Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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domingo, 4 de fevereiro de 2024

Peças resgatadas de ataques em terreiros podem ser tombadas este ano

Domingo, 4 de janeiro de 2024
© Larissa Fontes/Divulgação

Episódio Quebra de Xangô, em Alagoas, ocorreu há 112 anos

Por Luiz Cláudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Instrumentos musicais, indumentárias, estatuetas, insígnias e outros objetos sacralizados compõem um acervo raro de 216 peças que foram roubadas em 1912 de terreiros em Alagoas, mas não destruídas, durante o maior ataque na história do Brasil a religiões de matriz africana. Esse conjunto de materiais resgatados, de valor histórico e cultural imensurável, pode ser finalmente tombado neste ano como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

O ataque ocorrido a partir da madrugada do dia 2 de fevereiro de 1912 (há exatos 112 anos), em episódio que ficou conhecido como “Quebra de Xangô", teria atingido, ao menos, 70 casas de religiões de matriz africana em Maceió e também em cidades vizinhas. De acordo com pesquisadores, um grupo que se intitulava Liga dos Republicanos Combatentes promoveu, naquele dia, terror com invasões, vandalismo, espancamentos e ameaças, além de roubar objetos sagrados.

Esses objetos a serem tombados, expostos na época pelos agressores como símbolo de vitória, passaram a significar a comprovação do crime. O ataque foi cometido pela agremiação política que fazia oposição ao governador da época, Euclides Malta, e o ‘acusava’ de proteção e proximidade aos terreiros. Por isso, prepararam aquele que se tornou um ataque sem precedentes de intolerância religiosa no país. Hoje, as 216 peças não destruídas estão sob guarda do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL).
Peça que restou do ataque de intolerância religiosa em Alagoas, conhecido como Quebra de Xangô, que ocorreu há exatos 112 anos - Foto Larissa Fontes/Divulgação

Segundo o historiador Clébio Correia, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), esse é o único caso registrado na história brasileira de quebra de terreiros de forma coletiva. “A gente tem episódios de invasão e quebra de terreiros em todo o Brasil, mas individualmente. No caso de Alagoas, houve verdadeiro levante de uma turba organizada por uma milícia chamada Liga dos Republicanos Combatentes, que era um braço armado do político Fernandes Lima, inimigo do governador Euclides Malta, à época”, explica.

domingo, 21 de janeiro de 2024

DIA DE LUTA —Intolerância religiosa aparece em um terço dos casos de racismo no Brasil, mostra pesquisa

Domingo, 21 de janeiro de 2024
Desde 2007, 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa - Juliana Gonçalves/ Arquivo Brasil de Fato

Crenças de matriz africana concentram mais denúncias de discriminação do que outras religiões

Redação
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 21 de janeiro de 2024

O Brasil chega a este 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, com números alarmantes. Segundo levantamento da startup JusRacial, em 2023 havia 176 mil processos por racismo em tramitação nos tribunais do país, e um terço deles (33%) envolviam intolerância religiosa.

A pesquisa foi feita a partir das páginas oficiais dos tribunais durante todo o ano, contando processos concluídos ou em andamento. No Supremo Tribunal Federal (STF), a proporção de casos de intolerância religiosa entre os processos por racismo é ainda maior: 43%.

Em entrevista ao Central do Brasil, programa do Brasil de Fato em parceria com a Rede TVT, o diretor-executivo da JusRacial, Hédio Silva Júnior, advogado e doutor em direito pela PUC-SP e ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo, afirma que pessoas de diferentes segmentos religiosos ou convicções filosóficas enfrentam preconceitos no Brasil devido às suas crenças. Entre os praticantes de religiões afro-brasileiras, porém, esse índice é muito maior.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

MPF acompanha entrega de acervo de religiões de matriz afrobrasileira ao Museu da República; as mais de 200 peças foram apreendidas entre 1889 e 1945

 Segunda, 21 de setembro de 2020

Naquela época, o Código Penal de 1890 definia como crime a “prática do espiritismo, da magia e seus sortilégios”

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Do MPF

Cerimônia marcou a recepção de peças que estavam apreendidas e figuravam no Museu da Polícia Civil; evento contou com a presença de sacerdotes e sacerdotisas, além de integrantes do movimento “Liberte Nosso Sagrado”

