Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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domingo, 27 de março de 2016

Especialistas alertam para o risco de extinção de animais polinizadores no mundo

Domingo, 27 de março de 2016
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Especialistas alertam para o risco de extinção de animais polinizadores no mundo
Cerca de 90% das plantas também dependem de animais polinizadores —Tânia Rêgo/Agência Brasil
A preservação de espécies de animais polinizadores é importante não apenas para a biodiversidade do planeta, mas para garantir a oferta de alimentos para a população. Mais de três quartos das principais lavouras de alimentos no mundo dependem, em algum grau, dos serviços de polinização animal, seja para garantir o volume ou a qualidade da produção e cerca de 90% das plantas  também dependem dessas espécies.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

10 empresas dominam 75% do mercado mundial de sementes

Quarta, 22 de julho de 2015
A investigação das organizações Via Campesina e Grain mostra como as transnacionais avançam para controlar um produto básico na produção de alimentos. Três empresas controlam mais de metade (53%) do mercado mundial de sementes, 10 empresas dominam 75%. Por Darío Aranda.
Três empresas controlam mais de metade (53%) do mercado mundial de sementes: a Monsanto (26%), a DuPont Pioneer (18,2%) e a Syngenta (9,2%)
 
As grandes empresas do agronegócio promovem leis “que privatizam as sementes” e “judicializam os produtores”. Esta é uma das afirmações da investigação realizada pelas organizações internacionais Via Campesina (que reúne movimentos rurais de todo o mundo) e Grain, que analisaram as legislações e políticas públicas de mais de 30 países de quatro continentes. “As sementes camponesas, um dos pilares da produção de alimentos, estão submetidas a um ataque de corporações e governos”, chama a atenção o relatório. As principais empresas do mercado são Monsanto, DuPont Pioneer, Syngenta, Bayer e Dow.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

“65% a 75% do volume global de alimentos que nós consumimos têm origem na agricultura familiar”. Entrevista especial com Newton Narciso Gomes Junior

Quarta, 28 de maio de 2014
Do IHU
Instituto Humanitas Unisinos
“Eu, francamente, sou um sujeito bípede e racional, e não como milho cru no cocho e tampouco mastigo soja”, diz o economista.
Os incentivos para o desenvolvimento da agricultura familiar brasileira não passam de um “estímulo de intenções”. A ponderação é de Newton Narciso Gomes Junior, professor da Universidade de Brasília – UnB, em entrevista concedida à IHU On-Line, pessoalmente.

Políticas de estímulo ao desenvolvimento da agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e a Lei Federal que determina que 30% dos alimentos servidos nas escolas devem provir da agricultura familiar, são reféns do sistema nacional de abastecimento de alimentos, já que o processo de comercialização é oligopolizado. “O que adianta dar um estímulo brutal para a produção de comida da agricultura familiar, se o agricultor não tiver onde colocar esses produtos? (...) As cadeias de supermercado dominam hoje 85% do volume global de alimentos comercializados, as grandes redes controlam mais de 50% e para entrar no supermercado é preciso ter uma escala que a agricultura familiar não tem”, argumenta.

Segundo ele “a agricultura familiar tem uma característica de diversificação da produção, e o supermercado não aceita a diversificação da produção; ele tem um conjunto de produtos que integra os elementos de interesse dele. (...) Você olha para o setor de frutas, legumes e verduras no supermercado e chega a provocar indignação. Por exemplo, em pleno período de inverno tem manga disponível, mas não é período de manga, aliás, você tem todos os produtos que quiser, no dia que quiser, e isso quebra a possibilidade do agricultor familiar, que trabalha com práticas tradicionais e sustentáveis”.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pesquisadores da Embrapa e UFRJ desenvolvem planta com tolerância à seca

Segunda, 22 de abril de 2013
Mariana Branco Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ser a solução para os estragos causados pela estiagem nas lavouras. Pesquisadores descobriram no café o gene CAHB12, com tolerância à seca.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Cerca de metade da comida produzida no mundo vai parar no lixo

Sábado, 12 de janeiro de 2013
por Pulsar Brasil

Entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas de alimentos são desperdiçados no mundo por ano

Um relatório da organização britânica  Instituto de Engenheiros Mecânicos indica que entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, vão parar no lixo.

