Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Para associação, assassinato de juíza no Rio demonstra falência do Estado

Terça, 30 de agosto de 2011
Começou há pouco a audiência pública que discute o crescente número de casos de intimidações e ameaças de morte sofridas por juízes e outros agentes públicos. O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, afirmou que o assassinato da juíza Patrícia Acioli demonstra a falência do Estado.

Conhecida por sua atuação firme, Patrícia Acioli morreu no último dia 11, aos 47 anos, ao ser atingida por 21 tiros na porta de sua casa, em Niterói (RJ). A juíza foi responsável pela prisão de mais de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio, e já havia sofrido ameaças de morte.

Gabriel Wedy também defendeu a aprovação de proposta que cria a polícia judiciária – o texto está pronto para ser votado no Senado. "Se o próprio Ministério da Justiça e a Policia Federal (PF) dizem que não têm efetivo para fazer a segurança dos juízes, a solução é essa", sustentou.

Mais cedo, dois delegados da Polícia Federal afirmaram que a instituição tem trabalhado no serviço de inteligência para prevenir crimes contra juízes. Eles ressaltaram, no entanto, que a PF não tem condição de fazer a proteção individual dos magistrados e que o ideal seria uma parceria com a polícia judiciaria.

O debate, que é promovido pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, ocorre no Plenário 8.

Fonte: 'Agência Câmara de Notícias'