Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
Mostrando postagens com marcador impedimento dilma. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador impedimento dilma. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de abril de 2016

"Quanta crueldade é obrigar um presidente de fato deposto a definhar em praça pública!"

Segunda, 25 de abril de 2016
Do Blogue Náufrago da Utopia
Celso Lungaretti
 
Como não levo a sério os partidos e personagens da política oficial, faço questão de tratá-los de forma jocosa, como se fazia no tempo do Barão de Itararé ou d'O Pasquim

É hora de pararmos de superdimensionar os feios, sujos e malvados que atuam na comédia do poder, como a mídia nos incute sub-repticiamente o tempo todo, fazendo crer numa autonomia de decisão que eles verdadeiramente não têm, títeres que são do poder econômico. 

Também neste caso, revolucionário é mostrar a nudez do rei, dos cortesãos e até dos que querem simplesmente substituir o monarca, mas não extinguir a monarquia. 

Neste sentido, o artigo do jornalista Vinícius Mota, Parasitas da agonia, permite uma comparação entre dois textos inspirados pelo mesmíssimo sentimento de compaixão: o de quão cruel é permitir que Dilma Rousseff (merecedora de meu respeito como antiga companheira na luta conta a ditadura, malgrado pareça outra pessoa desde que o beijo do Lula a metamorfoseou em rainha do Planalto) permaneça tanto tempo sob os holofotes como morta-viva, ostentando a perplexidade face ao defenestramento iminente e todo seu descontrole emocional, quando a chance de reversão do quadro e permanência como presidente é zero.  

Eu dei este recado no domingo (24) em clave zombeteira, como de hábito; ele, um dia depois, com o comedimento de um comentarista da grande imprensa. Mas, no fundo, ambos pensamos igual: será uma pena se Dilma não sair de cena com um mínimo de dignidade. Alguém precisa dar-lhe este toque.

Leia o artigo do jornalista Vinícius Mota: "PARASITAS DA AGONIA"

domingo, 17 de abril de 2016

Acompanhe ao vivo a sessão na Câmara dos Deputados sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma

Domingo, 17 de abril de 2016

Manifestações pró e contra impeachment ocupam Esplanada dos Ministérios

Domingo, 17 de abril de 2016
Daniel Lima e Marieta Cazarré – Repórteres da Agência Brasil
Brasília Puxada por um trio elétrico, manifestação pró-impeachment reuniu dezenas de pessoas no lado sul da Esplanada dos Ministérios
Brasília – Puxada por um trio elétrico, manifestação pró-impeachment reuniu dezenas de pessoas no lado sul da Esplanada dos Ministérios —Agência Brasil
Na véspera da votação da abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, as manifestações na capital federal ocuparam a Esplanada dos Ministérios. Ao longo do dia, grupos favoráveis e contrários ao afastamento da presidenta ocorreram em lados opostos do Eixo Monumental.

sábado, 16 de abril de 2016

WhatsApp não perdoa. O Impeachment de Dilma e os traidores escolhidos a dedo pela presidente e PT

Sábado, 16 de abril de 2016
Rolando pelo WhatsApp: 

"Tudo que você semeia, cedo ou tarde terá que colher.

A vida é um plantio. Escolha as sementes com sabedoria." 

Dilma e o PT não souberam escolher com sabedoria. Escolheram os traidores a dedo.

Clique nas imagens para ampliá-las e melhor ver quais foram as sementes escolhidas a dedo. Semeou...agora vai ter que colher.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Dilma ainda pode, como Vargas, evitar a apoteose do inimigo. E nem precisará pagar com a vida

Sexta, 15 de abril de 2016
Do Blogue Náufrago da Utopia
Por Celso Lungaretti

Depois de uma canhestra e infrutífera tentativa de salvar-se do impeachment anunciado no tapetão do Supremo Tribunal Federal, nada mais resta a Dilma Rousseff afora a perspectiva de ter (pelo menos) dois terços dos deputados federais decidindo que ela faz jus ao impedimento. Era um placar negativo difícil de atingir. Ela conseguiu. Um fenômeno.

Qual a chance de, no Senado, ela não ser depois fulminada por maioria simples? Nenhuma. Zero. Game over.

Ainda assim, Dilma parece disposta a continuar esperneando até o mais amargo fim, para depois ser clicada pelos fotógrafos ao retirar-se chutada do Palácio do Planalto enquanto os adversários estiverem festejando por todo o País. Após buscar tão diligentemente a derrota, ainda vai posar de derrotada, para gáudio dos que há muito queriam ver sua cabeça empalhada exposta na parede dos troféus.