O relatório intitulado “Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira” aponta que dentre os motivos que proporcionam o desperdício estão as condições inadequadas de armazenamento e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.

Além disso, consta a preferência de supermercados e consumidores por alimentos com aspecto perfeito. Segundo o estudo, até 30% das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha não são colhidos devido à sua aparência.

O relatório também aponta o desperdício de recursos usados para a produção de alimentos como, por exemplo a água, áreas para agricultura e energia. Atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados.

Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da entidade autora do relatório, disse que o desperdício é “assombroso”. De acordo com ele, essa comida “poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial, além dos que passam fome”. (pulsar)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Paraíso dos agrotóxicos: o inferno é aqui mesmo!

Terça, 6 de novembro de 2012 
O Brasil obteve o pentacampeonato mundial no quesito utilização intensiva de agrotóxicos em território nacional. Pelo quinto ano consecutivo, de 2008 a 2012, nosso País esteve à frente de todos os demais do planeta quanto ao volume de substâncias venenosas utilizadas nas atividades agropecuárias e correlatas.
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Estudo aponta que acesso a financiamentos para linha verde é irrisório

Sexta, 6 de abril de 2012
Da Agência Brasil
Carolina Gonçalves, repórter
Apesar do volume de empréstimos desembolsados para práticas sustentáveis no campo ter dobrado na safra agrícola 2011/2012, os níveis de acesso às chamadas linhas verdes ainda são irrisórios. A conclusão é do estudo Financiamento Agroambiental, lançado pelo Instituto Socioambiental (ISA), que aponta gargalos na operacionalização desse incentivo econômico, a partir de entrevistas com 87 produtores e três agentes financeiros, desde 2010.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Cresce resistência aos agrotóxicos e transgênicos no mundo

Quinta, 5 de abril de 2012
Relatório indica que muitos países são contrários a produção de transgênicos e estabeleceram moratórias que proíbem a produção de variedades de milho e batata geneticamente modificados.

Organizações sociais de atuação internacional, como a Via Campesina, divulgaram relatório que sinaliza uma crescente resistência aos agrotóxicos e alimentos transgênicos nos mais variados países. A Monsanto é a principal empresa de biotecnologia apontada como adversária dos agricultores que têm preferência pela produção agroecológica.

O relatório indica que muitos países são contrários a produção de transgênicos e estabeleceram moratórias que proíbem a produção de variedades de milho e batata geneticamente modificados.

Segundo informações da Agência Adital, na Índia está em vigor uma moratória ao cultivo de berinjela Bt, uma versão transgênica desse alimento. No país, está ganhando forma um movimento que pede a saída definitiva da Monsanto. Situação parecida se verifica em países da Europa, América Latina e Caribe.

No Peru, também vigora uma moratória de dez anos para impedir a produção de transgênicos e em algumas regiões da Argentina há ordens judiciais que impedem a utilização de agrotóxicos nas proximidades de casas. No Brasil, está em curso uma campanha batizada de “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”.

Os cultivos geneticamente modificados ocupam 3% das terras agrícolas do mundo. Estima-se que 90% dessas produções estejam nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Índia e Canadá. O relatório ainda destaca que, nos países ricos, a produção é revertida para alimentar animais.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
05/04/12
*Com informações da Agência Adital

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Número de aviões para pulverização de agrotóxicos dobrou em 10 anos

Segunda, 7 de novembro de 2011
Da Agência Pulsar


Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o número de aeronaves no Brasil para pulverização de agrotóxicos dobrou nos últimos 10 anos. A fiscalização da atividade nas plantações agrícolas, no entanto, é insuficiente.
www.brasil.agenciapulsar.org
Apenas 70 controlam atividade.


Em 1999, eram 684 aviões que faziam esse tipo de serviço em todo o país. Já em 2010, o número em operação para despejar veneno agrícola nas lavouras cresceu para 1350 aeronaves. O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) informa que as operações se dão, principalmente, nas produções de soja, algodão e arroz.

De acordo com informações da página do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o país utiliza por ano mais de 1 bilhão de litros de veneno nas plantações. O MST, que integra a Campanha Nacional contra os Agrotóxicos e pela Vida, critica a agricultura baseada em venenos.

