Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Fome e insegurança alimentar: “ecos” da pandemia?

Sexta, 17 de junho de 2022

O que vemos é que, progressivamente, a população padece do desemprego e vem empobrecendo. Como se isso não fosse o bastante, é estratosférica a alta dos preços dos alimentos considerados “básicos”, limitando o poder de compra de grande parte da população ou, por vezes, demandando dela a substituição dos alimentos em sua mesa. Assim, sutil e paulatinamente, a insegurança alimentar avança!

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Por Fátima Sousa*

Segundo o “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, lançado recentemente, a incerteza quanto ao acesso aos alimentos e o comprometimento da qualidade da alimentação têm alcançado a casa de 28,0% dos brasileiros. A restrição quantitativa aos alimentos alcança atualmente, de forma avassaladora, mais de 30% dos domicílios, dentre os quais 15,5% têm convivido com a fome. São mais de 33 milhões em situação de fome atualmente no Brasil e 125 milhões de pessoas vivendo diuturnamente com a insegurança alimentar batendo em suas portas.

A que se deve isso? À crise sanitária sem precedentes que vivemos e, sobrepostas a ela, duas crises ainda maiores: política e econômica. As iniquidades da garantia do direito humano a uma alimentação adequada e saudável, expressas pelo acesso desigual e insuficiente a renda, bens e serviços e por políticas públicas ineficazes, que por vezes preterem os que mais necessitam, não somente têm contribuído para o constante perpetuar-se das desigualdades, como também fizeram com que nosso país retornasse ao Mapa da Fome.

E no Distrito Federal?