Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 18 de maio de 2010

As mentiras sobre os gastos com servidores públicos

Terça, 18 de maio de 2010
Do site da Auditoria Cidadã da Dívida
O Jornal Estado de São Paulo traz reportagem tendenciosa, afirmando que os reajustes para o funcionalismo público variaram de 100% a 576% durante o atual governo. Interessante observar a diferença de tratamento dos dados quando a grande imprensa fala sobre a dívida pública, onde constantemente se utiliza o dado de "dívida/PIB".

Analisando-se a página 26 do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento de janeiro de 2010, e tomando-se os dados do PIB, verifica-se que os gastos totais com servidores (ativos, aposentados e pensionistas) atingiram em 2009 o valor de 4,76% do PIB, ou seja, VALOR  MENOR que o vigente em 1995, primeiro ano de FHC (5,36%). Portanto, verifica-se que o país gasta hoje, com seus servidores públicos federais, uma quantia menor que em 15 anos atrás.

Mas a grande imprensa insiste em tentar colocar o servidor público como o responsável pelo “rombo” das contas públicas, que se origina, na verdade, do endividamento.

O Jornal Folha de São Paulo traz notícia sobre o Programa de Governo que deve ser proposto pelo PMDB à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que inclui o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e a unificação da Previdência dos servidores públicos com o INSS, igualando por baixo os direitos de cada segmento. A proposta também defende a autonomia do Banco Central nos moldes atuais, ou seja, permitindo que o BC não tenha ingerência política do governo escolhido pelo povo, mas atenda sempre aos interesses políticos dos rentistas, mantendo a maior taxa de juros do mundo, sob a justificativa de implementar o regime de Metas de Inflação.

Ou seja: Para os rentistas, tudo. Para os servidores e aposentados, a “contenção de gastos”.
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