Quinta, 4 de junho de 2020
Por
Helio Fernandes*
A última ditadura, 21 anos, dividiu seu tempo entre roubar e matar. Nunca se roubou tanto, nos mais diversos setores. Shigeaki Ueki fez fortuna colossal, foi para o Texas, protegido pelo "presidente" Geisel. Eu denunciava, mandava me prender, e garantia o "japonezinho".
Delfin Netto e Andreazza, construíram a Ponte Rio -Niterói, os ingleses ganharam tanto dinheiro, que a Rainha Elizabeth deixou Londres e veio inaugurar uma ponte municipal.
E este repórter escreveu uma série de reportagens sobre o assunto, com o tí tulo geral, "A ponte de ouro sobre o mar de lama".
Quando Costa e Silva morreu, foi substituído por Médici, que se destacou por gostar de assistir tortura, escondido.
Logo depois, quis se realizar como "administrador" gastando fortuna colossal para abrir a Transamazônica, que eu glorifiquei com a definição, "a estrada que liga o nada a coisa alguma". A estrada era tão inútil, que desapareceu. Se tivesse gasto uma parte do dinheiro em ferrovias, maravilha.
No capitulo "torturar e matar", ninguém superou o "presidente" Geisel. Irresponsável, aconselhava, por escrito, "matem os membros da oposição, MAS COM CUIDADO".
Os americanos, que protegiam a ditadura do Brasil, quando ela acabou, mandaram cópia para cá, está arquivada. O general Geisel teve tempo de coordenar a "anistia ampla, geral e irrestrita", que INOCENTOU todos os generais torturadores, que jamais foram punidos.
Ao contrário do que aconteceu na Argentina. O general Videla e o Almirante Massera, que dominavam tudo, foram condenados à prisão perpetua, que cumpriram numa cela de 4 por 4, sem receber visitas.
Quando morreram, a família nem soube, seus corpos foram jogados no mar, para que não descobrissem o local. Escrevi sobre o assunto, e telefonei para a maior autoridade em português, notável figura, com uma pergunta: (já morreu, grande personagem, meu amigo) "eles foram jogados no mar, posso dizer que foram enterrados?".
PS- Agora que vivemos uma inédita pré ditadura, até reconhecidos democratas, querem "diálogo" com Bolsonaro, candidatíssimo à reeleição, com esta bandeira de campanha: "Temos que fechar o Congresso e o Supremo".
PS2- Acusadíssimo, é perigoso e ameaçador.
PS3- Bolsonaro, só com uma frase a seguir: "Nunca mais". Mas querem reforçá-lo, garantindo que "os militares têm PODER MODERADOR".
PS4- Já devíamos estar combatendo um governo civil dominado por militares.