Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 12 de dezembro de 2020

Gama: Saúde Pública refém do abandono e da especulação imobiliária

Sábado, 12 de dezembro 

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Passados três governadores, o maior centro de Saúde da cidade continua abandonado, quase que totalmente demolido, e agora corre o risco de virar estacionamento de hospital privado. O Gama continua sem Pronto Atendimento Infantil em seu Hospital Regional, que é alvo da cobiça da especulação imobiliária. Cerca de 100 mil gamense dependem exclusivamente do SUS, cada vez mais precarizado na cidade.

 

Por Chico Sant’Anna

Era uma quinta-feira ensolarada, 26 de maio de 2016. Brasília já experimentava o fim das chuvas e um sol escaldante tomava conta do céu do Gama. Mesmo assim, todos foram até lá: o governador, com sua entourage, o secretário de Saúde, todo sorridente, o administrador Regional do Gama e o combativo Conselho Comunitário da Saúde. Todos felizes, afinal, depois de um ano de intensa obras, que custaram ao contribuinte R$ 3.273.791,53 – financiados pela Caixa Econômica, é bom que se diga – finalmente, o Centro de Saúde nº 8 do Gama, localizado na Área Especial nº 17, no lado Oeste do Setor Central do Gama, estava sendo entregue novinho em folha à população, feliz por poder contar com mais equipamento de Saúde, em especial a assistência primária, tão importante para evitar males mais graves. Hoje, passados quatro anos, o Centro é peça fundamental nas ações básicas de saúde na cidade, em especial no combate à Pandemia.

Como seria bom se a abertura desse texto retratasse a realidade. Como bem sabe a população do Gama, tudo acima não passa de uma triste ficção. O Centro de Saúde nº 8 do Gama, outrora unidade de saúde do Inamps, criada em 1973, é hoje sinônimo de abandono da saúde pública na cidade e o imóvel corre o risco de virar estacionamento de um hospital privado, conforme denunciou o advogado Juan Ricthelly.

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