Sexta, 19 de janeiro de 2024
“ Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."
(Millôr Fernandes)
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
A CRESCENTE DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA MUNDIAL
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
A cara do Brasil e a “reforma perfeita”
(Autor de História do presente- conciliação, desigualdade e desafios. Ed. Expressão Popular e Books Kindle)
Roberto Amaral*
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
Entenda o papel do Estado no combate ao racismo no Brasil. População negra mantém piores indicadores sociais e econômicos


sábado, 17 de junho de 2023
Renda Básica, alívio também para dores da alma
Sábado, 17 de junho de 2023
Precarização massacra o corpo e a mente e o desemprego é gatilho seguro para a ansiedade e depressão. E se o Estado redistribuir recursos capazes de dispensar as jornadas massacrantes e promover o bem-viver, a saúde mental e o cuidado?

Por Beatriz Duran, no El Salto | Tradução: Rôney Rodrigues
A instabilidade econômica, a falta de rendimentos e o medo do desemprego são situações precursoras de problemas de saúde mental. Quando a vida está atrelada à precariedade laboral, a experiência humana parece estar voltada exclusivamente para atividades de sobrevivência. Da mesma forma, torna-se impossível que as pessoas tenham tempo e disponibilidade para práticas que desenvolvam o raciocínio, para se encontrarem e para o pertencimento — o poder de repensar a ordem estabelecida e melhorar a vida. A incerteza econômica ligada ao acesso e manutenção de um emprego, gera contínuos desconfortos e inseguranças psicológicos. Na mesma linha, podemos dizer que o trabalho — em seu sentido mais amplo — é um precursor de problemas e doenças mentais devido à deterioração das condições de trabalho. Os empregos são feitos de demandas que a maioria dos trabalhadores não consegue administrar.
O trabalho produz relações assimétricas: as pessoas são despojadas de seu poder de barganha e de sua liberdade. Trabalhar no contexto atual significa transitar entre contratos-lixo, ritmos acelerados que não permitem descanso e, ao mesmo tempo, exploram as pessoas até que elas adoeçam. Precisamente, as características do trabalho na era do capital tendem a intensificar a deterioração da saúde. A precariedade, por vezes, é invisível aos olhos da sociedade devido à sua normalização: uma cadeia de empregos precários sem possibilidade alguma de chegar a ter boas condições de trabalho. Podemos dizer que a pobreza está diretamente ligada ao trabalho precário, não apenas ao desemprego, portanto as pessoas são consideradas pobres mesmo tendo um emprego “estável” —que não cobre as necessidades pessoais e de seu entorno mais próximo. No entanto, esta “dança da precariedade” pode alimentar a ideia malfadada de que o trabalho determina “quem somos” e ser um foco de insatisfação, incerteza e dor.
O preço da desigualdade é alto, muito alto, principalmente para 99% das pessoas que não têm os recursos de que precisam. O aumento da precariedade laboral e a falta de oportunidades andam de mãos dadas numa sociedade em que uma em cada quatro pessoas — como é o caso de Espanha — corre o risco de enfrentarem a exclusão social devido a problemas relacionados com o acesso ao emprego e à habitação. O desemprego sempre foi um elemento característico do mercado de trabalho espanhol que tem uma das taxas mais altas da União Europeia – de acordo com a EPA [Pesquisa de População Ativa] cerca de 11,9 milhões de pessoas são precarizadas; 9 milhões são assalariadas; 1,2 milhões são autônomas e 2,6 milhões estão desempregadas. Somado a esses dados devastadores, está o problema da disparidade salarial a partir da qual as mulheres não conseguem decidir sobre suas próprias vidas devido aos péssimos salários que não cobrem suas necessidades: desequilíbrios salariais entre sexos e gêneros ofuscam a independência e o bem-estar social, deixando as mulheres na linha da pobreza. É assim que esta tendência de empobrecimento da sociedade não termina quando se consegue um emprego: “acesso ao trabalho em condições precárias e inflexíveis que não possibilitam sair dessa situação de exclusão social de quem se mantém com recursos íntimos” de acordo com o relatório do CC OO [Comissão Operária da Espanha] no ano passado. O flagelo da crise econômica é sentido no âmbito do trabalho pela falta de redes de segurança e desarticulação de recursos para a população menos favorecida.