O movimento ressalta que os agrotóxicos contaminam a produção dos alimentos, mas também as águas de rios, lagos e lençóis freáticos. Além disso, podem causar uma série de doenças crônicas, principalmente aos trabalhadores rurais que lidam diretamente com estes venenos.

No que se refere especificamente à pulverização aérea, dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que mesmo com calibração, temperatura e ventos ideais, a atividade deixa cerca de 32% dos agrotóxicos retidos nas plantas e 49% no solo, enquanto 19% se expandem para áreas vizinhas.

Se a atividade feita dentro dos padrões já causa perigo, a falta de fiscais para monitorar esta pulverização aumenta ainda mais os riscos. Hoje, apenas 70 agentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizam toda a pulverização de agrotóxicos e adubos feita por aviões em todo o país. (pulsar)

sábado, 13 de agosto de 2011

Wagner Rossi, o colecionador de problemas

Sábado, 13 de agosto de 2011
Da Veja

Escândalo na Agricultura

Em 30 anos de política, o ministro da Agricultura deixou um rastro de histórias esquisitas por onde passou

O ministro Wagner Rossi, da Agricultura, gastou a semana passada tentando convencer a presidente Dilma Rousseff e o Brasil inteiro de que não tinha ligações com as interferências do lobista Júlio Fróes nos negócios da pasta que comanda, como havia sido revelado por VEJA. Apesar da demissão de Milton Ortolan, segundo na hierarquia e seu braço direito há 25 anos, e das provas de que Fróes tinha sala dentro da Comissão de Licitações da Agricultura, Rossi posava de marido traído. Chamado ao Congresso para dar explicações, disse que Ortolan era ingênuo, e que ele, como ministro, não podia controlar a portaria do ministério para impedir a entrada de Fróes. Sobreviveu uma semana, mas vai precisar de muito mais do que frases de efeito se quiser continuar na cadeira de ministro.

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado mostra que Wagner Rossi, paulistano de 68 anos, é um colecionador de problemas, um daqueles políticos que costumam deixar um rastro de histórias esquisitas por onde passam.

sábado, 6 de agosto de 2011

Veja: Com sala privativa no Ministério da Agricultura, lobista libera verbas e corrompe servidores

Sábado, 6 de agosto de 2011
Da Veja.com
"Facilitador de negócios", Júlio Fróes tem mais que um escritório clandestino no interior do ministério: ele conta com o aval da cúpula da pasta. É o que mostra reportagem em VEJA desta semana


Na semana passada, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi ao Congresso rebater as acusações de que sua pasta se transformou em uma central de negócios, conforme  denúncia publicada por VEJA com base em uma entrevista do ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá. Depois de cinco horas de audiência, o máximo que o ministro admitiu é que, na Conab, há “imperfeições e não irregularidades”. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz reportagem com novas “imperfeições” da pasta comandada por Rossi.

A reportagem mostra a atuação de um lobista chamado Júlio Fróes, que vem operando dentro do Ministério da Agricultura. “Doutor Júlio”, como é conhecido pelos servidores, goza de privilégios. Tem acesso liberado à entrada privativa do ministério e usa uma sala com computador, telefone e secretária na sobreloja do prédio, onde está instalada a Comissão de Licitação - repartição que elabora as concorrências que, só neste ano, deverão liberar 1,5 bilhão de reais da pasta.

Em seu escritório clandestino, Julio Fróes prepara editais, analisa processos de licitação e, ao mesmo tempo, cuida dos interesses de empresas que concorrem às verbas. No ano passado, acompanhado pelo secretário executivo Milton Ortolan - braço direito do ministro Wagner Rossi - Fróes se instalou pela primeira vez na sala para redigir um documento que justificava a contratação dos serviços da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foram dois dias de trabalho, ao cabo dos quais o ministro Rossi autorizou a contratação da entidade, sem licitação, com pagamentos de 9 milhões de reais. O representante da fundação beneficiada? O próprio Júlio Froes. Meses mais tarde, o lobista convocou uma reunião com funcionários que o haviam auxiliado na elaboração do documento. O encontro aconteceu na sala da Assessoria Parlamentar, no oitavo andar do ministério. Cada um que chegava recebia uma pasta. As pastas continham dinheiro - uma "agendinha", no dizer do lobista.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O jacá do Jucá da Conab

Quinta, 4 de agosto de 2011
A faxina necessária ainda não chegou ao Ministério da Agricultura. Por enquanto estamos, parece, no início da lavagem de roupa suja. Os patrões ainda estão discutindo quem se sujou menos ou mais.
 
