Quarta, 20 de setembro de 2023
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Eleições para conselhos representantativos da sociedade são polarizadas ideologicamente por forças políticas que temem um avanço de candidatos progressistas nesse setor.
Por Chico Sant’Anna
Brasília não terá eleições municipais em 2024, mas nem por isso o clima da disputa política está amainado. Na falta de prefeitos e vereadores, a disputa fica em torno da escolha de membros dos conselhos comunitários de segurança – Consegs (29/10) e dos conselheiros tutelares dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (1/10).
Embora sejam espaços apartidários para a comunidade se fazer presente – uma ferramenta de democracia direta – a ideologização de ambos os fóruns está bastante elevada. O que se vê nas redes sociais é um repeteco da polarização entre bolsonaristas e progressistas. Vídeos postados por conservadores conclamam aqueles que são “contra comunistas, progressistas e simpatizantes da esquerda” a participarem das eleições e “barrar a vitória dessa esquerdalha”. Os vídeos atravessam fronteira. Em um deles, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), diz que essa é a oportunidade de barrar o avanço das esquerdas. Gayer é o parlamentar que em entrevista ao podcast Três Irmãos, afirmou que brasileiros e africanos são burros; de pouca capacidade cognitiva e de baixo QI. Por essas palavras, foi alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, de autoria da deputada Talíria Petrone (PSOL/RJ).
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