Terça, 26 de abril de 2016
Devido seu grave
estado de saúde, Elisa não conhece outro lugar se não um quarto do
Hospital Regional de Ceilândia, onde está internada desde que nasceu
Por Vitória Pereira, Jornal de Brasília / Blog do Sombra
Segundo a mãe de Elisa, Fátima Teixeira, sem a cirurgia, a filha corre
risco de morte. "O diagnóstico demorou dois meses para ficar pronto.
Desde então, minha filha está entubada e com pneumonia. O hospital alega
que não tem vaga para a realização do procedimento", desabafa.
Moradora do Por do Sol, em Ceilândia, Fátima conta como está sendo
difícil conciliar os cuidados com a bebê, na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), e com o filho mais velho, de 7 anos. "A Elisa não pode
aguardar a cirurgia em casa, pois fica o dia inteiro ligada ao oxigênio e
se alimenta somente por sonda", esclareceu.
Posicionamento
Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal garantiu que a
criança está sendo submetida a todos os exames e avaliações necessários
para a realização da cirurgia. No entanto, ainda segundo a Saúde, a
cirurgia, que poderá salvar a vida de Elisa, é feita somente no
Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), para onde ela será
transferida assim que houver vaga na unidade de internação.
Justiça
A família da criança entrou com um processo na justiça no dia 20 deste
mês para acelerar a realização da cirgurgia. "Entramos na Justiça um dia
depois de receber o diagnóstico, pois não podemos perder tempo",
pontuou. Fátima espera que, ao tornar pública a situação, seja possível
chamar atenção das autoridades não só para o caso de Elisa, mas de todas
as famílias que se encontram nessa situação.