Há quem louve tal teimosia, como se fosse espírito de luta. Não é.

Guerreiros de verdade não insistem em travar batalhas suicidas, para serem dizimados junto com seus efetivos, enquanto ainda existe uma mínima possibilidade de se retirarem com uma vitória na derrota, preservando suas forças para uma futura revanche.



O que seria uma retirada organizada, agora que barrar o impeachment se evidencia como totalmente impossível? Eis o roteiro: 
renúncia de Dilma tão logo o impeachment seja aprovado na Câmara;
  • na mensagem derradeira, exortação de Dilma a Temer, no sentido de que renuncie também e dê ao povo brasileiro a possibilidade de escolher alguém em quem realmente confie para conduzi-lo neste momento dramático da vida nacional, pois até as pedras sabem que os eleitores votam em presidentes e não dão a mínima para quem seja o vice;
  • imediata adesão do PT e outras forças de esquerda à campanha por uma nova eleição presidencial, revivendo o espírito das diretas já.
Uma vez que Dilma cultua tanto a imagem de Getúlio Vargas, por que não o imita?

Não precisaria abrir mão da vida, só do cargo.

Encostar o Temer na parede, apontando-o ao povo como o grande obstáculo à melhor solução para a crise, seria o equivalente à carta-testamento.

E, caso tal ato gere uma reviravolta que impeça o inimigo de colher o fruto podre de suas tramoias, o paralelo se completará.

Assim um guerreiro de verdade faria. Assim fez Vargas.

Assim fará Dilma, se ainda prezar sua dignidade e se ainda for fiel a opção assumida meio século atrás, de colocar as necessidades e interesses do povo sofrido acima de quaisquer considerações de ordem pessoal.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

PSD vai encaminhar votação favorável ao processo do impeachment, diz Rogério Rosso, líder do partido

Quarta, 13 de abril de 2016
Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil

Brasília - O líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso, fala à imprensa (Wilson Dias/Agência Brasil)
Mais  de  80%  dos 39  deputados do PSD devem votar pelo impeachment, afirma Rosso Wilson Dias/Agência Brasil
A bancada do PSD na Câmara dos Deputados decidiu hoje (13) que vai encaminhar, no próximo domingo (17),  votação favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O anúncio foi feito há pouco pelo líder do PDS na Câmara, Rogério Rosso (DF), após a bancada tomar a decisão e comunicá-la ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente do partido.

terça-feira, 12 de abril de 2016

PP, de Paulo Maluf, decide apoiar o impeachment

Terça, 12 de abril de 2016
Iolando Lourenço e Ivan Richard - Repórteres da Agência Brasil

O Partido Progressista (PP) decidiu hoje (12) declarar voto favorável à aprovação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. De acordo com o líder do partido e ex-ministro das Cidades do governo Dilma, Agnaldo Ribeiro (PB), a "ampla maioria" da bancada deliberou pela votação favorável ao impeachment no próximo domingo, na sessão da Câmara marcada para as 14h.

Último apelo a Dilma: Renuncie enquanto pode salvar algo do incêndio. Não nos legue Temer!!!

Terça, 12 de abril de 2016
Por Celso Lungaretti

O impeachment de Dilma Rousseff deverá ser votado pelo plenário da Câmara Federal neste domingo (17) e só os ingênuos supõem que haja a mínima chance de não ser aprovado (idem, adiante, no Senado).

Evidentemente, haverá grandes manifestações contra Dilma nas principais capitais brasileiras.

Evidentemente, a imagem que prevalecerá vai ser a da avenida Paulista, palco das duas maiores desta década, ambas oposicionistas.

Evidentemente, surgirão novidades impactantes da Operação Lava Jato, desde vazamentos até, talvez, a prisão do ex-presidente Lula.
Não tenho informações de cocheira nem sou adivinho, estou citando apenas o que se depreende do ocorrido em momentos semelhantes e de movimentações noticiadas pela imprensa.

Mas, o fator que realmente determinará o resultado da votação será o de que o grande capital, depois de não ter julgado conveniente afastar Lula quando explodiu o escândalo do mensalão (e fazê-lo teria sido muito fácil naquele instante), agora chegou à conclusão de que não vale a pena bancar uma presidente que até reza por sua cartilha, mas é incapaz de botar ordem na casa. Que tenta obedientemente enfiar goela dos brasileiros adentro o ajuste fiscal, mas não consegue entregar o que prometeu.

