Quinta, 27 de outubro de 2016
              Paula Laboissière – da Agência Brasil
          
  
  
            
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (27) a 11ª 
fase da Operação Acrônimo em três estados (Rio de Janeiro, São Paulo e 
Minas Gerais) e no Distrito Federal. Estão sendo cumpridos 20 mandados 
judiciais, sendo dez de buscas e dez conduções coercitivas. Os mandados 
foram autorizados pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara 
Federal de Brasília.
De acordo com a corporação, a operação está 
focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da 
investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens 
indevidas para que uma empresa de publicidade elaborasse campanhas 
educativas do Ministério da Saúde, do Ministério das Cidades e do 
Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012.
 
O
 outro evento investigado nesta fase trata de fraude em licitação da 
Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos 
investigados. Posteriormente, segundo a PF, o Ministério da Saúde teria 
utilizado a mesma ata fraudada.
“As ações de hoje são um 
desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de 
Justiça. O magistrado relator do caso determinou o encaminhamento de 
parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância, por não 
envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte”, informou a
 corporação.
A operação
 
A Operação 
Acrônimo foi instaurada para investigar esquemas ilegais que teriam 
beneficiado a campanha eleitoral de Fernando Pimentel (PT) em 2014, 
quando ele se elegeu governador de Minas Gerais.
Segundo a PF, 
Pimentel é suspeito de cobrar vantagens ilegais de empresas durante o 
período em que comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio, entre 2011 e 2014. Em troca, essas empresas seriam incluídas 
em políticas públicas ou conseguiriam obter empréstimos do Banco 
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, que era vinculado à 
pasta.
 
 
 
