Terça, 28 de junho de 2016
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (28) denúncia apresentada
pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-tesoureiro do PP João
Claudio Genu e mais três investigados na 29ª fase da Operação Lava
Jato, deflagrada no mês passado. Com a decisão, os investigados passaram
à condição de réus na Lava Jato.
De acordo com a denúncia
apresentada pelo MPF, Genu, como ex-assessor do ex-deputado federal José
Janene, falecido em 2010, era um dos beneficiários e articuladores do
esquema de desvio de recursos da Petrobras, recebendo um percentual fixo
da propina destinada ao PP. Pelas acusações, o ex-tesoureiro está preso
na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Genu
é acusado de receber R$ 6 milhões em propina desviada de contratos da
estatal. Segundo as investigações, Genu recebia 5% das propinas
acertadas na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, na época dos fatos
comandada por Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema de
corrupção na empresa.
Na decisão, Moro destacou que “há provas
decorrentes de depoimentos de criminosos colaboradores, além de
mensagens eletrônicas que indicam a cobrança e o pagamento da vantagem
indevida”.
A denúncia foi apresentada na semana passada pela força-tarefa
de procuradores que atuam na Lava Jato. Na ocasião, o PP reiterou que
não compactua com atos ilícitos e acredita no trabalho da Justiça para
esclarecer os fatos”.