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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

BRB dá carrinho sem bola no Mané Garrincha

Quarta, 29 de dezembro de 2021
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


Essa não é a primeira vez que tentam apagar da memória candanga o nome de Mané Garrincha, que por aqui também jogou vestindo a camisa do Ceub. Na gestão de Agnelo Queiroz, tudo foi feito para que o nome não prevalecesse.

Por Chico Sant’Anna

A jogada de marketing entre a Arena BSB e o Banco de Brasília – BRB, mudando o nome do estádio que homenageia o jogador Mané Garrincha para Arena BRB, equivale a uma entrada de carrinho, sem bola, pelas costas. Ação para cartão vermelho, totalmente sem fair play. Não adianta nem apelar para o VAR. Os questionamentos são de natureza legal e econômica. Pelo contrato de rebatismo, “naming rights”, o estádio receberá o novo nome a partir de 2022 e, por três anos, o BRB pagará R$ 7,5 milhões. A quantia equivale à metade do que a Arena BSB deve pagar de volta, no mesmo período, ao GDF pela concessão do estádio, do ginásio Nilson Nelson, o complexo de piscinas e o direito de construir e explorar por 35 anos um shopping aberto na área contígua ao Complexo Desportivo.

O GDF alegava que era necessário privatizar a gestão do estádio pois ele consumia muito recursos públicos, mas agora ajuda a concessionária a faturar para cobrir seus gastos. “Se fosse pra bancar com recursos públicos a rentabilidade da empresa beneficiada com a privatização do Mané Garrincha, não precisaria privatizar” – questiona a professora Fátima Sousa, que disputou o GDF com Ibaneis, em 2018

Essa não é a primeira vez que tentam apagar da memória candanga o nome de Mané Garrincha, que por aqui também jogou vestindo a camisa do Ceub.