Num segundo round —pois o primeiro foi aquele em que a revista “Veja” denunciou falcatruas no ministério, com o pagamento de milhões de reais a uma empresa fantasma em nome de um pedreiro e de um vendedor de carros— Oscar Jucá Neto baixou o sarrafo no ministro Wagner Rossi, acusando-o inclusive de ter oferecido dinheiro para o primeiro.

Segundo Oscar Jucá, irmão do sempre líder do governo de plantão, o senador Romero Jucá (PMDB/Roraima) —foi líder do governo de FHC, de Lula e é agora também do de Dilma, e quando outro houver possivelmente continuará na função— a corrupção no Ministério da Agricultura seria comandada pelo próprio ministro Wagner Rossi. Há, segundo o denunciante, um consórcio entre o PMDB e PTB visando os “esquemas” na Agricultura, mais especialmente na Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento.


O senador Gim Argelo (PTB-DF), que ganhou o cargo de senador com a renúncia de Joaquim Roriz, seria um dos políticos do partido que tem forte ingerência nos negócios da Conab, isso segundo o denunciante.
 
O ministro Wagner Rossi sentiu o peso da acusação de que na Conab “só tem bandido” e, em segundo round, foi ontem à Câmara dos Deputados se defender. Acusou o irmão do líder do governo Dilma de ter cometido “gravíssimas” irregularidades.
 
O estranho, estranhíssimo, foi que o ministro apesar de considerar que seu subordinado cometeu gravíssimas irregularidades, só tenha pedido a exoneração após as denúncias da revista “Veja”. Isso pode dar a entender, se não é que dá a certeza, que ele só saiu do cargo de diretor da Conab em razão das denúncias da imprensa. Para um governo que se diz ético, se isso for verdade, é lamentável.
 
Sabe-se que Oscar Jucá Neto tem muito mais munição. Se vai utilizá-la é outra história.
 
Tem gente achando que ele é pau-ferro (um dos significados da palavra jucá). Se assim for, ainda vai dar muito trabalho para o ministro e o governo Dilma.
 
Mas há quem jure que o Jucá do irmão do líder do governo Dilma está mais para os seus ancestrais. Já estaria, a essa altura, extinto. Jucá era indivíduo dos jucás, povo indígena extinto que habitava as margens do rio Jaguaribe, no Ceará. Estado de origem dos Jucás de Roraima.
 
Mas que se sabe que o Jucá da Conab é um verdadeiro jacá cheio de informações escandalosas sobre o que se passa na Agricultura, sabe-se. Que despeje, então, a carga desse jacá. 
                                                          Google Imagens

sábado, 30 de julho de 2011

"Ali só tem bandido"

Sábado, 30 de julho de 2011
Deu na Veja
Irmão de Romero Jucá denuncia esquema de corrupção no Ministério da Agricultura

Em VEJA desta semana, Oscar Jucá Neto diz a pasta de Wagner Rossi foi loteada por PMDB e PTB com o objetivo de arrecadar dinheiro ilegal

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado levanta indícios de que mais um esquema de desvio de recursos e dilapidação do patrimônio público corroi o Planalto. Desta vez, os escândalos envolvem o Ministério da Agricultura, tendo a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, como posto avançado, e o ministro Wagner Rossi, do PMDB, como virtual comandante do esquema.

O esquema de corrupção foi denunciado por Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do senador Romero Jucá, líder do governo no Senado. Jucazinho foi exonerado na semana passada do cargo de diretor financeiro da Conab. A demissão aconteceu depois de VEJA revelar que ele havia autorizado um pagamento de 8 milhões de reais a uma empresa-fantasma que já foi ligada à sua família e que hoje tem como “sócios” um pedreiro e um vendedor de carros - laranjas dos verdadeiros donos, evidentemente.

