Segunda, 24 de outubro de 2016
              Da Agência Brasil 
          
  
  
            
Os servidores técnico-administrativos da 
Universidade de Brasília (UnB) paralisam suas atividades a partir de 
hoje (24). A greve, aprovada em assembleia na quinta-feira (20), é 
contra o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 241/16. Os servidores 
realizam também ato contra a PEC hoje, em frente ao Museu da República, 
às 16 horas.
A PEC, que será votada esta semana, pretende ajustar
 as contas da União e, para isso, limita os gastos públicos por 20 anos e
 altera as regras de financiamento da saúde e da educação. A medida 
prevê ainda um limite de despesas anual aos Três Poderes, Ministério 
Público da União e da Defensoria Pública da União.
Segundo o 
Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília 
(Sintfub), a proposta fere os direitos dos trabalhadores e ameaça os 
direitos sociais. Para educação e saúde, a regra começa a valer em 2018,
 usando o parâmetro de 2017. A mudança foi incluída no relatório feito 
pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), relator da proposta na 
Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
 
Greve
 
Para
 o coordenador do Sintfub Mauro Mendes o movimento de greve foi 
construído e é resultado da luta organizada dos trabalhadores e do 
Sintfub. “Já estivemos em várias plenárias trabalhando a proposta do 
indicativo de greve com os servidores. Vale ressaltar que essa greve é 
contra essa medida desastrosa do governo”, disse.
Mendes afirma 
ainda que o objetivo é mobilizar a categoria para buscar seus direitos. 
”Não adianta só votar a greve e ficarem em seus departamentos, o momento
 de lutar é esse, não dá para ficar esperando os ataques implementados 
pelo governo”, ressaltou.
Mendes completa dizendo que “a 
discussão envolve a reforma da previdência e dos direitos trabalhistas, e
 vai atingir todos os servidores públicos e todos setores produtivos do 
nosso país”.
Para o coordenador geral da Federação de Sindicatos 
de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Rogério 
Marzola, a proposta reduzirá as verbas da saúde e da educação.
“A
 PEC 241/16, arrebenta com os servidores públicos e a sociedade. A 
proposta é que em 20 anos todas as verbas da saúde, educação e 
saneamento básico só cresçam de acordo com o Índice Nacional de Preços 
ao Consumidor Amplo (IPCA), isso na prática significa uma redução nos 
valores do Produto Interno Bruto (PIB), que estão sendo gastos com a 
saúde e educação que já são precários”, disse.
 
 
 