País pobre como o Brasil não convive bem com recessão tão longa (começou no segundo trimestre de 2014), muito menos com um contínuo agravamento da crise. A queda do PIB deverá ficar, neste ano, entre -3,5% e -4%, um pesadelo! E não há a mais remota perspectiva de melhora sob Dilma.

Inflação sob Sarney atingiu 90% ao mês. PMDB de novo?!
E, levando em conta a impopularidade de Dilma, a certeza de aparecerem na mídia como vilões e a perspectiva de obterem maiores recompensas do sólido poder econômico que do cambaleante poder político, é óbvio que os deputados mais perspicazes escolherão a opção que melhor contempla seus interesses.

Então,  vou novamente ensinar o caminho das pedras para a Dilma, embora cético quanto à possibilidade de ela o seguir; também levando em conta situações anteriores, temo que ela preferirá continuar se enredando nos espinheiros, como tem feito até agora.

Caia na real, Dilma! Seu afastamento é inexorável e, se optar pelo caminho que leva ao defenestramento humilhante, você legará ao povo brasileiro não só um desastre econômico, como também... o presidente Amigo da Onça!

Em nome do seu passado de revolucionária, aja, pelo menos desta vez, com desprendimento: renuncie, exorte publicamente o Temer a renunciar também (ele está vulnerável como nunca!) e vá para casa com o consolo de ter saído pela porta da frente e haver contribuído para a única solução capaz de trazer algum alívio ao povo sofrido: uma nova eleição presidencial.
Eu sei, tu sabes, você sabe, todos sabemos: a presidência tampão de Temer nada mais será do que o prolongamento da agonia atual. Os trabalhadores e os excluídos –aqueles  por quem há meio século você decidiu lutarmerecem isso de sua parte?!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Cardozo teve 4 horas para defender; Janaína e Reale, apenas uma hora. Isso pode? Isso é legal?

Segunda, 11 de abril de 2016
Da Tribuna da Internet
Por Jorge Béja
Resultado de imagem para cardozo na comissao do impeachment
Cardozo teve indevido tratamento privilegiado

Jorge Béja
A Comissão Especial do Impeachment tem forte conotação de semelhança com o Tribunal do Júri. Neste ano de 2016, no banco dos réus, Dilma. No Conselho de Sentença, os deputados integrantes da Comissão.Na defesa da ré, José Eduardo Cardozo. E na acusação (promotoria), os autores da ação, Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Daí porque nada mais justo, constitucional, legal e equitativo, do que conceder igualdade de tratamento à acusação e à defesa. É uma balança que não pode pender para um lado ou para o outro, minimamente que seja, sob pena da quebra do pétreo e sagrado princípio da isonomia, do equilíbrio, de paridade de armas.

Afinal, todos são iguais perante a lei, seja uma pessoa inocente ou uma pessoa acusada da prática de crime, pelo qual está sendo julgada. Vivemos numa democracia e no Estado Democrático de Direito. Habemus legem. E as leis que temos, na ordem jurídica nacional, penal, cível, administrativa, não contemplam a prepotência de uma parte sobre a outra, qualquer que seja o pleito.

DEPLORÁVEL
O que aconteceu hoje na Comissão Especial do Impeachment (e ainda está acontecendo enquanto este artigo está sendo escrito) é terrivelmente deplorável para a história jurídica do nosso país. A presidência da Comissão concedeu quase 4 horas para a defesa de Dilma, assim contadas: semana passada duas horas para seu advogado, o ministro Cardozo, mais 30 minutos para o ministro da Fazenda e outros 30 minutos para o professor da Uerj, eis que ambos também foram à Comissão defender Dilma.

E hoje, dia da votação do relatório, mais tempo para Cardozo defender Dilma, que discursou por 40 minutos. Tempo que o presidente Rogério Rosso estipulou para Cardozo falar.E a toda hora Rosso rendia a Cardozo homenagens e louvores, e frisava que Cardozo tinha sido convidado por ele próprio, Rogério Rosso.