Religiosos de matriz africana em roupas típicas durante o evento de entrega das peças apreendidas

Representantes do candomblé e da umbanda (Foto: MPF)


O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Rio de Janeiro, participou nesta segunda-feira (21) da cerimônia de recebimento do acervo de religiões de matriz afrobrasileira no Museu da República. A cerimônia contou com a participação de instituições como o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Iphan) e importantes representantes do candomblé e umbanda, como Mãe Meninazinha D'Oxum (Ilê Omolu Oxum), Mãe Palmira de Oyá (Ilê Omon Oyá Legi), Pai Roberto Braga - Tata Luazemi (Abassá Lumyjacarê Junçara), Mam'etu Mabeji representada por Tata Songhele (Kupapa Unsaba - Bate Folha Rio de Janeiro), Mãe Flavia Pinto (Casa do Perdão), Babá Adailton Moreira de Ogum (Ilê Axé Omiojuaro), Babá Mauro de Oxóssi (Ilê Axé Ofá, representando o Axé Iyá Nasso Oká Ilê Oxum).

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Terreiros de candomblé e umbanda: Peças históricas apreendidas de religiões afro-brasileiras pela polícia serão transferidas para Museu da República

Segunda, 10 de agosto de 2020
MPF atuou para garantir preservação e direito de acesso às peças retiradas de terreiros entre 1889 e 1945, após denúncia do Movimento Liberte Nosso Sagrado
Participantes da primeira reunião sobre o tema no MPF, em 2017 (Foto: Divulgação MPF)

Após quase três anos de negociações mediadas pelo Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Civil do Rio de Janeiro assinou na última sexta-feira (7) o termo de transferência ao Museu da República do acervo de mais de 200 peças de religiões de matriz afro-brasileira apreendidas entre os anos de 1889 e 1945, quando o Código Penal Brasileiro legitimava a intolerância religiosa. A transferência das peças é uma conquista do movimento Liberte Nosso Sagrado, que trouxe ao MPF a notícia de que os itens que integravam a coleção estavam armazenadas de forma inapropriada no Museu da Polícia Civil.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) solicita ao governo informações sobre medidas de combate à crescente intolerância religiosa no Brasil

Segunda, 23 de setembro de 2019
Do MPF
Levantamento realizado pela Procuradoria dos Direitos do Cidadão aponta que ameaças, invasões e queima de terreiros têm sido crimes praticados contra religiões de matriz afro
Foto mostra grupo de mulheres com roupas brancas e turbantes característicos das religiões afrobrasileiras
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) solicitou à Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) – vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – informações acerca das medidas que vêm sendo adotadas pelo governo federal para o enfrentamento à intolerância religiosa em todo o país.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

MPF requer providências do Governo do Rio de Janeiro após mais um episódio de intolerância religiosa na Baixada Fluminense

Quinta, 23 de maio de 2019
Do MPF
Ofício foi enviado requisitando urgência na adoção de segurança pública
Foto mostra grupos de umbanda fazendo a sua celebração
Foto: iStock
Hoje (23), o MPF recebeu mais um relato de violência na região de Duque de Caxias. Segundo uma representação anônima, um grupo de traficantes chefiados por um pastor teria percorrido 15 barracões de candomblé e umbanda localizados no município e ordenado a cessação de qualquer atividade religiosa que ocorresse no local. O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício ao governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel requerendo, com urgência, a adoção de providências no âmbito da segurança pública e a realização de uma audiência para tratar dos casos de intolerância religiosa na região da Baixada Fluminense. No documento também estão presentes alguns relatos de representantes das comunidades.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Lavagem do Bonfim comemora tolerância religiosa, mas Brasil segue caminho contrário

Domingo, 20 de janeiro de 2019
                                             Foto: Paula Fróes/GOVBA
Do
Sputnik Brasil
Nesta quinta-feira (17), aconteceu a Lavagem das escadarias do Bonfim, em Salvador, celebrando a diversidade de religiões no Brasil. Porém, cresce no país a intolerância religiosa e participação da religião na política e nas instituições. Sobre isso, a Sputnik Brasil ouviu o advogado Hédio Silva Júnior, especialista em liberdade de crença.
Foram milhares de pessoas participando da Lavagem das escadarias da Basílica do Senhor do Bonfim, em Salvador, Bahia. O tradicional evento tem uma caminhada de devotos, turistas e curiosos que percorreram um trajeto de 8 quilômetros entre a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia e a famosa Basílica do Senhor do Bonfim. A manifestação tradicional une diversas religiões e celebra a tolerância religiosa como símbolo do notório sincretismo brasileiro.















