Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E a baixaria continua. E com o dinheiro do contribuinte

Da Agência Senado
Renan e Arthur Virgílio voltam a discutir sobre
funcionários que teriam recebido sem trabalhar
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O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) cobrou do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) nesta quarta-feira (16) que revelasse o nome do senador que teria mantido entre seus funcionários durante dois anos um presidiário. Durante discussão em Plenário na terça-feira, Renan disse saber do caso, mas não citou nomes. Irritado, o líder tucano disse que Renan havia deixado "algo muito grave no ar" e que prevaricaria se não desse a informação completa.
Na terça-feira, Virgílio cobrara explicações de Renan sobre notícias publicadas pela imprensa a respeito de um ex-funcionário do parlamentar alagoano, o atual deputado Rui Palmeira, que teria estudado na Austrália às custas do Senado no ano de 2005. Ele disse considerar ser dever de todos os senadores admitirem publicamente eventuais equívocos administrativos, ressarcindo aos cofres públicos o valor das despesasirregulares.
- Não fique preocupado. Vossa Excelência já respondeu a tudo sobejamente. Meu partido recomendou sua absolvição. Não vou entrar nessa discussão - respondeu Renan Calheiros, referindo-se à representação de seu partido contra o líder tucano no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apurar a denúncia de que um funcionário seu teria feito um curso na Espanha recebendo vencimentos do Senado. Virgílio reconheceu o erro, foi absolvido da acusação no Conselho de Ética e está devolvendo ao Senado as quantias despendidas com o salário do servidor durante o curso.
Renan também criticou Virgílio por ter afirmado que não acreditava mais no Conselho de Ética.
- Continuo dizendo que o Conselho de Ética é ilegítimo. Não é possível que isso aqui vire uma máfia regida pela lei do silêncio, em que um encobre o outro - respondeu Virgílio.
O presidente José Sarney disse não ter qualquer informação sobre a existência de um presidiário com salário pago pelo Senado. Ele disse que, caso a denúncia se sustente, mandará tomar as devidas providências.