Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Brasil, a mãe dos bancos

Sábado, 26 de dezembro de 2009
Sabemos que há muito tempo o Brasil é uma mãe para os banqueiros, especialmente nos períodos dos governos de FHC e Lula. Veja abaixo trecho da reportagem do jornal O Estado de São Paulo, cuja manchete é “Spread bancário custa R$ 261 bi aos brasileiros em 12 meses”, e que revela um estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que aponta que o spread no Brasil é o maior entre 40 países com igual metodologia de cálculo. A reportagem é de Marcelo Rehder.

“SÃO PAULO - Em 12 meses de crise financeira global, o chamado spread bancário custou R$ 261,7 bilhões às empresas e consumidores brasileiros, cujo pagamento deve ser feito ao longo de dois anos. Se a diferença entre a taxa de juros cobrada por bancos e financeiras e a taxa que eles pagam para captar recursos (spread) seguisse os padrões internacionais, esse custo cairia para R$ 71,5 bilhões, o que representa uma redução de R$ 190,2 bilhões.

As informações são de um estudo inédito feito por José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
 Feito com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o trabalho mostra que o spread médio brasileiro é o maior em um grupo de 40 países cujas metodologias de cálculo dos juros se assemelham à adotada pelo Banco Central do Brasil (média ponderada).
 Em agosto, o spread médio cobrado no País era de 26,77 pontos porcentuais, enquanto no Chile estava em 6,04 pontos e na Itália, em 4,39 pontos (veja gráfico abixo). O custo mais baixo foi apurado no Japão, onde o spread representava apenas 1,28 ponto porcentual. “Confirmamos o que já é um consenso: o spread brasileiro é uma aberração”, afirma Roriz Coelho.” Leia mais