Domingo, 18 de julho de 2021
NOTA Á IMPRENSA
UM TRISTE RECORDE PARA O DF.
Na relação empregado e empregador há um amparo legal entre as partes, um remunera pelo trabalho prestado, o outro é remunerado por ceder sua força de trabalho, PORÉM, QUANDO UM CEDE SUA FORÇA DE TRABALHO E O OUTRO SE RECUSA A REMUNERAR DÁ-SE O NOME DE ESCRAVIDÃO. Lamentavelmente os trabalhadores Metroviários do DF estão sob a batuta da escravidão há 90 dias.
Resistentes, continuam prestando o melhor serviço possível frente ao sucateamento absurdo da empresa, que foi imposta pelo governo, tendo como fim uma privatização absurda que trará ao Distrito Federal prejuízos IRRECUPERÁVEIS. Esta medida deixará a população a mercê da ganância dos empresários e os cofres públicos nas mãos de verdadeiros lobos vorazes. A cada Governo a empresa fica ainda mais sucateada e pobre frente a contratos de terceirizadas com valores exorbitantes e suas renovações e termos aditivos incompreensíveis. Para calar empregados e facilitar tamanho absurdo a empresa se recusa a garantir aos seus colaboradores determinações judiciais relacionadas a salários e direitos trabalhistas conquistados. Frente a tantas injustiças seus empregados não tiveram outra saída que não a greve. Isto posto, ao invés de negociar o justo pedido de renovação de uma sentença normativa determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (SEM PEDIDO DE REAJUSTE SALARIAL, APENAS MANUTENÇÃO DAS CLÁUSULAS EXISTENTES), o Metrô DF optou, após e somente após 30 dias de greve, por mover um processo pedindo a abusividade da greve. A empresa tomou a iniciativa de suspender desde o primeiro dia de Abril o pagamento de direito dos empregados (vale alimentação, plano de saúde, auxílio transporte, etc) promovendo cortes em salário sem determinação judicial.
Desta forma nós metroviários do DF viemos a público esclarecer quem é o Governador Ibaneis Rocha. Estamos sentindo na pele sua implacável perseguição a nossa categoria, tal perseguição nos tem sido diuturnamente repetida por nosso Governador, ora desmerecendo nossa mão de obra, ora contratando a peso de ouro lobistas jurídicos para nos massacrar em longas esperas por decisões judiciais, ora nos ameaçando de demissão, ora nos deixando morrer sem vacina, sem as máscaras adequadas, ou o pior de todos, ir a imprensa mentir sobre nossos salários, com fim precípuo de colocar a população contra nós. Suas maldades continuam, Ibaneis Rocha e Metrô-DF usam de seus conhecimentos jurídicos para entrar com petições na justiça no último dia possível, com claro intuito de postergar o fim da greve, mantendo assim 1.300 famílias á míngua. Enquanto isso os empregados metroviários continuam a duras penas prestando um dos melhores serviços públicos de Brasília aos seus usuários, com aprovação mínima de 87% na última década. Sim senhores, temos uma média sempre maior que 85% de aprovação na prestação de serviço, o que nos orgulha muito! Pois cada empregado se sente realizado em cumprir com um serviço tão nobre que é o direito de ir e vir das pessoas. Assim diante deste cenário triste e doloroso, lamentamos completar 90 dias de greve em plena pandemia, ainda sem um posicionamento do Ministério Público do Trabalho, ainda sem uma decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho, sem nada que nos tire desse regime escravocrata implantado por Governo e Empresa. Em conseqüência estamos obrigados a permanecer em greve pelo mínimo de dignidade, mas acreditamos que em breve recuperaremos nossa dignidade e a Justiça será feita.