Já do outro lado, o quadro foi completamente diferente. À acusação, foi concedida apenas uma hora para a sustentação oral, como se verificou na semana passada: 30 minutos para Miguel Reale Junior e mais 30 minutos para Janaína Paschoal! Que barbaridade! Que temeridade! Que desigualdade! Ainda assim, no final do dia de hoje ou já à noite, o relatório será acolhido e o processo de Impeachment seguirá seu curso, mesmo diante deste placar adverso de tempo (quase) 4X1 entre acusação e defesa.

VÃ ESPERANÇA
Semana passada (09.04.2016) escrevi artigo (“Presidente da Comissão do Impeachment Comete Erro Gravíssimo”) sobre essa deplorável anomalia. Mas ainda nutria esperança que o presidente da Comissão, deputado Rogério Rosso, também chamasse Reale Junior e/ou Janaína para a sessão de hoje, a fim de equilibrar as forças e dar às partes (acusação e defesa) o mesmo tempo para falar à Comissão. Ou seja, cumprir os mandamentos das leis.

Que nada! Me enganei redondamente. E não foi por falta de aviso. A Rosso enviei o artigo, cuja recepção me foi confirmada por sua assessoria. O advogado João Amaury Belem, leitor, comentarista e articulista nesta nossa TI, também não cruzou os braços. Indignado, mandou o artigo para o gabinete do presidente Rogério Rosso, com pedido de providências. A leitora Mara comentou aqui na TI que enviou o artigo para o deputado Rubens Bueno e dele recebeu resposta informando que tudo estava correto e que apenas Cardozo iria falar hoje!

Também enviei o artigo para Merval Pereira. E ontem Merval me respondeu. Disse que seria esse o tema da sua coluna no O Globo. Mas depois que soube que houve uma “composição” entre oposição e governo para chamar apenas Cardozo “não posso ser mais realista do que o rei”, arrematou Merval no delicado e elegante e-mail que me enviou. Mandei também para a advogada Janaína Paschoal, que acusou o recebimento do artigo.

INAÇÃO FRUSTRANTE
Agora, tenho comigo umas perguntas que não encontro respostas: por que tudo isso aconteceu? Por que os deputados da oposição não levantaram questão de ordem e exigiram também a presença da acusação (Reale e Janaína) na sessão de hoje? Por que o presidente Rogério Rosso permitiu que essa barbaridade jurídica, política e humana acontecesse? Por que Reale e/ou Janaína não reagiram, sendo eles professores de Direito e conhecedores da lei e dos encargos que sobre eles pesam quando decidiram denunciar Dilma à Câmara?

Será que foi uma “estratégia” dos dois juristas? Que conchavo é esse, entre situação e oposição, que permitiu dar mais tempo (que não foi pouco ) e mais vezes para Cardozo fazer a sustentação oral perante à Comissão? Saibam todos que impeachment é processo de ordem pública. Nele não se admite tergiversação, rodeios, evasivas, renúncia, abandono, desprezo e descumprimento daquilo que a lei determina. Titulares e donos de um processo de Impeachment, procedente ou não, são a coletividade, o eleitor, a cidadania…

Num paralelo, de menor intensidade e proporção, processo de impeachment guarda semelhança com a Ação Popular. Dono desta é a cidadão. E se quem a propôs dela desiste, qualquer que seja o motivo, incumbe ao Ministério Público prosseguir com a ação, tão pública, tão altiva e moralizadora ela é. No impeachment, se tira do cargo as autoridades da cúpula governamental que obraram contra a lei e os interesses da Nação. Na Ação Popular, delas e dos de inferiores níveis da hierarquia governamental, se busca a reparação do dano que causaram e se obtém outras punições. Nada mais democrático e sadio para uma República.

Comissão da Câmara analisa nesta segunda (11/4) parecer sobre pedido de impeachment

Segunda, 11 de abril de 2016
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff  vota ainda hoje (11) o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento. A previsão é de que às 10h tenha início a reunião, na qual 25 líderes terão a palavra antes de ser encaminhada a votação. Sendo ou não aprovado o parecer, ele será analisado pelo Plenário da Casa.

Dilma quer que os brasileiros padeçam em nome do seu sagrado direito de continuar à deriva

Segunda, 11 de abril de 2016
Do Blog Náufrago da Utopia
Por Celso Lungaretti
Governos que nos cabe defender com unhas e dentes são os revolucionários. Como os petistas não o foram em um instante sequer e a revolução brasileira continua tão distante hoje quanto estava no dia 1º de janeiro de 2003, fico pasmo com a histeria e as mentiras cabeludas que estão sendo utilizadas para tentar manter Dilma Rousseff no cargo. 

