Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Negócio da China

Terça-feira, 22 de setembro de 2009
A denúncia publicada pela revista Época desta semana (edição 592) sobre a compra de um terreno pelo GDF por mais de R$4 milhões poderá render grande dor de cabeça para o governador Arruda. O terreno, segundo a revista, era de propriedade do hoje secretário de Governo, José Humberto, que o teria vendido por R$426 mil a um amigo poucas horas antes de assumir o cargo no governo de Brasília, em janeiro de 2007.
O comprador foi Marcos Lombardi que inclusive dividiria com José Humberto a propriedade, em Taguatinga, de um terreno onde existem posto de gasolina, supermercado e mais algumas firmas. Assim, o Governo do DF teria comprado por R$4 milhões um terreno que dois anos antes foi negociado por apenas R$426 mil. Uma valorização de quase 1.000 por cento.
Com a denúncia da revista Época, o PT se assanhou e entrará com uma representação na Justiça contra o governo do DF. E mais, apresentará possivelmente ainda hoje um requerimento convocando o secretário de Governo José Humberto para que compareça à CLDF e dê explicações sobre o caso.
O terreno, na Cidade do Automóvel, foi vendido por José Humberto à Coohabex, uma cooperativa de imóveis que seria ligada a Marcos Lombardi, diretor-superitendente do Jornal de Brasília. Ainda segundo a revista, José Humberto e Marcos Lombardi são réus em um processo judicial por parcelamento irregular do solo.
A deputada Erika Kokay, líder do PT na CLDF, classifica a operação como um escândalo.
Se verdadeiras as informações da Revista Época, o caso tem tudo para se transformar num escândalo, numa terrível dor de cabeça para Arruda, especialmente pelo fato de haver eleições no ano que vem.