Jucazinho decidiu contar o que sabe porque atribuiu sua saída a uma armação de peemedebistas contra seu irmão - e também porque se sentiu humilhado com a exoneração. O caso azedou as relações entre o senador Jucá e o vice-presidente, Michel Temer, padrinho do ministro Wagner Rossi. Os dois trocaram ameaças e xingamentos por telefone.

Em entrevista a VEJA, Jucazinho contou que existe um consórcio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura com o objetivo de arrecadar dinheiro. Suas informações incluem dois casos concretos de negócios nebulosos envolvendo a Conab. Em um deles, a estatal estaria protelando o repasse de 14,9 milhões de reais à gigante do mercado agrícola Caramuru Alimentos. O pagamento foi determinado pela Justiça e se refere a dívidas contratuais reclamadas há quase vinte anos. O motivo da demora: representantes da Conab negociam um “acerto” para aumentar o montante a ser pago para 20 milhões de reais. Desse total, 5 milhões seriam repassados por fora a autoridades do ministério.

O segundo caso envolve a venda, em janeiro deste ano, de um terreno da Conab numa das regiões mais valorizadas de Brasília, distante menos de 2 quilômetros do Congresso e do Palácio do Planalto. Apesar de ser uma área cobiçada, uma pequena empresa da cidade apareceu no leilão e adquiriu o imóvel pelo preço mínimo: 8 milhões de reais – um quarto do valor estimado de mercado. O comprador, Hanna Massouh, é amigo e vizinho do senador Gim Argello do PTB, mandachuva do partido e influente na Conab.

Nas mais de seis horas de entrevista, que pode ser lida na edição de VEJA desta semana, Oscar Jucá Neto não poupa seus antigos companheiros de ministério. Diz que o ministro Wagner Rossi lhe ofereceu dinheiro quando sua situação ficou insustentável. “Era para eu ficar quieto”, afirma. “Ali só tem bandido.”

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estadão: Agricultura dá subsídio para fraude

Sexta, 25 de fevereiro de 2011

Fiscais do próprio ministério descobriram ''práticas fraudulentas'' em operações de pagamento de bônus, que foram mantidas pelo governo

Leandro Colon - O Estado de S.Paulo
Fiscais do Ministério da Agricultura descobriram, segundo relatórios obtidos pelo "Estado", "práticas fraudulentas" em operações de pagamento de bônus pelo governo a compradores de milho.

O esquema envolve o "Prêmio de Escoamento de Produto" (PEP), um programa em que o governo estabelece que os compradores agrícolas devem pagar, por leilão, um preço mínimo, acima do valor de mercado, aos produtores rurais para adquirir e transportar o milho.

Em troca de pagar mais, os compradores já recebem do governo um subsídio para compensar a diferença de preço. Os relatórios informam que esses compradores, após o leilão, exigem dos produtores, por fora, a devolução dessa diferença. Ou seja, recebem duas vezes, uma do governo e outra dos produtores.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Safra nacional de grãos será menor em 2011

Sexta, 7 de janeiro de 2011
Da Radioagência NP
A produção nacional de grãos em 2011 é estimada em 145,8 milhões de toneladas. Uma redução de 2,5% em relação a 2010. O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que foram produzidas 149,5 milhões de toneladas de grãos na safra 2010. Na comparação com 2009, a última safra cresceu 11,6%.

A área total colhida em 2010 foi de 46,6 milhões de hectares. Isso representa uma redução de quase 1,5%, quando comparado ao ano anterior. Entre os principais grãos, o arroz teve o pior desempenho. A produção encolheu 10,1% no período avaliado, em função das chuvas excessivas. O Rio Grande do Sul, maior produtor nacional de arroz, foi o principal prejudicado.

O arroz, o milho e soja são as três principais culturas de grãos do país. Segundo o IBGE, somadas, elas representam 91% da produção e respondem por 83,5% da área colhida. A produção da soja cresceu 20,2% no intervalo de um ano.

