Terça, 25 de junho de 2013
Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Manifestantes fizeram passeata na manhã de hoje (25) na
periferia da zona sul da capital paulista. Segundo a organização do
protesto, participam do ato cerca de mil pessoas. Eles reivindicam
melhorias no transporte público, na saúde, nas condições de moradia e
também protestam contra o que classificam como genocídio praticado pela
polícia na periferia.
O protesto, que teve início às 7h, começou embaixo de chuva, com
parte dos manifestantes partindo do metrô Capão Redondo. Eles seguiram
em passeata e interditaram a avenida Carlos Caldeira Filho, no sentido
centro. Outra parte saiu do bairro Campo Limpo. Os dois grupos de
manifestantes encontraram-se no meio do caminho, por volta das 9h, e
prosseguiram em passeata. Outro grupo também faz manifestação em
Guaianazes, na zona leste da capital.
Segundo Gilson Alves Garcia, representante do movimento Periferia
Ativa e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a ideia do
movimento é pressionar o governo do estado. “A gente tem visto de perto o
genocídio na periferia e a polícia, por um momento, havia recuado”,
disse.
Outra reivindicação dos movimentos é o congelamento do preço dos
aluguéis. “Cada vez que a região vai melhorando, o preço dos aluguéis
vai subindo e as pessoas não conseguem ter uma moradia digna”, declarou
Gilson.
O Movimento Passe Livre (MPL), que organizou os protestos contra o
aumento e os preços do aumento da passagem na capital, também ajudou a
organizar o protesto de hoje. “A gente sempre apoia, e não é de hoje, a
luta do MTST e do Periferia Ativa”, disse Caio Martins, militante do
Passe Livre. “Estamos brigando por transporte público, e uma das regiões
que mais sofre com falta de transporte é a do M'Boi Mirim. Tiraram as
linhas de ônibus e apertaram o povo numa linha pequena para beneficiarem
empresários do transporte”, disse Gilson.