Sexta, 20 de julho de 2012
Por Breno Altman
As forças oposicionistas não previram a movimentação liderada pela presidente Dilma Rousseff em Mendoza
Uma onda conservadora desponta no cenário político do subcontinente.
Seu mote é evitar o ingresso venezuelano no Mercosul. Mais afamado
solista dessa ópera, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso veio a
público atacar posição do governo brasileiro, em companhia de outros
menestréis e escribas.
A saraivada de argumentos apresenta cardápio variado. Uns acenam com
detalhes jurídicos que supostamente teriam sido desrespeitados, tanto na
suspensão do Paraguai por quebra da cláusula democrática quanto na
inclusão da Venezuela à revelia de um governo usurpador. Outros
vislumbram faltas burocráticas cometidas por Caracas. Há ainda os que
lançam suspeitas de que o presidente Chávez estaria planejando ludibriar
obrigações junto ao organismo regional. Pouco importa que as razões
jurídicas e políticas tenham sido apoiadas pela unanimidade dos membros
plenos e democráticos do Mercosul, em conformidade com as regras da
instituição.
Tal enxurrada de pretextos mal-ajambrados parece revelar que o reacionarismo tomou um susto. Afinal, era no Senado do Paraguai, controlado por bandos de cores diversas, que estava bloqueado o processo de ampliação do Mercosul. Quando as forças de direita, logo acolhidas por Washington, deram o bote contra Fernando Lugo, possivelmente imaginavam continuar dificultando o processo de integração. Foram surpreendidas, tudo indica, pela resposta liderada por Dilma Rousseff, a despeito de resistências no próprio corpo diplomático brasileiro. Leia a íntegra no Opera Mundi
Tal enxurrada de pretextos mal-ajambrados parece revelar que o reacionarismo tomou um susto. Afinal, era no Senado do Paraguai, controlado por bandos de cores diversas, que estava bloqueado o processo de ampliação do Mercosul. Quando as forças de direita, logo acolhidas por Washington, deram o bote contra Fernando Lugo, possivelmente imaginavam continuar dificultando o processo de integração. Foram surpreendidas, tudo indica, pela resposta liderada por Dilma Rousseff, a despeito de resistências no próprio corpo diplomático brasileiro. Leia a íntegra no Opera Mundi