O Paraná liderou a produção nacional de grãos em 2010, com uma participação de 21,6%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,3%, e Rio Grande do Sul, que respondeu por 17% da produção nacional.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Brasil registra aumento de transgênicos e agrotóxicos nas lavouras

Terça, 28 de dezembro de 2010
Da Rádioagência NP
De acordo com levantamento da consultoria Céleres, três variedades de sementes geneticamente modificadas – conhecidas como transgênicas – ocuparam mais de 25 milhões de hectares na safra brasileira 2010 /2011. Este número representa 67% da área plantada com soja, milho e algodão –  únicas commodities do Brasil em que a modificação pode ser utilizada. No total, foram plantados mais de 37 milhões de hectares das três variedades.

A soja conta com a maior área plantada. Dos quase 24 milhões de hectares, 75% são transgênicos. O milho fica em segundo lugar. Dos 5,30 milhões de hectares, pouco mais de 4 milhões são de produção transgênica. Já o algodão ocupou 25,7% da área destinada a cultura.

O aumento das áreas cultivadas explica o crescimento no uso de agrotóxicos. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no primeiro semestre deste ano foram vendidas 8,6 milhões toneladas de fertilizantes. Um aumento de 5% se comparado ao mesmo período do último ano. De acordo com a integrante da organização Terra de Direitos, Larissa Packer, o uso de fertilizantes aumentou significativamente depois que os transgênicos entraram nas lavouras brasileiras.

“Os campos cultivados de soja e de milho, por exemplo, têm uma determinada semente que é viciada em determinado agrotóxico. Os agricultores não encontram outras sementes e agrotóxicos disponíveis e, com essa compra do pacote tecnológico, é a população quem sofre pela redução de seu padrão alimentar.”

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), 15% dos alimentos consumidos pelos brasileiros apresentam taxa de resíduos de veneno em um nível prejudicial à saúde. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil é o principal destino de agrotóxicos proibidos no exterior. Dez variedades vendidas livremente aos agricultores não circulam na União Europeia e Estados Unidos.

De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto.

28/12/10

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Agricultores familiares reafirmam compromisso com produção livre de transgênicos

Segunda, 24 de maio de 2010

da Agência Brasil
Lúcia Nórcio - Repórter

Curitiba – Os 3 mil agricultores que se reuniram durante quatro dias na 9ª Jornada de Agroecologia, em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná, divulgaram no encerramento do encontro carta-documento reafirmando o compromisso com o modelo agroecológico que defende o cuidado com a terra e a biodiversidade para colher "soberania alimentar”.  Eles se comprometem ainda a lutar por uma produção livre de transgênicos e sem agrotóxicos e por um projeto popular e soberano para a agricultura.

“A soberania alimentar do Brasil segue sendo resultado do trabalho da agricultura familiar camponesa, historicamente responsável por 70% do abastecimento da população e pela geração de grandes excedentes de alimentos exportados. Essa mesma agricultura familiar camponesa gera mais postos de trabalho no campo, mesmo preservando uma área de florestas maior que o latifúndio e usando uma área 200% menor que o agronegócio", diz o documento.

A carta responsabiliza o agronegócio por uma série de fatores prejudicais à agricultura. Segundo o documento, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo por causa do agronegócio. A carta diz que foram usados cerca de 790 milhões de litros de agrotóxicos na safra de 2008/2009, o que corresponde a mais de 3 litros por habitante no país. Além disso, afirmam os agricultores, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) tornou-se um balcão de negócios das empresas, liberando transgênicos sem qualquer rigor científico e desconsiderando o princípio da precaução.

O documento final do encontro reclama ainda do  bloqueio que a chamada bancada ruralista e a Confederação da Agricultura e Pecuária  (CNA) fazem há mais de seis anos ao Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 438, que propõe medidas de combate ao trabalho escravo no campo, entre elas a expropriação de propriedades que usam mão de obra escrava.

Outra denúncia é da contaminação genética das variedades de milho crioulo, convencional e agroecológico pelo milho transgênico, que, segundo a carta, foi constatada por pesquisa da Secretaria da Agricultura  do Paraná, "o que comprova a ineficácia da norma editada pela CTNBio e a impossibilidade de coexistência dessa tecnologia com outros sistemas produtivos”.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) comprometeu-se com os participantes da Jornada a transformar os mais de 400 mil hectares reformados no Paraná em terras de produção agroecológica, seja por meio de assistência técnica especializada.

