Segunda, 25 de abril de 2016
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ex-senador Gim Argello ficou em silêncio hoje (25) no
depoimento na Polícia Federal (PF) em Curitiba. Argello foi preso no dia
12 de abril, em Brasília, na 28ª fase da Operação Lava Jato. Foi a
primeira tentativa da polícia de ouvir o ex-parlamentar.
Na
28ª fase, a Lava Jato investiga se o ex-senador Gim Argello recebeu
propina em troca de sua atuação política em comissões parlamentares de
inquérito que investigavam a Petrobras.
Segundo os procuradores
da Lava Jato, a prisão do ex-senador foi autorizada após terem sido
recolhidas provas de que ele recebeu R$ 5 milhões em propina da
empreiteira UTC Engenharia, conforme depoimento do dirigente da empresa,
Ricardo Pessoa, em delação premiada.
Argello teria orientado o
empreiteiro a destinar o dinheiro na forma de doações eleitorais aos
diretórios nacionais de quatro partidos indicados por ele: DEM (R$ 1,7
milhão), PR (R$ 1 milhão), PMN (R$1,15 milhão) e PRTB (R$1,15 milhão).
Em 2014, as siglas integravam uma coligação com o PTB, partido pelo qual
o ex-senador tentava a reeleição.
A defesa de Argello argumenta que a prisão é injustificada e está baseada apenas em denúncias não confirmadas.