Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Brasília, em crise, comemora 51 anos

Quinta, 21 de abril de 2011
E Brasília faz hoje 51 anos, sem rumo, sem prumo e com poucas perspectivas de achar o seu original caminho. Mudanças em termos de autoridades do governo, incluídos aí os deputados distritais, só de alguns (alguns) nomes. Mudou o governador, mas o orçamento de obras, principalmente, continua sob o comando de figuras que surgiram do rorizismo e se sevaram politicamente no arrudismo. Muito movimento, muita conversa, arruma pra lá, arruma pra cá, mas a casa nada de ficar arrumada.
 

A saúde continua a desabar, inclusive no que diz respeito a tetos de hospitais; a segurança permanece uma insegurança só, inclusive com a nefasta influência de grupos políticos manipulando setores da secretaria o que, inclusive, resultou na saída do secretário de Segurança Pública; na educação nada ou quase nada mudou, havendo até a inusitada “desconvocação” de 1.500 professores chamados pelo mesmo governo; as ruas continuam tomadas pelo mato, salvando-se apenas espasmódicas operações de capinagem aqui e acolá; o transporte público cada vez mais caótico. O metrô é um verdadeiro pifa-pifa, todo dia pifando.
 
Mas tem uma coisa boa. A festa dos 51 anos da cidade na Esplanada dos Ministérios. Consome mais de R$7 milhões, equiparando-se em valores ao que o ex-governador do mensalão queimava no tempo dele (e que os que hoje estão no governo ferozmente combatiam). É muito dinheiro que deixou de ser aplicado, por exemplo, na saúde.
 
Mas Brasília algum dia ainda encontra o seu caminho. Nem que para isso tenha que passar mais 51 anos.