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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Urbanismo: Jardim Botânico pode ganhar complexo para 10 mil moradores

Terça, 25 de setembro de 2018
Do Blog Brasília, por Chico Sant’Anna

No apagar das luzes, mais uma mega empreendimento imobiliário. O parcelamento envolve a criação de 64 lotes residenciais, comercias e institucionais, prevendo-se uma população permanente de 10,5 mil habitantes e uma população flutuante (empregados, visitantes etc.) de 6,9 mil pessoas, totalizando 17,4 mil pessoas.

Por
Chico Sant’Anna
Em pleno processo eleitoral e no apagar das luzes do governo de Rodrigo Rollemberg, o Instituto Brasília Ambiental – Ibram convoca a sociedade civil para uma audiência pública que tratará da concessão de licença ambiental a um mega empreendimento imobiliário na Região Administrativa do Jardim Botânico. Denominado Quinhão 16 da Fazenda Taboquinha, o parcelamento a ser implantado em duas etapas, ocupará uma área de, aproximadamente, 204 hectares na bacia do Ribeirão Taboca, um dos principais tributários do Rio Santo Antônio do Descoberto. A área é particular e as normas do PDOT determinam que a região não pode ter uma densidade populacional elevada.

A Audiência estava marcada para o dia 26/09, às 15 horas, mas por falhas nas formalidades jurídicas foi adiada, ainda sem data marcada. O parcelamento envolve a criação de 64 lotes residenciais, comercias e institucionais, prevendo-se uma população permanente de 10,5 mil habitantes e uma população flutuante (empregados, visitantes etc.) de 6,9 mil pessoas, totalizando 17,4 mil pessoas. Não está claro na papelada encaminhada ao GDF quantas edificações serão feitas e de que tipo. Entretanto, uma petição pública organizada na internet pela ambientalista Shirley N. Hauff afirma que serão “mais de 180 prédios”. Uma maquete eletrônica constante do relatório de impacto ambiental elaborado pelos promotores do empreendimento traz imagens de prédios do tipo dos existentes nas superquadras do Plano Piloto. Porém com oito e nove pavimentos. Desta forma, 180 prédios equivaleriam a 16 superquadras, enquanto que 17,4 mil pessoas se aproximam a população de nove superquadras. Essas grandezas dão uma noção do porte desse empreendimento imobiliário, cuja responsabilidade é de um grupo denominado INCO Empreendimentos Imobiliários S.A.