Sábado, 23 de janeiro de 2021
Entenda o caso lendo os textos abaixo. O primeiro, com fundo amarelo, é a comunicação —em 22/1— do Conselho de Saúde do DF informando aos seus conselheiros sobre a Nota de Repúdio (texto com fundo azul) entregue ontem, sexta-feira (22/1), ao secretário de saúde e ao presidente do Iges.
Caros Conselheiros,
Ao tomar conhecimento da circular n. 1 do IGES do dia 19/01 que estabelece a agenda de vacinação dos servidores daquela instituição e coloca no grupo 1 de prioridades os gabinetes das Superintendências do IGES, a Mesa Diretora se reuniu e construiu uma nota de repúdio pela atitude do Dr. Lucas Seixas. A nota já foi encaminhada ao Secretário Osnei e ao Presidente do IGES. Segue a nota.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
Ofício Nº 3/2021 - SES/CS
Senhor Secretário de Estado de Saúde do DF,
Encaminho Nota de Repúdio sobre fato grave e relevante ocorrido no Hospital de Base de Brasília, em referência à distribuição de vacina contra COVID-19.
NOTA DE REPÚDIO
O Conselho de Saúde do Distrito Federal vem a público repudiar, veementemente, a decisão do Superintendente do Hospital de Base, Dr. Lucas Seixas Doca Júnior, de incluir os Gabinetes dos Superintendentes daquele Hospital como um grupo prioritário para a vacinação contra COVID-19, conforme Circular nº 1 de 2021 do IGESDF, de 19 de janeiro de 2021.
Neste momento em que trabalhadores da saúde, das mais variadas categorias profissionais, mesmo estando esgotados física, psíquica e emocionalmente, atuando ao longo da pandemia em exposição concreta ao vírus, vivenciaram a frustração de não poderem ser imunizados diante da quantidade ainda insuficiente de doses vacinais.
E ainda, diante do desafio inglório dos gestores da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal para tentar estabelecer critérios de subdivisão para o primeiro grupo prioritário, em um cenário no qual as vacinas são, ainda, em número insuficiente, e tendo em vista a importância de imunizar aqueles que têm enfrentado a pandemia, atuando de forma heroica e sem medir esforços, como profissionais valorosos que são, na tentava de minimizar o sofrimento de pacientes acometidos pelo vírus e seus familiares.
É absolutamente inaceitável a atitude do Superintendente do Hospital de Base, destinando aos Gabinetes dos seus Superintendentes uma imunização preciosa, enquanto milhares de profissionais deixaram de ser imunizados neste crítico momento de doses extremamente reduzidas.
Atenciosamente,