Terça, 19 de setembro de 2017
Da CLDF
 A votação do projeto de lei complementar nº 122/2017, do Executivo, que
 reestrutura a previdência dos servidores públicos do DF, ficou para a 
próxima terça-feira (26). O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara 
Legislativa, deputado Joe Valle (PDT), durante a sessão ordinária desta 
terça-feira (19), acompanhada por dezenas de servidores que acompanharam
 a sessão das galerias.
 A sessão ordinária desta quarta-feira (20) será transformada em comissão geral
 para debater as propostas de texto substitutivo ao projeto do 
Executivo, com a participação de representantes dos servidores. O 
requerimento que pede a realização do debate foi aprovado hoje (19). 
Segundo Valle, a intenção é discutir os textos artigo por artigo.
 Durante a sessão, a reforma da previdência foi um dos assuntos mais 
comentados pelos distritais. O deputado Chico Vigilante (PT) elogiou o 
adiamento da votação e a continuidade das negociações do texto 
substitutivo. O parlamentar afirmou que só aceitará votar a proposta 
quando os servidores concordarem com novo texto.
 Enquanto a sessão se desenrolava, chegou a confirmação de que o 
desembargador do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios Waldir 
Leôncio suspendeu o mandado de segurança que impedia a apreciação do 
projeto. A derrubada do mandato de segurança permitirá que o projeto 
seja apreciado na próxima semana. O desembargador sustentou que já havia
 transcorrido o tempo necessário para a discussão do projeto.
 O deputado Wellington Luiz (PMDB) destacou que a união e a mobilização 
dos servidores foram fundamentais para evitar a aprovação do projeto 
original do governo. "Não vamos admitir a retirada de direitos dos 
servidores para pagar o setor produtivo, da mesma forma que fomos contra
 o aumento de impostos", assinalou.
 Já a deputada Celina Leão (PPS) demonstrou preocupação com um artigo do
 substitutivo em discussão, que, segundo ela, permitiria a retirada de 
recursos do Fundo do Iprev. Para ela, o artigo permitirá que o GDF faça 
um saque mensal de R$ 170 milhões todos os meses do Fundo, até o final 
do governo. Celina sugeriu que a questão seja melhor debatida, antes da 
votação.
 Na opinião do deputado Cláudio Abrantes (sem partido), a proposta 
apresentada pelo Executivo é somente uma solução para as contas do 
governo, "colocando em risco as aposentadorias dos servidores do DF". 
Para ele, trata-se de "um discurso e um pensamento imediatista que não 
leva em conta suas consequências".
 Luís Cláudio Alves
Comunicação Social - Câmara Legislativa
 
 
 