O poeta Ferreira Gullar matou a cobra e mostrou o pau:
"Quem viveu no Brasil dos anos de 1960 aos 80 sabe muito bem o que é golpe e o que não é democracia. 
Os militares golpistas de 1964 não propuseram que o Congresso votasse o impeachment do então presidente João Goulart. Simplesmente puseram os tanques na rua, fecharam o Congresso e entregaram o governo a um general. 
Os que teimaram em defender a democracia foram simplesmente encarcerados e muitos deles assassinados. Os meios de comunicação foram censurados, de modo que nenhuma palavra contra o golpe podia ser veiculada. 
...Dilma, (...) experimentou na carne o que é golpe e o que é ditadura. Não obstante, está agora representando um papel que lamentavelmente não condiz com seu passado".
Tudo leva a crer que a presidente será afastada, simplesmente porque não consegue governar há 15 meses e 11 dias nem dá nenhuma mostra de saber como tirar a economia brasileira do fundo do poço para o qual ela a despachou. 

"Quero porque quero!" é fala de criança mimada e Dilma até agora não conseguiu desencavar uma única justificativa aceitável para o prosseguimento do seu desastroso governo, um único motivo para acreditarmos que as coisas melhorarão adiante. Mantém sua luta no terreno do legalismo e do embuste, pois nem com a corda no pescoço ousa invocar a luta de classes.

Reelegeu-se sem programa e quer que os brasileiros padeçam em nome do seu sagrado direito de continuar à deriva, trocando de orientação ideológica como de sapatos, ora tentando ressuscitar o nacional-desenvolvimentismo da década de 1950, ora guinando para o extremo oposto e adotando o neoliberalismo de Milton Friedman. Enquanto isto, milhões de coitadezas vão sendo despejados insensivelmente na rua da amargura.

O Brasil não vai acabar com a aprovação do impeachment pelo Congresso Nacional, a cassação da chapa presidencial pelo TSE ou a renúncia da presidente, mas a insistência em prolongar uma situação insustentável poderá levar de roldão nossa democracia, a tanto custo reconquistada.
O PT destruiu nosso presente, ao abandonar a bandeira de uma transformação em profundidade deste país que está entre os mais desiguais e injustos do planeta; e ameaça detonar também nosso futuro, pois não se sabe o que poderá resultar da depressão econômica e da convulsão social para os quais nos encaminhamos.

“Executivos contra o Executivo”: Delação fatal

Segunda, 11 de abril de 2016
O que Otávio Azevedo falou é motivo para a saída de um presidente em qualquer democracia

Por Ruth de Aquino - Revista Época //// Blog do Sombra

Algum petista precisa convencer a presidente Dilma Rousseff a apoiar os trabalhos da Câmara nos fins de semana, sábados, domingos e feriados, para acelerar a votação do processo de impeachment. Dilma, apresse tudo por seu próprio bem. ...
 
Porque, a cada semana, a cada depoimento que ganha a luz do dia, sua permanência no Palácio do Planalto fica mais insustentável. Não tem encanador no mundo que dê jeito nos vazamentos desse esgoto de propinas. No seriado “Executivos contra o Executivo”, o conteúdo das denúncias é assombroso.

domingo, 10 de abril de 2016

Proibido o acesso de bonecos infláveis na votação do relatório do impeachment da presidente

Domingo, 10 de abril de 2016
Proibido o acesso de bonecos infláveis na votação do relatório do impeachment da presidente.

Boneco inflável não entra na sessão do impeachment. De carne e osso, se for deputado, entra.

Isso é, bonecos a favor ou contra o impedimento de Dilma, podem acessar a Comissão. E todos têm direito à voz. Muitos…também ao voto.

sábado, 9 de abril de 2016

Maioria da população quer Dilma e Temer fora do governo, diz Datafolha

Sábado, 9 de abril de 2016
Pesquisa mostra que 61% defendem impeachment de Dilma e 58%, o de Temer
O Globo
Pesquisa do Datafolha mostra que mais da metade da população é a favor do impeachment de Dilma Rousseff e de Michel Temer. Além disso, a maior parte dos entrevistados defendem que tanto a presidente da República quanto o vice renunciem a seus cargos. A maioria das pessoas ouvidas se mostrou a favor da convocação de novas eleições, de acordo com a pesquisa, divulgada neste sábado no jornal “Folha de S.Paulo”. Continue lendo