O recente relatório do PRESME [Comisión de personas expertas en el impacto de la precariedad laboral en la salud mental], elaborado por um grupo de especialistas sobre o impacto da precarização do trabalho, afirma que a desigualdade social e econômica, a discriminação e os ataques à democracia são problemas globais de saúde pública. A atual tendência de queda dos salários e do desemprego reforçam as desigualdades em relação à saúde mental. “Da população ocupada, cerca de 17,3 milhões são assalariados, dos quais 46,9% podem ser considerados trabalhadores precarizados (8,1 milhões de pessoas)”. Atualmente, o salário recebido por um trabalho não cobre as necessidades básicas de grande parte da população, assim como é muito difícil ter recursos para cobrir a assistência diante da mal-estar psíquico. Um sistema público de saúde deficiente e cada vez mais privatizado não cobre ou sequer oferece soluções para tratar os problemas mentais das pessoas.
Portanto, a profunda precariedade sob a qual a maioria das pessoas em todo o mundo trabalha, infiltra-se nos corpos e gera vidas inseguras, envelhecimento precoce e morte prematura. A disciplina do trabalho é invisível e altamente nociva à saúde: uma estigmatização dos pobres e precarizado em constante adoecimento mental. Da mesma forma, esse sofrimento psíquico aumenta quando há um desconhecimento sobre o que leva tantos indivíduos a aceitarem o inaceitável em situações de exploração. Essa posição de desamparo é intensificada com os discursos meritocráticos: “tem que se esforçar mais para conseguir o pleno emprego”.
sexta-feira, 7 de abril de 2023
ALGO MUITO ERRADO NESTE MUNDO . . .
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
Diabetes: o tormento dos pacientes e o lucro da big pharma
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
10 maiores empresas ganham mais do que maioria dos países do mundo juntos. A Walmart, Apple e Shell são mais ricas do que a Rússia, Bélgica e Suécia
O diretor da Organização Não Governamental (ONG), assinala que "a vasta riqueza e poder das multinacionais está na base de muitos dos problemas do mundo - como a desigualdade e as alterações climáticas”.
“A procura atual por lucros de curto prazo parece sobrepor-se aos direitos humanos mais elementares de milhões de pessoas no planeta. Estes números mostram que o problema está a piorar”, alerta Nick Dearden.
"O governo do Reino Unido tem facilitado este aumento do poder empresarial - através de estruturas fiscais, acordos comerciais e até mesmo programas de apoio que ajudam grandes empresas”, sublinha o representante da ONG.
“Todo o seu apoio incondicional ao acordo comercial EUA-UE (TTIP) , é apenas o mais recente exemplo do apoio do governo às grandes empresas”, acrescenta, lamentando que, “vergonhosamente, [o Reino Unido] também se opõe sistematicamente ao apelo dos países em desenvolvimento no sentido de garantir que as empresas prestem contas na ONU dos seus impactos sobre os direitos humanos”.
“É por isso que hoje estamos a juntar campanhas de todo o mundo para exortar o governo britânico a parar de bloquear essa reivindicação internacional por justiça", destaca Dearden.
A Global Justice Now divulgou agora estes números por forma a aumentar a pressão sobre o governo britânico para que este não vete, tal como já fez no passado com propostas semelhantes, a criação de um tratado juridicamente vinculativo, a nível nacional e global, que assegure que as transnacionais são abrangidas por todas as responsabilidades no domínio dos direitos humanos. O documento está a ser preparado por um grupo de trabalho da ONU, liderado pelo Equador.
* Os números apresentados pela Global Justice Now foram calculados a partir de uma comparação direta das receitas anuais das empresas e a receita anual dos países. Fontes: CIA World Factbook 2015 e Fortune Global 500.
Esquerda.net com Global Justice Now.
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quinta-feira, 21 de abril de 2016
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Leia a íntegra aqui
terça-feira, 10 de novembro de 2015
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sábado, 17 de outubro de 2015
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015
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quarta-feira, 9 de setembro de 2015
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sexta-feira, 5 de junho de 2015
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domingo, 5 de abril de 2015
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Especial para Ponte