Quinta, 28 de setembro de 2017
Aécio Amado - Repórter da Agência Brasil
Com o objetivo de investigar organização criminosa acusada de
peculato, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas, a Polícia
Federal (PF) em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a
Operação Anel de Giges, na manhã de hoje (28). Estão sendo cumpridos 17
mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e oito de condução
coercitiva (quando a pessoa é levada para a delegacia a fim de prestar
depoimento e, em seguida, liberada).
Segundo a PF, durante a
investigação "foi identificado o desvio de 32 milhões de reais dos
cofres públicos, tendo como origem o superfaturamento na aquisição da
Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista, e na construção do
empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro
Cidade Satélite, na capital de Roraima".
São investigadas ainda,
de acordo com a PF, as transações decorrentes da venda da fazenda para a
construção do empreendimento, bem como a fiscalização e aprovação do
financiamento pela Caixa Econômica Federal. Os mandados estão sendo
cumpridos em endereços em Boa Vista, Belo Horizonte e Brasília. São
apuradas suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e
organização criminosa envolvendo a Fazenda Recreio.
Anel de Giges, nome da operação, segundo a PF, é uma referência à citação em um dos livros da obra A República,
de Platão, que aborda o tema justiça . “O Anel de Giges permite ao seu
portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências”, de
acordo com a PF.