Em Brasília, falta reflexão, sobra doação. A situação da presidente, desesperada e desesperadora

Sábado, 9 de abril de 2016
Da Tribuna da Imprensa
Helio Fernandes

A empreiteira fez a mais destruidora narrativa sobre Dona Dilma. Textual: "Fizemos doação legal para a campanha dela, com dinheiro da propina da Petrobras e de Bello Monte".  Aí deu números e nomes. 150 milhões para o PT e PMDB, 75 milhões para cada um. A presidente, furiosa e se dizendo revoltada, falou, "estão fazendo vazamento seletivo contra mim". E exigiu medidas punitivas e drásticas, do Ministro da Justiça.

Não houve nenhum vazamento, seletivo ou não. O que há hoje, é a "Revolução da Tecnologia". Existem os mais diversos canais de comunicação, mobilizados e movimentados por jornalistas que detestam o silencio. E não se deixam intimidar. É uma concorrência pela publicação das noticias, o mais rapidamente possível. Dessa forma, não ha fato, por mais sigiloso que pareça que não seja descoberto e publicado. Pois todos só têm um objetivo: informar o cidadão-contribuinte- eleitor, tenha o aparelho receptivo que tiver.

Rogério Rosso, presidente da Comissão do Impeachment comete erro gravíssimo

Sábado, 9 de abril de 2016
Da Tribuna da Internet
Jorge Béja

Rosso está dando maior espaço à defesa do que à acusação

Jorge Béja
O curso, etapas e fases de todo e qualquer processo na ordem jurídica nacional sujeitam-se ao regramento previsto em lei. Impeachment, seja quem for a autoridade acusada, é processo com rito próprio, conforme disposto na Lei 1079/50 e nas determinações que o Supremo Tribunal Federal expediu ao julgar a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 378, da autoria do PCdoB, ao fazer as adequações daquela antiga lei às normas da Constituição Federal de 1988.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A burguesia decide por Dilma

Quinta, 7 de abril de 2016
Do Correio da Cidadania
http://www.correiocidadania.com.br 
Por Nildo Ouriques*
A burguesia decidiu que Dilma fica. Não é decisão nova. É decisão antiga que se fortaleceu no último período diante da situação política e econômica no país.

A primeira razão da posição burguesa resulta do profundo "ajuste" praticado por Dilma contra os trabalhadores. No essencial, o desemprego é elevadíssimo (superior a 10%) e os salários baixaram violentamente. Dilma vetou a possibilidade de auditoria da dívida e, em consequência, garantiu vida longa ao rentismo. A brutal recessão e a desvalorização do cambio - nesta ordem - turbinaram a balança comercial, tal como pretendiam todas as frações burguesas.

Os cortes no investimento das áreas sociais (o Diário Oficial comunicou dia 30/03 adicionais R$ 4,2 bilhões na Educação e outros R$ 2,28 bilhões na Saúde) alimentaram a fatia dos recursos públicos destinada aos pagamentos da dívida às custas dos trabalhadores. Enfim, as bases para a retomada da acumulação de capital estão sendo criadas. O governo é, basicamente, o que no antigo jargão definiríamos como neoliberal.

terça-feira, 5 de abril de 2016

No embate na Comissão do Impeachment: Janaína 7 X 1 Dilma

Terça, 5 de abril de 2016
Da Tribuna da Internet

Janaina Paschoal não deixou pergunta
sem resposta e deu um show

Jorge Béja
Aquele 7 a 1 que a Alemanha impôs ao Brasil na Copa da Mundo de 2014 se tornou símbolo de derrota. Vergonhosa derrota. Uma surra. É um placar estigmatizado que serve para retratar o resultado de qualquer confronto, quando se busca saber quem foi o vencedor em qualquer campo da atividade humana. Ontem, foi a vez da presidente Dilma se defender. Em seu nome e na sua representação apresentou-se o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, que entregou defesa escrita à Comissão Especial do Impeachment e fez sustentação oral. Cardozo tem voz firme, fala com desenvoltura, é culto e parece transmitir segurança no que diz.

Mas quando a causa é ingrata, não é boa, nem o saber, a habilidade e a versatilidade dos advogados podem fazer milagres. Cardozo até que tentou, sem conseguir. Isso já não aconteceu semana passada, quando a advogada e professora de Direito Penal da USP, Janaína Paschoal, falou à mesma Comissão. Além do talento, do desembaraço e da facilidade de exposição, Janaína convenceu. A causa era boa. Os fatos eram incontroversos. E o Direito estava ao seu lado. Cardozo fez retórica. Janaína, não.

