Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não é cabaré, mas dizem que parece. É quase a casa da luz vermelha no GDF

Terça, 29 de outubro de 2013
                                                         Imagem da internet
“Púrpura Cor”, responsável pela entronização do “Grande Orador”, deu na telha de derrubá-lo. Mas todo entronado, bom ou ruim, resiste em perder seu império. A reação contra a tentativa de arrancá-lo do poder foi violenta, com muitos de seus súditos ouvindo os berros de ameaça ecoarem dentro do palácio.

O "Grande Orador" ameaçou botar a boca no trombone, na imprensa, de contar tudo que sabe sobre “Púrpura Cor”, o que faria que tudo viesse abaixo. Isso se tentassem apeá-lo do seu império, do seu cargo. E Púrpura, que tentou golpeá-lo, já anda muito enrolado e empacotado numa famosa Caixa e teria, assim, mais a perder do que ganhar. Inclusive não só no Cabaré, ops, no império dirigido pelo "Grande Orador". 

“Púrpura Cor” recuou, não se tem certeza ainda se de forma definitiva ou se para reunir forças para atacar, mais adiante, o ex-protegido.

O "Grande Orador" cantou de galo, enfrentou seu antigo protetor, mas também tem sérios problemas a administrar em seu reino. Mais exatamente a esconder. Tenta ele se cercar de uma guarda pessoal treinada. Pequena, mas treinada. Três guardiões —um seria o "Príncipe da Paz"— todos com experiência em segurança e inteligência.

Sabe-se que houve a instauração de procedimento investigatório numa das instâncias de fiscalização do Cabaré, ops novamente, do império. Isso obrigou o "Grande Orador" a se aconselhar com um guru, um verdadeiro rei da selva, um destemido (e temido) tenente-coronel, e também quase que acampar por vários dias naquela instância fiscalizadora tentando jogar panos quentes nas apurações.

Talvez achando que por saber de muita coisa sobre o “Púrpura Cor” está mais forte do que nunca, partiu para uma troca de lugares de seus homens-chave, aproveitando para dispensar pelo menos um, rifando-o para outro império. No rifar “Deusa do Silêncio Eterno” (será mesmo eterno o seu silêncio?), teve que encarar o "Guardião das Riquezas", chefe de uma legião de guerreiros, e que não gostou nada nada da decisão do “Grande Orador”. Afinal, apesar de ser peça importante no império, esse Guardião da Riqueza, ou Próspero Guardião” é grande amigo e protegido do “Púrpura Cor”.

Enquanto a casa da luz vermelha continua um quase prostíbulo, o império do “Grande Orador” pode explodir. Explode o império e também muitos nobres dessa zona toda em que se insere esse reino. E quem for “esperto”, que se mande para o sol de Fortaleza às custas dos súditos. Já tem "gata" por lá há quase um ano e meio, e isso graças ao que viu e teria gravado num famoso lugar conhecido como  A Casa da Luz Vermelha.

Cabaré — Elis Regina