri)cultura da vida, lançada pela editora Expressão Popular.
No livro, ele, que também é colaborador do departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e co-fundador do curso de pós-graduação em história da arte da mesma instituição, discute como o setor impacta negativamente nos biomas brasileiros e tem se apropriado economicamente das receitas do país.
“Além de degradar o meio ambiente, cada vez mais, o agronegócio vampiriza o Estado brasileiro, de maneira a garantir que os lucros sejam garantidos. Eles também não pagam imposto de importação, nem de exportação, não pagam coisa nenhuma e são mega subsidiados”, explica, em entrevista ao Conversa Bem Viver.
Diante desse cenário, Marques também discute um conjunto de iniciativas que apontam para a superação do atual modelo. Todas elas, na avaliação do pesquisador, passam pela mobilização intensiva da sociedade.