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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 21 de março de 2019

Ex-presidente Michel Temer é preso pela operação Lava Jato; A operação também tem mandados para prender os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha

Quinta, 21 de Março de 2019

Do Metrópoles

GUILHERME WALTENBERG


O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi preso na manhã desta quinta-feira (21/3). A prisão faz parte de inquéritos referentes à força-tarefa da operação Lava Jato. A Polícia Federal também tem como alvo o ex-ministro das Minas e Energia Moreira Franco. Os agentes, no entanto, ainda tentavam cumprir o mandado o ex-ministro, que, até o momento, não foi localizado.
Além disso, também há mandados envolvendo o ex-ministro da Casa Civil Eliseu Padilha. A operação é um desmembramento da 16ª fase da Operação Lava Jato, denominada Radioatividade. Há, no total, oito mandados de prisão sendo cumpridos.


Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Não foram fornecidos detalhes sobre a motivação das prisões. Segundo informações da Globo News, a prisão ocorreu no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde ele vive. De lá, ele segue para o aeroporto de Guarulhos, de onde será levado até o Rio de Janeiro.
Os mandados pedem a prisão preventiva de Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha, ou seja, sem prazo para terminar. Há diligências em curso nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O ex-presidente é alvo de dez inquéritos, cinco deles abertos quando o emedebista ocupava o comando do Palácio do Planalto. Os demais foram autorizados este ano. Michel Temer é o segundo presidente a ser peso após condenação na esfera penal. O primeiro foi Luiz Inácio Lula da Silva, em abril de 2018.
Uma das investigações sobre o ex-presidente que corre no Rio de Janeiro envolve a construção da usina de Angra 3, retomada nos governos do PT, anteriores à chegada de Temer na Presidência. A Justiça apura o pagamento de propinas para a obra.
Michel Temer (PMDB) foi o 37º presidente do Brasil e chegou ao cargo em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Antes disso, ele havia sido eleito deputado constituinte e, depois, foi eleito quatro vezes deputado federal. Temer também foi presidente da Câmara.
Repercussão
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse, por meio da assessoria, que não iria comentar a prisão de Michel Temer. (Aguarde mais informações)