Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 29 de setembro de 2013

Rocinha e Alemão pretendem processar Estado por causa de Teleférico

Domingo, 29 de setembro de 2013 
Moradores das comunidades são contra a construção do modal e querem continuidade das obras do PAC
 
Jornal do Brasil 
Cláudia Freitas
Estrela de uma novela Global e novo ponto turístico do Rio de Janeiro, o Teleférico do Conjunto das Favelas do Alemão, na Zona Norte da cidade, foi indicado como "carro chefe" das melhorias prometidas pelo governo estadual à comunidade pacificada, como parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e recebeu o recurso de R$ 210 milhões investidos pelos governos federal e estadual. Dois anos após a sua inauguração, no dia 7 de julho de 2011, o Teleférico Alemão é alvo de crítica dos moradores e, segundo eles, não atende às necessidades básicas de mobilidade, integração social e melhorias na qualidade de vida, como sugerido no seu projeto original, que teve como inspiração o modelo da cidade colombiana de Medellín. 

A experiência mal sucedida está servindo de exemplo para a comunidade da Rocinha, na zona sul, destinada a ganhar o terceiro modelo do transporte em massa por cabo do Rio. Os representantes do movimento "Rocinha Sem Fronteiras" estão promovendo ações de resistência à implantação do teleférico na comunidade e aliados ao Instituto Raízes em Movimento, do Alemão, vão entrar com representação no Ministério Público do Estado (MP/RJ) contra o governo do Rio, em processos que denunciam a violação dos direitos humanos e não cumprimento de lei federal 10.257, que determina a participação da população em decisões nas obras de intervenção governamental, no caso do Alemão, e pela não execução das obras do Pac 1, na Rocinha.