Sábado, 22 de outubro de 2011
Trechos da reportagem da revista
Época desta semana, cujo título é "O jogo baixo no Ministério do Esporte", trabalho de autoria dos jornalistas Andrei Meireles,
Marcelo Rocha e Murilo Ramos.
O jogo baixo no Ministério do Esporte
“As denúncias de um policial
contra o ministro Orlando Silva ressuscitam acusações que envolvem o governador
Agnelo Queiroz, investigado no STJ pelas mesmas suspeitas de desvio de dinheiro
público do Programa Segundo Tempo”
“O caso ficou adormecido até a semana passada,
quando o policial João Dias acusou o atual ministro do Esporte, Orlando Silva,
de irregularidades na pasta, entre elas o recebimento de dinheiro desviado de
convênios. No processo do STJ, no entanto, a autoridade mais envolvida nas
acusações é Agnelo Queiroz. É a primeira vez que, nesse processo, o nome do
atual governador aparece na Justiça Federal. Pesam contra ele as acusações de
ter recebido os R$ 256 mil e a proximidade com João Dias. Em viagem à Europa,
Agnelo disse na semana passada que só teve relações políticas com João Dias nas
eleições de 2006. Segundo o inquérito, porém, era mais que isso. Testemunhas
descrevem festas em que Agnelo e João Dias estiveram juntos – como o
aniversário de uma filha de Dias. Em nota a ÉPOCA, Agnelo afirma que, como
político, sempre compareceu a festas de aniversário – e não se recorda de
eventos específicos.
Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que, nos momentos difíceis, João Dias sempre recorreu a Agnelo. Em uma das conversas, Dias pede sua ajuda para preparar sua defesa em um processo na Justiça. Segundo a polícia, Dias temia uma ação civil pública em que o Ministério Público Federal cobra a devolução aos cofres públicos de R$ 3,2 milhões desviados do Ministério do Esporte. Dias nega ter feito esse pedido. Ele diz que foi gravado quando pedia ajuda a Agnelo contra as “sacanagens” feitas para jogar em suas costas a responsabilidade pelos desvios de dinheiro do Segundo Tempo.
Não adiantou. Em abril de 2010, João Dias foi parar atrás das grades por causa dos desvios de dinheiro do Ministério do Esporte repassado a suas entidades. De acordo com o relatório da polícia, na manhã do dia 5 de abril, após a prisão de Dias, sua mulher, Ana Paula Oliveira, tentou falar por três vezes com Agnelo – ela deixou recado pedindo a indicação de um advogado para seu marido.”
Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que, nos momentos difíceis, João Dias sempre recorreu a Agnelo. Em uma das conversas, Dias pede sua ajuda para preparar sua defesa em um processo na Justiça. Segundo a polícia, Dias temia uma ação civil pública em que o Ministério Público Federal cobra a devolução aos cofres públicos de R$ 3,2 milhões desviados do Ministério do Esporte. Dias nega ter feito esse pedido. Ele diz que foi gravado quando pedia ajuda a Agnelo contra as “sacanagens” feitas para jogar em suas costas a responsabilidade pelos desvios de dinheiro do Segundo Tempo.
Não adiantou. Em abril de 2010, João Dias foi parar atrás das grades por causa dos desvios de dinheiro do Ministério do Esporte repassado a suas entidades. De acordo com o relatório da polícia, na manhã do dia 5 de abril, após a prisão de Dias, sua mulher, Ana Paula Oliveira, tentou falar por três vezes com Agnelo – ela deixou recado pedindo a indicação de um advogado para seu marido.”
Veja a íntegra da reportagem na edição da revista ou clique aqui e leia no Blog do Sombra.