 A DEFESA QUE FEZ CARDOSO
Após abordar conceitos e fundamentos da Ciência Penal e do Direito Constitucional, Cardozo começou atacando Eduardo Cunha, desqualificando-o. Foi inútil enveredar por este caminho. A questão gira em torno da competência e da atribuição constitucional para receber denúncia contra a presidente da República. E ambas são do presidente da Câmara dos Deputados, seja um santo, seja um pecador.

Depois, Cardozo considerou inepta a petição da denúncia, não porque a peça teria desatendido aos pressupostos legais visando o desenvolvimento válido e regular do processo. Não foi nada disso. Para Cardozo, a petição era inepta porque seus subscritores se viram obrigados a comparecer diante da Comissão para, digamos, emendar a peça!

Não, ministro Cardozo. Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior foram lá convidados. Eles não se ofereceram. Foi a Comissão que os chamou para ouvi-los. E no dia seguinte também foram ouvidos o ministro da Fazenda e um professor de Direito Tributário da UERJ, estes em defesa da acusada. Cada um dos quatro que foram chamados teve 30 minutos para falar à Comissão. Logo, não ocorreu desequilíbrio de tratamento.

Comissão Especial de Impeachment tem o poder e a prerrogativa de “proceder às diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia”, como consta no artigo 20 da Lei nº 1079/50. Convocar uma ou ambas as partes é ato diligencial.

IGUALDADE DE TRATAMENTO
Tratamento desigual houve, sim, em benefício da presidente-denunciada. Cardozo, seu defensor, além de entregar a defesa escrita, falou à Comissão por duas horas seguidas, que somadas aos 30 minutos que o ministro da Fazenda e o professor da Uerj tiveram cada um e utilizaram em defesa da presidente, totalizam três horas de sustentação oral, contra apenas uma hora (meia hora para Janaína e meia hora para Miguel Reale Júnior). Foi ou não foi?

E mais: Cardozo também desaprovou a convocação e oitiva dos professores Miguel Reale e Janaína Paschoal, desta vez porque Dilma, a denunciada não foi intimada. Mas Cardozo silenciou a respeito da convocação e oitiva do ministro da Fazenda e do professor da UERJ, sem que Dilma também não tivesse sido intimada!!

O CERNE DA QUESTÃO
O ponto central é o seguinte: a presidente Dilma ordenou, autorizou ou realizou operação de crédito interno, sem prévia autorização legislativa? Dilma também ordenou ou autorizou a assunção de obrigação nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato, cuja despesa não tenha sido paga no mesmo exercício financeiro, ou caso tenha restado parcela a ser paga no exercício seguinte, não existiu contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa? Às duas indagações as respostas são positivas. E presidente da República que assim procede, comete crimes contra as finanças, conforme dispõem os artigos 359-A e 359-C do Código Penal. As penas são de reclusão de 1 a 2 anos.

Tudo isso foi muito bem explicado pela doutora Janaína Paschoal, que também demonstrou que a Lei Complementar nº 101/2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, não se aplica apenas a prefeitos e governadores. O presidente da República é também o destinatário desta lei. A conferir: “Artigo 1º, parágrafo 2º – As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios”.

E o artigo 36 da LC 101/2000 é bastante claro ao dizer que “é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo”.

AÇÃO MANU MILITARI
E foi justamente isso que Dilma fez. Sem autorização do parlamento apanhou dinheiro na CEF, no BB e no BNDES e não quitou o débito. Se apanhar o dinheiro jamais poderia, deixar de quitar o débito é considerável agravante. O ministro Cardozo também defendeu que isso, além de ser uma prática em governos anteriores, tanto não constituía empréstimo nem operação de crédito e ainda citou um exemplo impróprio e esquisito, ao comparar um patrão que no final do mês não paga o salário de seu empregado. E indagou: “este patrão tomou dinheiro emprestado do empregado?”, fazendo crer que as situações são equivalentes. Não são.

No tocante à alegada habitualidade dessa prática, tanto não justifica nem exclui o crime. Quanto ao patrão, este é mero devedor de dívida trabalhista. Já o governo federal, que detém mais de 50% das ações daqueles três bancos, agiu manu militari. Ou seja, à força, às escondidas e sem enfrentar resistência, se apropriou de dinheiros daqueles bancos, deles fez uso e depois não pagou. Se isso não é roubo é furto. Ou apropriação indébita. É golpe e é calote.

