Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Enquanto governo do DF e Iges-DF dormem de touca, 25 por cento dos leitos de UTI do HRSM são fechados por falta de médicos e enfermeiros. Se isso não é caos, que zorra é caos?

Terça, 26 de outubro de 2021

UTI 3 do HRSM esvaziada. Por falta de médicos e enfermeiros. Ou seria por falta de "Gestão Estratégica"?. Foto de 23/10/2021. 

Tá ruço! O sistema de saúde pública do DF está a cada dia que passa se tornando num caos maior. 

Na rede falta medicamentos, materiais de consumo, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares em enfermagem, equipamentos, gestão, um quase tudo.

O Hospital Regional de Santa Maria (DF), o HRSM, fechou neste final de semana (no sábado, dia 23 de outubro), de uma cacetada e em definitivo, a UTI 3. Nas três UTIs que possuía (agora só duas) havia 40 leitos. Foram fechados 10 desses leitos que tanto são necessários ao povo. Isso significa 25 por cento de leitos que foram fechados. E porque fecharam? 

UTI 3, leitos ociosos por falta de pessoal ou por falta de "gestão". Imagem de 22/10/2021

Vamos matutar um pouco sobre as razões do fechamento de tantos leitos de UTI no HRSM.

Não foi —se levarmos em conta o que afirmava enfaticamente o hoje governador do DF, enquanto nas vésperas das eleições de outubro de 2018— por falta de recursos. Dizia ele naquela época, que dinheiro tinha e muito para a saúde.

Se tem dinheiro, o caos na rede pública de saúde só pode ser explicado por ineficiência, ineficácia e inefetividade da gestão. E a gestão (seria gestão mesmo?) do HRSM é "tocada" pelo que achou-se denominar de Iges-DF, Instituto de Gestão Estratégica da Saúde do DF. Se tem dinheiro, e muito dinheiro como afirmava o candidato Ibaneis, o caos —é caos, sim, um hospital como o HRSM fechar leitos de UTIs—, fecha de uma cacetada só 25 por cento dos seus leitos. Fechar leitos de UTI do HRSM é colocar paciente da rede para perambular, penar mais ainda, à procura de um leito de UTI. Recorrer à Justiça para conseguir uma vaga em leito particular que, certamente, custará bem mais que os leitos na rede pública. A quem interessa um caos desse?

Se há dinheiro, e muito como dizia o governador enquanto candidato, o caos no HRSM só pode ser porque não houve/não há Gestão Estratégica do tal do Instituto. Ou coisa pior, sei lá!

Há tempos que servidores da área médica do HRSM vêm comentando, e estranhando, a redução do quadro de pessoal. Na semana passada teve enfermeiro que teve que se virar nos 30. Ops! Se virar nas 3, isto é, teve que atender no mesmo turno de trabalho as três Unidade de Terapia Intensiva que funcionavam.

Isso é coisa de ineficiência, ineficácia, inefetividade, ou o quê?

Responda quem quiser.