No entanto, o Brasil tem registrado um aumento do número de ataques a religiões de matriz africana nos últimos anos e a influência do poder evangélico na política e nas instituições. Em julho de 2018, o Brasil chegou a ser denunciado na Organização das Nações Unidas (ONU) pela intolerância contra cultos religiosos de matriz africana. Em relatório do ano anterior, a ONU já divulgava que entre 2011 e 2015 o Brasil teve 697 denúncias de intolerância religiosa no país, e maior incidência de ataques contra as religiões afro-brasileiras.

Hédio Silva Júnior, professor de direito, é advogado especialista em defesa de direitos religiosos. Ele é um dos profissionais que trabalha no caso do recurso extraordinário 494601, no Supremo Tribunal Federal (STF), que julga restrições às religiões de matriz africana.
"Dos cinco séculos do Brasil, quatro séculos foram vividos sob a égide de uma religião oficial de Estado. O Estado, até a república, elegia uma religião como a única religião reconhecida, a religião oficial. Um país que tem uma história como essa, desenvolveu uma cultura, especialmente no aparelho de Estado, o que é mais lamentável, desenvolveu uma cultura de apropriação do espaço público por interesses religiosos", explica o professor de Direito em entrevista à Sputnik Brasil.

terça-feira, 27 de março de 2018

Administração do Park Way e Núcleo Bandeirante: A caridade não pode parar. Não deixe a Fraternidade Universalista da Divina Luz Crística (FUDLC) fechar! #intoleranciareligiosanao

Terça, 27 de março de 2018
Olá, queridx(s)!

Essa petição é do meu terreiro, que vem sofrendo ataques, vítima de intolerância religiosa. Por favor, nos ajude assinando essa petição.

#intoleranciareligiosanao

Beijos no coração
Obrigada!
Ellen Cintra
😘🙏🏾💓

Por que isto é importante

A Fraternidade Universalista da Divina Luz Crística (FUDLC), é uma associação filantrópica, religiosa sem fins lucrativos que atua em diversas áreas ajudando a sociedade e a comunidade local. Seja com atividades de caridade material e espiritual, com ensino de respeito à diversidade, educação ambiental, defesa dos animais. Nossos cultos são de base afrobrasileiras e, por isso, há tempos sofremos ameaças. 

Vizinhos fazem reclamações infundadas e a Agefis acabou por nos notificar exigindo alvará de funcionamento no local em até 30 dias. Caso não consigamos, teremos que encerrar todo esse lindo trabalho de luz e caridade.

Há pouco tempo o Distrito Federal vem fazendo um trabalho para mapear e legalizar os terreiros de umbanda e candomblé, por isso, não há possibilidade da documentação sair no prazo exigido. 

No local em que exercemos nosso trabalho existem estabelecimentos comerciais que não sofreram denúncias como aconteceu conosco. O que reforça nossa certeza de que temos o direito de exercer nossas atividades da luz na região. As denúncias foram apenas contra nossa fraternidade, uma casa com matriz religiosa afrobrasileira. 

Não podemos deixar essa Casa de luz fechar por intolerância religiosa. Não podemos acabar com um trabalho que já atendeu mais de 50 mil pessoas. Precisamos fazer algo. 

Esse trabalho de caridade ajuda muitas pessoas e não pode parar. Precisamos continuar ajudando. E para isso, precisamos de sua assinatura em apoio a manutenção do funcionamento da FUDLC na Chácara Aruanda ( SMPW Quadra 13 conj 2 chácara 40B).