E mais: sustentar, como sustentou Cardozo, que as requisições de recursos vinham de todos os lados, “inclusive do TST e do TCU” e por isso não poderiam ser negadas, ainda que ao arrepio da lei, é confessar que a presidente Dilma é ainda muito mais responsável, por não ter recusado as requisições.

CORRESPONSABILIDADE (REFLEXA)
E por fim, saiba o ministro Cardozo que “não tornar efetiva a responsabilidade de seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição” é crime contra a probidade na administração. imputável ao presidente da República, conforme se lê no artigo 9º, nº 3, da Lei nº 1079/50.

Daí porque a presidente Dilma, independentemente da existência ou não do dolo, é também responsabilizada criminalmente, mesmo que não tenha sido ela a autora da(s) prática(s) delituosa(s). Diz-se isso porque ontem o ministro Cardozo repetiu várias vezes que a responsabilização da presidente dependia sempre do dolo – e não, da mera culpa. E que Dilma não poderia ser responsabilizada por atos de seus subordinados.

Para finalizar: o placar ontem foi Janaína Paschoal 7 X 1 Dilma Rousseff. Para o leitor que desejar rever a doutora Janaína Pachoal diante da comissão aqui vai o endereço para ser acessado

Relator do impeachment confirma leitura do parecer para amanhã, quarta-feira (6/4)

Terça, 5 de abril de 2016
Carolina Gonçalves – Repórter da Agência Brasil

Brasília - O relator da Comissão Especial do Impeachment Jovair Arantes fala após a reunião para ouvir defesa do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e do professor de Direito Tributário da Universidade do Estado d
Jovair  Arantes  diz que  agora  está  finalizando o “contradito”, que é uma espécie de ponto a ponto entre  acusação  e defesa Arquivo/Agência Brasil
O relator do processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef, Jovair Arantes (PTB-GO), confirmou a apresentação de seu parecer na reunião de amanhã (6) da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de afastamento da chefe do governo. A reunião está marcada para as 14h.

“Ao longo de minha longa jornada de quase um século jamais vi tanta podridão, tantos desvios, tantos abusos e desmandos, perpetrados precisamente por aqueles que se proclamaram os salvadores da pátria."

Terça, 5 abril de 2016

Autores do pedido de impeachment participam de ato pelo afastamento de Dilma

Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Com a participação dos Juristas Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Jr., autores do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em tramitação na Câmara dos Deputados, manifestantes se reuniram hoje (4) no Largo São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no centro da capital paulista, desde as 18h30, pasra defender  o afastamento de Dilma do cargo. O grupo gritava “Fora Dilma”, “Fora PT”, “Impeachment já” e o nome do juiz Sérgio Moro.
 
O jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment, discursou:  “Estou muito feliz de estar aqui com vocês por uma causa que é de todos os brasileiros, que é uma causa justa. Não aceitamos que o Brasil continue submetido aos desígnios de um governo injusto, mais do que injusto, porque nenhum político tem o direito de ficar no poder contra a vontade do povo”.

Bicudo criticou o governo: “Ao longo de minha longa jornada de quase um século jamais vi tanto tanta podridão, tantos desvios, tantos abusos e desmandos, perpetrados precisamente por aqueles que se proclamaram os salvadores da pátria. Nos estritos termos da Constituição, é preciso dar um basta à Dilma”.

Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal também discursaram. Reale fez críticas à condução da  economia no governo Dilma e disse que as pedaladas fiscais não aconteceram para proteger o Bolsa Família, mas sim para enganar o povo.

“Se fossem responsáveis, teriam tomado medidas de ajuste fiscal, mas em vez de tomarem essas medidas afundaram as receitas do estado”, disse Reale Jr. De acordo com o jurista, a isso resultou em desemprego, inflação e dificuldade da população pobre em comprar comida.

Janaína Paschoal agradeceu aos seus professores, em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), e disse que eles a ensinaram a colocar o conhecimento a serviço da nação. Referindo-se àqueles que estão no poder, ela disse que “eles se fortalecem do nosso medo, eles se fortalecem na ambição desmedida. Nós queremos libertar o nosso país do cativeiro de almas e mentes. Não vamos abaixar a cabeça para essa gente que se acostumou com discurso único”.