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Por Luiz Carlos Prestes Filho
Tem pessoas públicas que nos acompanham desde sempre. Sabemos de suas vidas, as vezes, mais do que de familiares e de amigos próximos. Para mim uma dessas figuras é o Siro Darlan. Uma referência como mediador de conflitos. Mediador voltado para atender as classes menos favorecidas. Como escreveu Herbert de Sousa, o Betinho, Siro Darlan “é um juiz capaz de trabalhar uma das questões mais graves do Brasil – a criança e o adolescente excluídos, discriminados e violentados em seus direitos.” O sociólogo considerava importante a sociedade reconhecer a longa militância do juiz que, inclusive foi censurado “por conta da força, da indignação e da verdade traduzida em seus artigos”.
O líder do AfroReggae, José Junior, concorda com as palavras do Betinho, pois quando iniciou na instituição, no ano de 1993: “O Dr. Siro Darlan já era uma referência nas lutas sociais. Hoje, ele continua sendo o centurião das crianças e dos jovens, ajuda no desenvolvimento de boa parte dos projetos das mais diferentes Organizações Não Governamentais (ONGs). Ele constantemente busca o equilíbrio e é um exemplo de retidão. Ele tem muita coragem. Quando em 2012 descobriram planos para me assassinar, foi o Dr. Siro que, na mesma hora, interveio e demonstrou todo afinco, demonstrou que estava e iria ficar ao meu lado. Gostaria aqui de destacar que ele nunca pediu nada em troca. O Siro sempre disponibiliza seu tempo para nos auxiliar, tanto que ajudou muito a tirar muitas pessoas do crime e promover a reinserção social de centenas de egressos do sistema prisional.”