Conheça o trabalho da nossa casa: 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Mais intolerância religiosa no RJ: pedradas em festa da Umbanda e pichação contra a Macumba

Quinta, 19 de outubro de 2017
Da Ponte
Direitos Humanos, Justiça e Segurança Pública

Zona Sul da capital fluminense e Nova Iguaçu, município da região metropolitana, registram novos casos de intolerância religiosa. São mais de 40 ataques em dois meses


Ao menos três pedras foram lançadas em participantes de festividade religiosa no Rio | Foto: arquivo pessoal

Os ataques movidos à intolerância religiosa continuam acontecendo no estado do Rio de Janeiro. No último sábado (14/10), uma festa de Ibeijada, comemoração sincrética de São Cosme e São Damião, foi alvo de pedradas em Campo Grande, na zona Oeste do Rio. Outro caso aconteceu em Nova Iguaçu, região metropolitana da capital fluminense.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Aplicativo recebe denúncias de violência contra praticantes de religiões afro

Sexta, 13 de outubro de 2017
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Representantes de diversas religiões participam de caminhada na praia de Copacabana em defesa da liberdade religiosa (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Representantes de diversas religiões participam de caminhada na Praia de Copacabana em defesa da liberdade religiosaFernando Frazão/Agência Brasil
Cansado de ouvir comentários ofensivos e relatos de violência contra praticantes de religiões afro, Léo Akin Olakunde, um candomblecista do Rio de Janeiro se juntou a um amigo e à namorada para criar o aplicativo Oro Orum- Axé eu respeito. A ferramenta recebe denúncias de intolerância religiosa e tem até um botão de SOS para as vítimas. O serviço é gratuito e está disponível a partir de hoje (13) para download em celulares.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Intolerância religiosa. Foi assim que ficou um terreiro de candomblé atacado em Jundiaí

Quarta, 4 de outubro de 2017

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Intolerância religiosa. Foi assim que ficou um terreiro de candomblé atacado em Jundiaí
'Estou triste pela falta de respeito. Mas orixá é intocável e vou levantar de novo o terreiro. Ainda não seI como, mas vou', disse a mãe de santo.
 
Por Tatiana Farah-BuzzFeed News/Reprodução
e Blog Sombra
 
O terreiro de candomblé da mãe de santo Rosana dos Santos foi inteiramente incendiado em Jundiaí (SP). Vizinhos afirmaram à líder religiosa que viram dois homens pulando um muro assim que o fogo começou, na madrugada de 25 de setembro. O caso está sob investigação, mas a comunidade da religião de matriz africana entende este como mais um crime de intolerância religiosa.
Reprodução
 
A mãe de santo mantinha o terreiro havia dez anos no bairro da Água Doce, em Jundiaí (a 60 quilômetros de São Paulo). Todos os seus pertences e as imagens religiosas foram destruídos pelo fogo. O terreiro leva o nome de três orixás (divindades africanas): Oyá, Xangô e Oxóssi.
 
Rosana dos Santos, a yalorixá Rosana de Iansã, esteve nesta terça-feira (3) na Assembleia Legislativa para falar sobre a intolerância religiosa. Em sua página no Facebook, ela pede a ajuda de apoiadores para reconstruir o terreiro.
Reprodução/Facebook
 
Em entrevista ao BuzzFeed News, ela contou que foi avisada por vizinhos, no meio da madrugada, de que homens haviam colocado fogo no templo. "As duas pessoas vistas fugiram pelos fundos e não foram identificadas", explicou ela.
 
"Não existe nada pior do que saber que o seu solo sagrado está sendo incendiado. Os bombeiros chegaram rapidamente, mas eu perdi tudo. Todos os ícones sagrados, todos os eletrodomésticos", contou Rosana.
 
A mãe de santo tem 56 anos e se dedica ao candomblé desde os 16. Sempre atuou em Jundiaí. Segundo ela, nunca sofre nenhuma ameaça antes do incêndio. "É um bairro tranquilo", disse.
 
"Estou triste pela falta de respeito. Mas vou dizer: orixá é intocável e eu vou levantar de novo o terreiro. Ainda não sei como, mas vou", disse a mãe de santo. Ela fez queixa na Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo e o caso foi encaminhado para o Ministério Público em Jundiaí, onde será investigado.
 
O babalorixá Diego Montone é um dos apoiadores de Rosana. Ele criou o movimento "Brasil contra a Intolerância" para auxiliar pessoas que sejam atacadas por suas crenças religiosas e para combater a intolerância sobretudo contra as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. No Rio de Janeiro, recentemente, terreiros foram destruídos por traficantes que supostamente professavam religiões neopentecostais.
 
O babalorixá afirmou que, nos últimos três meses, um terreiro de candomblé em Carapicuíba, na Grande São Paulo, foi depredado e vandalizado. Em Franco da Rocha, também na Grande São Paulo, um homem invadiu um terreiro durante uma cerimônia religiosa e esfaqueou pessoas, disse Montone.

