Quarta, 25 de outubro de 2017
Depois da notícia de que o presidente Michel Temer foi levado às carreiras para o Centro Cirúrgico do Hospital do Exército, em Brasília, mensagens começaram a correr rápido pelo WhatsApp.
Veja uma dessas mensagens daqui do DF, mais especificamente do Gama, parece:
Temer "baixou hospital"? Vamos combinar, então, uma situação de atendimento de emergência para o presidente da República:
1- Ele dá entrada no HRG, Hospital Regional do Gama. Empurra um aqui, outro ali, mais um acolá. E consegue ficar na sala de espera. Faz a ficha com o cartão do SUS. Espera uns bons minutos para ser classificado, receber no pulsa uma daquelas fitinhas. Seria vermelha, laranja, amarela, verde ou azul?
2- Vixe! É classificação vermelha, tem que ser atendido imediatamente. É caso de urgência, mas no HRG falta médico, enfermeiros, equipamentos, instrumentos, roupa lavada, medicamentos. Então...
3- Pega e joga ele —o presidente da República— numa ambulância para despachá-lo para o HRSM, Hospital Regional de Santa Maria, vizinho à cidade do Gama.
4- Êpa! A ambulância não tem combustível.
5- Desce a carga (Temer) e deixa na sala de espera do HRG.
6- A sala de espera está superlotada. Deita ele no chão.
7-Que bom, olha que presidente querido. Conseguiram uma vaquinha para colocar gasolina na ambulância.
8- Joga ele novamente na ambulância. Mas cuidado, está sem maca. Segura nos braços e nos pés e arruma ele lá dentro do veículo.
9- Dá na partida, motorista! E que coisa chata, não dá, a bateria "arriou". 'Traz rápido o cabo de chupeta e vê se alguém aí topa encostar o carro aqui', diz o motorista da ambulância.
10- Que alívio. Agora a ambulância está com dez litros de gasolina e a bateria funcionou.
9- Êpa novamente! Ele —o presidente— está precisando de respirador mecânico. E a ambulância é daquelas vagabundinhas, que não tem praticamente nada de equipamentos. Nem ressuscitador.
10 - Tira e joga o cara novamente no chão, mas agora no passeio externo do HRG, pois a sala agora não dá mais ninguém, mesmo que o Temer pudesse ficar em pé.
11- Vixe, o presidente está gemendo e tremendo de frio. Batendo o queixo de febre. Pega um cobertor de paciente. Cobertor não tem. Traz um colchonete. "Tá brincando, colchonete essa hora da noite. Nem de noite e nem de dia", diz um sujeito com cara de padioleiro.
12- O jeito é deixar o sujeito —mesmo esse sujeito sento o presidente— aí durante a noite toda. 'Amassa uns papelões de caixa de sabão e faz de travesseiro pra a cabeça ficar apoiada', diz um bêbado que passava pelo local. Quem sabe se na mudança de plantão, onde nenhum médico passará o plantão para outro nenhum médico...a coisa engate.
13 - Morreeeeeuu! Nem precisou o Gabriel o Pensador. Pode dispensar o artista, pois que não precisa mais matar o presidente, como cantou na música. Chama o rebecão do IML, pra vê se ele chega aqui até às 15 horas. E pede para o pessoal do IML vir fumando charuto forte, pois num sol lascado desse o corpo vai apodrecer rapidinho.
E terminou, assim, a mensagem no Zap Zap.