Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Izalci e a derrocada tucana

Terça, 26 de setembro de 2023

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Ana

De olho no Buriti, Izalci Lucas faz gestos aos bolsonaristas. Tenta atraí-los. Recentemente, concedeu título de honra ao mérito, a um capoeirista que estava dentre os invasores do Congresso Nacional. Na CPMI do 8 de Janeiro, defende a tese de que o golpe foi armação do governo Lula. O mais novo aceno foi o convite para que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) se filie ao PSDB. Iniciativa bloqueada pela direção nacional dos tucanos.

Por Chico Sant’Anna

A polêmica envolvendo o eventual despejo do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) de um dos mais prestigiados gabinetes do Senado Federal revela a decadência de outrora um dos mais fortes partidos políticos do Brasil, a falta de rumo da legenda e a guinada, cada vez mais à direita, do parlamentar candango. Izalci, como líder de partido, ocupa um raro gabinete no Salão Azul do Senado, e tem direito a uma vintena de assessores muito bem pagos. O local fica entre a presidência da Casa e o plenário e é destinado a legendas com muitos parlamentares eleitos, mas no PSDB de hoje, além de Izalci, só há mais um senador no ninho tucano, Plínio Valério, do Amazonas.

Não fosse o histórico, hoje o PSDB poderia ser rotulado de partido nanico. Na Câmara dos Deputados, os tucanos possuem quatorze parlamentares. Para ganhar um pouco de espaço nas comissões tiveram que compor um bloco bastante heterodoxo. Estão unidos com PDT, Avante, PP, Patriota e PSB. Dezesseis parlamentares federais é muito pouco num Congresso de 594 cadeiras, ainda mais para um partido que dirigiu o Brasil durante oito anos e, em 2010, elegeu oito governadores, dentre eles São Paulo e Minas Gerais. Em outubro passado, nenhum candidato tucano ao Senado foi vitorioso.

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