Terça, 24 de setembro de 2013
André Richter, repórter da Agência Brasil
O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e
do Tribunal de Contas da União (Sindlegis) disse hoje (24) que são
inverídicas as acusações de que dados pessoais de filiados foram usados
para preencher fichas de apoio ao partido Solidariedade. Em parecer
enviado ontem (23) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o
vice-procurador eleitoral Eugênio Aragão informou que há indícios de
fraude nas assinaturas de apoiadores e determinou que a Polícia Federal investigue o caso.
Segundo ele, os indícios envolvem o Sindicato do Poder Legislativo
da União, e cartórios eleitorais de Suzano (SP) e Várzea Paulista (SP).
Em nota, o Sindlegis declara que não tem dados eleitorais de seus
filiados, como número do Título Eleitoral, zona Eleitoral, número da
seção e nome da mãe do apoiador. Os dados são requisitados pela Justiça
Eleitoral nas fichas de apoiamento de novos partidos.
“Essas informações sequer são solicitadas aos servidores quando eles
se filiam ao Sindlegis. Cada um dos filiados sabe que o sindicato não
tem as informações pessoais exigidas pela Justiça Eleitoral para que uma
pessoa possa declarar apoio à criação de um partido”, diz o sindicato.
O Sindlegis também defendeu a investigação dos fatos, e disse que as
acusações foram levantadas apenas com base em indícios. “O Sindilegis
acompanhará a apuração dos fatos e vai buscar na Justiça a reparação
civil e criminal dos danos causados a sua imagem por todos aqueles que
utilizam suposições e juízo especulativo para travarem disputas
políticas em detrimento da imagem e dignidade do sindicato.”, declara na
nota.