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Em 14 de novembro, o grupo canadense Wellington Water Watchers organizou a conferência “Todos os Olhos na Nestlé” na cidade de Guelph, Ontário, reunindo movimentos de povos e cidadãos indígenas que combatem as tomadas de água da Nestlé no Canadá, EUA, França e Brasil.
Após esse evento público, os representantes das organizações envolvidas se reuniram para um workshop para troca de informações e discussão de possíveis estratégias comuns de resistência a essa empresa gigante de captação de água. Das experiências e histórias compartilhadas por grupos tão diferentes quanto o Collectif Eau 88 – da cidade de Vittel, França – Save Our Water – de Elora, Canadá – ou os cidadãos do Michigan para a Conservação de Água – dos EUA – ficou claro que é um padrão comum em todos esses lugares onde a Nestlé leva água para suas instalações de engarrafamento, ao contrário da alegação dessas empresas de que qualquer problema é sempre apenas uma questão local. Esse padrão comum mostra, por exemplo, que a quantidade de água retirada – pela qual a Nestlé paga quase nada – geralmente faz com que os níveis de água subterrânea afundem, afeta os ecossistemas e coloca em risco o suprimento de água dos cidadãos locais. Em Vittel, por exemplo, a Nestlé e a comunidade captam água do mesmo aqüífero e as instituições estatais francesas reconhecem que essa situação põe em risco o aqüífero, uma vez que as tomadas de água foram mais rápidas que o reabastecimento natural. A solução proposta pelas autoridades francesas? Construir um oleoduto de cerca de 14 km para trazer água de outro lugar para os habitantes de Vittel, para que a Nestlé possa continuar sem perturbar seus negócios bombeando as águas subterrâneas de Vittel !!!