Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 31 de março de 2013

Legal, porém imoral

Segunda, 1 de abril de 2013
Por Gilvan Rocha
            As andanças do sr. Lula da Silva, mundo a fora, em viagens patrocinadas por empreiteiras, ávidas de negócios lucrativos, não esbarra em nenhum impedimento legal. Isso é o que afirmam os seus mais íntimos colaboradores, quando tais viagens e outras iniciativas tomadas pelo ilustre cidadão, em busca de facilitar grandes negócios, são  denunciadas.

            Pelo que se vê, na legislação, os atos do ex-presidente não podem ser considerados ilegais, mas são, evidentemente, atos imorais. Suas iniciativas não buscam fortalecer ou viabilizar os pleitos das classes trabalhadoras que ele diz representar. Suas idas e vindas são atos que lhes proporcionam bons dividendos e visam prestar os seus serviços ao grande capital. Para tanto, utiliza-se do seu prestígio e das benesses que lhe são concedidas pelas instituições governamentais.

            Aliás, desde candidato a presidente, na disputa eleitoral de 2002, o sr. Lula, orientado por dirigentes petistas, colocou-se como alguém que, se eleito, haveria de prestar os seus serviços ao capitalismo. E assim foi o seu primeiro governo, e assim foi o seu segundo mandato, que se estende com a eleição da sra. Dilma Rousself.

            Os “generais” do PT, sob a liderança de Lula da Silva, deram-se conta de que poderiam cobrar boas recompensas pelos serviços prestados ao sistema. O escândalo que envolveu Antonio Palocci é bem revelador do comportamento imoral de alguns petistas. Em apenas quatro anos, o sr. Palocci conseguiu amealhar a vultosa quantia de vinte milhões de reais. Tanto ganho terá sido por conta da competência técnica do Palocci? Ou tão vultosos lucros vieram de sua capacidade em contornar dificuldades e produzir favores, em função da “generosidade” do Estado?

            Essas perguntas também podem ser feitas quanto ao papel desempenhado pelo sr. Lula da Silva, que sempre encontra empresários dispostos a pagar a soma de trezentos mil reais por palestras ministradas pelo citado senhor.

            Seriam essas palestras dotadas de irrefutável saber de um estadista? Ou o pagamento exorbitante deve-se ao fato dessa eminente figura gozar de inquestionável poder de carrear bons e lucrativos negócios para quem nele investe? 

Fonte: Blog Gilvan Rocha