Domingo, 28 de agosto de 2011
Da revista IstoÉ
ISTOÉ mostra relação promíscua entre parlamentares que apresentaram emendas para projetos condenados pelo TCU e empreiteiras que financiaram suas campanhas
Izabelle Torres
Izabelle Torres
No universo das obras irregulares
espalhadas pelo País há um emaranhado de ligações entre empreiteiras e
políticos influentes. As empresas dependem de apoio no Congresso para
encaminhar emendas de seu interesse e fazer lobby junto ao governo. Em
contrapartida, são as primeiras a abrir generosamente seus cofres em
época de eleição. Depois de eleitos, os parlamentares tornam-se grandes
articuladores em defesa dos repasses de recursos. Levantamento feito por
ISTOÉ com base em 161 processos abertos pelo Tribunal de Contas da
União, referentes à manutenção das rodovias nacionais, mostra que pelo
menos seis deputados e senadores – padrinhos de obras com
irregularidades graves – engordaram caixas de campanha graças a doações
das empreiteiras responsáveis por esses projetos.
O deputado Edson Giroto (PR-MS) é um exemplo dessas relações contaminadas. Depois de atuar como secretário de infraestrutura em seu Estado, foi eleito com a bandeira que criou condições para a construção do Terminal Intermodal no Mato Grosso do Sul, além da promessa de levantar ainda mais recursos em Brasília. Orçada em R$ 26 milhões, a obra foi enquadrada pelos auditores por sobrepreço e falhas na fiscalização realizada pelo Ministério dos Transportes. Enquanto as empresas envolvidas tentavam se explicar e sanar as irregularidades, Giroto recebeu em sua campanha no ano passado doação de R$ 163 mil da Consegv Planejamento, uma das empreiteiras contratadas. Indagado por ISTOÉ sobre suas relações com a construtora, Giroto preferiu não se pronunciar.
O deputado Edson Giroto (PR-MS) é um exemplo dessas relações contaminadas. Depois de atuar como secretário de infraestrutura em seu Estado, foi eleito com a bandeira que criou condições para a construção do Terminal Intermodal no Mato Grosso do Sul, além da promessa de levantar ainda mais recursos em Brasília. Orçada em R$ 26 milhões, a obra foi enquadrada pelos auditores por sobrepreço e falhas na fiscalização realizada pelo Ministério dos Transportes. Enquanto as empresas envolvidas tentavam se explicar e sanar as irregularidades, Giroto recebeu em sua campanha no ano passado doação de R$ 163 mil da Consegv Planejamento, uma das empreiteiras contratadas. Indagado por ISTOÉ sobre suas relações com a construtora, Giroto preferiu não se pronunciar.