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domingo, 20 de agosto de 2017

Idosa é agredida a pedradas e família denuncia intolerância religiosa

Domingo, 20 de agosto de 2017


Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

Uma idosa foi agredida a pedradas no bairro Cerâmica, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A família diz que a mulher foi vítima de intolerância religiosa. 

Segundo a filha da idosa, a vendedora Eliane Nascimento da Silva, de 42 anos, a mãe, Maria da Conceição Cerqueira da Silva, de 65 anos, foi agredida quando saiu de casa para ir ao mercado. A vendedora relatou que a mãe retornou com o rosto ensanguentado e ferimentos no braço esquerdo. 

Maria da Conceição é candomblecista e a família acusa uma vizinha de ter cometido a agressão, que ocorreu na última sexta-feira, por volta das 15h, por intolerância religiosa.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Em Salvador, Bahia, Crônica do nosso racismo cotidiano. . .

Sexta, 18 de agosto de 2017
           
Truculência! O que aconteceu hoje [17/8] no terreiro Vodun Zo Xwe, tem nome: truculência policial! Amadorismo, intolerância religiosa, racismo e violência policial. Como alguns sabem, o Curuzu está repleto de policiais procurando, perseguindo e matando traficantes ou jovens negros suspeitos e hoje, 17 de agosto de 2017, estes homens invadiram o terreiro, arrebentam as portas, colocaram armas no rosto dos filhos de santo da casa, xingaram o pai de santo e não respeitaram o espaço sagrado. Estamos falando de invasão, sem mandado e sem permissão dos donos da casa. Vamos deixar arrombarem quantos terreiros mais? Elisia Santos- socióloga.
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Operação destrói porta no terreiro Vodun Zo

 

Uma operação policial realizada no final da manhã, no bairro da Liberdade, acabou com danos para o Terreiro Vodun Zo. De tradição jeje savaulu, o espaço religioso é liderado pelo Doté Amilton Costa e foi reconhecido como patrimônio do município de Salvador.

“Os policiais chegaram aqui perguntando se poderiam atravessar o terreiro durante a batida. Eu tive a maior boa vontade em colaborar, mas pedi que tomassem cuidado com a estrutura. Não adiantou. Arrombaram portas trazendo danos à nossa comunidade”, contou Doté Amilton.

A Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi) foi informada e está buscando auxiliar a comunidade na apuração da ocorrência.

Aqui fica o registro e a solidariedade à comunidade do  Vodun Zo com o desejo de que o tratamento adequado ao caso seja adotado pelas instâncias competentes. Estado e prefeitura precisam adotar o procedimento correto em relação ao episódio.
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Ilê Aiyê, Curuzu, Liberdade, Salvador, Bahia.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Intolerância religiosa: Centro espírita no Rio é atacado pela terceira vez em menos de um mês

Quarta, 16 de agosto de 2017
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Pela terceira vez em menos de um mês, o centro espírita Casa do Mago, no Humaitá, na zona sul do Rio, sofreu um ataque durante a madrugada. O portão do centro foi incendiado hoje (16), por volta da 1h. Câmeras de segurança filmaram o momento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Livro retrata intolerância e religiosos cobram plano de combate à violência

Sábado, 21 de janeiro de 2017


Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

Há mais de um ano, uma menina de 11 anos, praticante do candomblé, no Rio de Janeiro, ficou conhecida após ter sido apedrejada na cabeça e insultada por homens que portavam Bíblias e que, supostamente, pertencem a seitas cristãs evangélicas ou neopentecostais. Mais recentemente, no último sábado (14), um homem foi detido por depredar santos da Catedral São João Batista, em Niterói.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Intolerância religiosa: Pastora evangélica quebra imagem católica e vídeo choca a internet

Quarta, 11 de janeiro de 2017

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Do Metrópoles
Na cena, um dos obreiros diz: “Essa obra que foi feita pelas mãos do inimigo agora está sendo quebrada em nome de Jesus”