A agroecologia faz parte da política de desenvolvimento dos projetos de reforma agrária conduzidos pelo Incra, diz o superintendente da autarquia no Paraná, Nilton Bezerra Guedes.  “A proposta é que os assentamentos sejam centros de produção agroecológica” , afirmou.

O assentado Antônio Rodrigues de Mello, de 53 anos, disse que participou de todas as  jornadas anteriores e que levou tudo o que aprendeu para as 107 famílias do assentamento de Diamante do Oeste. “Desde 2003 no nosso assentamento defendemos a agroecologia, embora seja ainda difícil convencer os mais antigos. No início, eles não acreditavam que dava pra plantar sem usar veneno.”

Segundo Mello, as jornadas são boas porque mostram aos agricultores práticas que dão e não usam agrotóxicos. "Assim, ficamos livres da dependência de produtos comercializados por grandes empresas.“

Para ele, a agroecologia é uma proposta de saúde. "Não adianta usar veneno para plantar e usar veneno para tratar a nossa saúde. Usamos a medicina alternativa, com remédios caseiros e homeopatia.”

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Jornada Agroecológica quer por fim à utilização de agrotóxicos

Quinta, 20 de maio de 2010
Do site do MST

A agroecologia baseia-se em três propostas para disseminar seus benefícios à comunidade: socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável.
É neste clima que iniciou nesta quarta-feira, 19, e vai até sábado, em Francisco Beltrão, a 9ª Jornada de Agroecologia, evento que reúne pequenos agricultores, assentados, sem terras, entidades sindicais e pequenas cooperativas, com a finalidade de desenvolver um novo projeto para agricultura no Brasil, que favoreça a agricultura familiar, solidária e de preservação ambiental, ao invés de beneficiar as práticas dos grandes latifúndios e empresas.
“O projeto visa denunciar esse modelo das grandes empresas, que só gera doença e, ao mesmo tempo, fazer propaganda, informar a população e explicar tudo o que os agricultores estão fazendo por uma agricultura mais soberana”, afirma Roberto Baggio, um dos organizadores do evento.
Dentre os pontos que mais serão debatidos neste ano está a utilização de sementes transgênicas e de agrotóxicos na produção das lavouras, prática condenada pelo movimento agroecólogico.
“Todo modelo que aí está e toda a estrutura do Estado, está formada, orientada e formatada para privilegiar só a agricultura química, do veneno, então há de se fazer toda uma luta em nível de Brasil, de estado, de região, para ir mudando essa cultura das transnacionais”, diz Baggio,
Ele completa que “este novo projeto de agricultura, dos pequenos, familiares, da reforma agrária, está ganhando espaço, ganhando corpo e nós estamos avançando, e na medida em que nós formos avançando, esse conjunto de obstáculos vão sendo superados e haverá o avanço da agroecologia como a grande matriz do futuro”.
Jornada
Esta é a 9ª edição da Jornada da Agroecologia, que encerra neste ano seu ciclo. O movimento foi realizado em vários estados do país, sendo o Sudoeste já pela segunda vez escolhido exatamente pelo modelo de agricultura que predomina na região: pequenas propriedades e com diversificação de produção. Nesta quarta, os participantes da Jornada realizaram a Marcha pela Agroecologia, percorrendo as ruas da cidade e divulgando o evento, que termina sábado.
Ao todo são cerca de 3 mil pessoas ligadas aos movimentos agrários que participam da Jornada, que acontece no centro de Eventos de Francisco Beltrão. A Jornada teve a primeira edição em 2001, período em que pouco ou nada se falava em agroecologia.
Debates, atos públicos e 40 oficinas relacionadas ao tema fazem parte da programação. Durante todo o evento, funcionará no local uma feira de produtos agroecológicos, troca de sementes e um túnel do tempo sobre o desenvolvimento da agricultura. João Pedro Stédile, líder do MST e Plínio de Arruda Sampaio, ativista político pré-candidato à Presidência pelo PSOL serão alguns dos palestrantes.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar corresponde a 84,4% das unidades rurais do país. São cerca de 4,36 milhões de propriedades que envolvem em média a mão de obra de quatro trabalhadores por estabelecimento.
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Site do MST