Domingo, 30 de outubro de 2016
Do Sinpro (matéria publicada no site do sindicato em 27/10)
Nesta sexta-feira (28) completa um ano que professores(as), 
orientadores(as) educacionais e diretores do Sinpro foram agredidos de 
forma covarde pela Polícia Militar, a mando do governador Rodrigo 
Rollemberg (PSB) em pleno Dia do Servidor Público. Não bastasse este 
“reconhecimento” do governador do DF, ao longo do ano Rollemberg ainda 
anunciou uma série de calotes ao servidor público. Não pagou a pecúnia 
da licença-prêmio dos(as) professores(as) aposentados(as) e o reajuste 
salarial dos servidores do DF, previstos em Lei, e agora ameaça não 
pagar o salário do mês de outubro e as férias coletivas dos 
profissionais da Secretaria de Educação.
Além de mostrar um total desrespeito com o servidor público e aplicar
 uma série de calotes nos(as) trabalhadores(as), Rollemberg tenta 
legitimar suas ações de forma autoritária impedindo a reação daqueles 
que estão sendo prejudicados. Um dos exemplos foi o decreto antigreve nº
 37.962/16, que punia severamente os servidores que realizarem greve, 
decreto derrubado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal por 15 
votos zero. Além de cortar o ponto dos servidores que fizessem greve, 
direito este garantido pela Constituição, o decreto ainda previa 
desconto salarial, responder a procedimento administrativo-disciplinar, 
sofrer penalidades civil e penal, podendo chegar a ser demitidos.
Os servidores públicos não são os únicos alvos dos calotes de 
Rollemberg. O governador do DF também vem deixando de honrar seus 
compromissos e cumprir a lei junto aos trabalhadores terceirizados de 
asseio e conservação e segurança privada, que sofrem constantes atrasos 
de salários e são demitidos em massa. Enquanto aplica um pacote de 
maldades em cima da sociedade e da classe trabalhadora, Rollemberg 
aposta na privatização das empresas públicas, no aumento de impostos, na
 terceirização de hospitais e escolas públicas do DF. As ações seguem o 
roteiro implementado nacionalmente pelo presidente ilegítimo Michel 
Temer.
Às vésperas do Dia do Servidor Público, o que menos temos no momento é
 motivos para comemorar. O que o governador Rollemberg esquece é que 
estes trabalhadores são os responsáveis pelo crescimento do Distrito 
Federal e pela luta por uma educação pública de qualidade.
Massacre do Eixão Sul
As cenas registradas no dia 28 de outubro de 2015, Dia do Servidor 
Público, remeteram aos anos da ditadura no Brasil. Professores da rede 
pública de ensino e trabalhadores da educação do DF foram alvo da ira da
 Polícia Militar – comandada pelo governador Rodrigo Rollemberg – ao 
exercerem o direito de se manifestar contra os abusos e calotes que o 
dirigente máximo do Executivo local vem cometendo. A tentativa de 
repressão do movimento não deu certo. Outras categorias se somaram à 
manifestação e deixaram claro, paralisando a Rodoviária por duas horas, 
que o direito já garantido não será usurpado por políticas e políticos 
neoliberais.
A resposta à truculência também foi dada no dia seguinte (29), com 
ato dos professores na via EPTG, quando saíram do centro de Taguatinga e
 seguiram em marcha até a residência oficial do governador do DF, 
abrindo o Dia de Luta dos Trabalhadores do DF contra calotes, demissões,
 retirada de direitos, aumento de tarifas e impostos e sucateamento do 
serviço público.
O ato do dia 28 foi realizado simultaneamente nos Eixos Norte e Sul, 
no final da tarde. Para conter os manifestantes, que nas mãos tinham 
apenas bandeiras e faixas contra o calote e o retrocesso 
institucionalizado por Rollemberg, os policiais miraram nos professores 
armas de alto calibre. Manifestantes foram jogados no chão, imobilizados
 pelo pescoço e agredidos física e verbalmente por uma polícia que, pelo
 menos naquele momento e a mando do governador, representou qualquer 
papel, menos o de protetor da sociedade.
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Veja também: 
Vídeos e fotos da repressão da PM de Rollemberg hoje (28/10) contra os professores em greve
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Discurso de Rollemberg (quando era senador, quando era senador, quando era senador): "É preciso priorizar o ensino público" 
 
 
 