Uma mulher apontada como pastora de uma igreja evangélica aparece em um vídeo que tem chamado atenção na internet. Na cena, é possível vê-la destruindo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. O caso aconteceu em Botucatu, interior de São Paulo, e tem gerado revolta entre os católicos.
De acordo com o G1, o vídeo foi postado no Facebook e posteriormente apagado após a repercussão negativa. Porém, foi salvo e compartilhado por meio do WhatsApp. A gravação foi feita por obreiros, termo usado para identificar os membros da igreja.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A fé tem cor? Templo religioso resiste a racismo após sofrer ameaças

Quinta, 8 de dezembro de 2016
Da Ponte
Por por Giorgia Cavicchioli, especial para a Ponte
 

Família de pai de Santo e filhos de Santo da casa Ile asè osalá, em São Carlos (SP), receberam carta contendo discurso de ódio. Casos de intolerância contra religiões de matriz africana são recorrentes no Brasil

Um dia após a data em que se celebra a Consciência Negra no Brasil – 20 de novembro -, o Babalorixá (a pessoa responsável pelos cultos no candomblé e na umbanda) Júnior foi surpreendido por uma carta deixada na casa Ile asè osalá, em São Carlos, interior de São Paulo. De teor racista, o texto ameaçava a família do pai de Santo e os filhos de Santo da casa.
Segundo Júnior, o local já havia sido alvo de ofensas, mas jamais nesse patamar de ódio. “Já sofremos alguns tipos de ameaças, já lançaram alguns objetos para dentro do axé, já passaram na frente ofendendo e falando palavras bem pesadas”, conta à Ponte Jornalismo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Professor processa Livraria Vozes e cliente por intolerância religiosa no Rio

Quarta, 7 de novembro de 2016
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Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
O professor de sociologia do Instituto Federal de Educação da Bahia Leonardo Rangel processou a Livraria Vozes, no Rio de Janeiro, e uma cliente do estabelecimento por intolerância religiosa que sofreu dentro da livraria, na Rua Gonçalves Dias, no centro, na sexta-feira passada (2).

Em viagem a trabalho na capital fluminense, o professor baiano lamentou ter sido vítima desse tipo de crime em uma cidade que considera a “mais linda do mundo, com pessoas hospitaleiras e acolhedoras”. Rangel contou que estava na livraria quando uma senhora começou a agredi-lo ao descobrir que era candomblecista.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Estátua de Iemanjá que protege pescadores e banhistas há 50 anos é vandalizada na Paraíba

Sábado, 3 de dezembro de 2016
Os Tincoãs - Canto pra Iemanjá
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Da Ponte

Doado pela Federação Espírita da Paraíba em 1966, o monumento é um patrimônio público de João Pessoa

Sob a escuridão da noite e longe dos olhos testemunhas, a estátua de Iemanjá na praia do Cabo Branco, sofreu um violento ataque de intolerância religiosa, a cabeça foi arrancada e seus dedos estilhaçados a golpes furiosos. O crime aconteceu em março de 2016, em João Pessoa, capital da Paraíba, ano em que imagem completou 50 anos.
Nove meses depois, nem a polícia e nem a prefeitura identificaram os autores do ataque. O segundo deste tipo, pois, em abril de 2013, a estátua foi parcialmente destruída por intolerantes. A imagem segue sem cabeça e dedos, porém, inspirando a fé, a compaixão e a resistência das pessoas.

Estátua de Iemanjá, Praia do Cabo Branco, outubro/2016


Diariamente, muito antes do nascer do sol, pescadores voltam os olhares para Iemanjá e pedem sucesso na empreitada no mar e proteção para que turistas e banhistas não se afoguem nas praias da capital paraibana, que atualmente conta com 801 mil habitantes.

terça-feira, 7 de junho de 2016

STF: Negado trancamento de ação penal contra padre acusado de incitação à discriminação religiosa à doutrina espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé”.

Terça, 7 de junho de 2016
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Do STF
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu pedido formulado em Ação Cautelar (AC 4158) ajuizada pela defesa do padre Jonas Abib, que responde a ação penal por suposta ofensa a grupo religioso em livro de sua autoria. A defesa pretendia sobrestar o processo, sustentando que “a manifestação de opinião em nome da fé católica não legitima a deflagração de ação penal”.

O sacerdote foi denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia em 2008 com fundamento em trechos do livro “Sim, Sim, Não, Não – Reflexões de Cura e Libertação”, publicado em 2007. Segundo a denúncia, o autor “faz afirmações discriminatórias à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé”.