Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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terça-feira, 29 de novembro de 2022

Não há teto para engordar os rentistas

Terça, 29 de novembro de 2022


Despesa com juros da dívida cresce sem controle — e pode chegar a 600 bi neste ano. Mas garrote fiscal das elites estrangula apenas a seguridade social, estratagema para mais privatizações. Cinismo esconde a verdadeira “farra do orçamento”

OUTRASPALAVRAS
Publicado 29/11/2022

Uma vez confirmados os resultados do processo das eleições de outubro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as especulações e pressões exercidas pelos representantes do sistema financeiro voltaram-se imediatamente para a formação do novo governo. Apesar do silêncio criminoso do Bolsonaro e de sua recusa em assumir publicamente a derrota nas urnas, ampliam-se a cada dia as dificuldades políticas para que ele consiga promover algum tipo de golpe, com a ajuda do comando das Forças Armadas, para impedir a posse de Lula em 1º de janeiro próximo.

A impunidade oferecida pelo atual governo às manifestações golpistas e terroristas que se espalham pelo país afora é preocupante, pois o Brasil corre o risco de permanecer acéfalo durante este final de novembro e todo o mês de dezembro. Na verdade, o núcleo duro do bolsonarismo busca de inúmeras maneiras criar obstáculos de toda ordem para inviabilizar a transição entre governos de maneira civilizada e republicana. Como já é de amplo conhecimento, a orientação de tal estratégia política vem de fora. Steve Bannon e seus comparsas pretendem transplantar para a realidade brasileira o fiasco da tentativa de ocupação do Capitólio, quando a intenção era impedir a posse de Biden como presidente dos Estados Unidos, após sua vitória contra Donald Trump.

No entanto, ao que tudo indica, as preocupações do povo do financismo de nossas terras passam longe desse risco de ruptura institucional ou do agravamento escandaloso do quadro de miséria social e econômica envolvendo a grande maioria de nossa população. Sua influência junto aos grandes meios de comunicação se faz presente por meio de editoriais, artigos encomendados de “especialistas” e matérias exigindo que Lula apresente imediatamente o nome de seu “comandante da economia”. A pressão é pela nomeação de alguém com perfil próximo a seus interesses, de preferência um banqueiro como Henrique Meirelles ou Pérsio Arida.

Financismo pressiona por austeridade irresponsável

Para além do nome do ocupante do cargo, tenta-se criar novamente o conhecido clima de antevéspera do apocalipse, caso suas propostas de natureza conservadora não sejam incorporadas pelo novo governo. Nesse caso, o foco principal é a continuidade da austeridade fiscal a todo custo. Os escribas buscam bombardear qualquer iniciativa que vise flexibilizar as regras draconianas do teto de gastos orçamentários, seja por meio da revogação pura e simples da EC 95, seja através da chamada PEC da Transição ou ainda pela adoção do caminho da simples edição de créditos extraordinários. De qualquer forma, a intenção de Lula é viabilizar nos orçamentos de seu terceiro mandato a existência de recursos para cumprir com o programa para o qual foi eleito. Simples assim.

domingo, 6 de novembro de 2016

Desobedecer aos credores para romper a austeridade

Domingo, 6 de novembro de 2016
Do Esquerda.Net
A experiência mostra que os movimentos de esquerda podem chegar ao Governo sem conquistar o poder. A democracia, ou seja o exercício do poder pelo povo e para o povo, requer muito mais.

Por Eric Toussaint, Fátima Martín, CADTM.

Em 2015 o problema colocou-se na Grécia com o Syriza e no futuro colocar-se-á em Espanha e noutros países da Europa com as forças de mudança.

A questão colocar-se-á a qualquer movimento de esquerda que chegue ao Governo numa sociedade capitalista. Quando uma coligação eleitoral chega ao Governo, não obtém poder real, porque o poder econômico (que depende da posse e controlo dos grupos financeiros e industriais, dos grandes meios de comunicação privados, do grande comércio, etc.) permanece nas mãos da classe capitalista, ou seja, dos 1 % mais ricos da população. Além disso essa classe capitalista controla o Estado, o poder judicial, os Ministérios da Economia e das Finanças, o Banco Central (link is external) … Na Grécia e em Espanha, como noutros países, um Governo determinado a exercer mudanças estruturais reais terá de entrar em conflito com o poder econômico, para debilitar e portanto acabar com o controlo da classe capitalista sobre os meios de produção, os serviços, a comunicação social e o aparelho de Estado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Austeridade e retrocesso

Sexta, 6 de outubro de 2016

Da
plataformapoliticasocial.com.br/

Desde o final de 2014 a sociedade brasileira vem sendo coagida a acreditar que não há alternativa ao suicídio, exceto o juízo final diante dos mercados.

A austeridade fiscal, rebatizada sugestivamente de 'austericídio' no continente europeu, onde vigora há mais tempo e com resultados sabidos, tem sido prescrita aqui para um metabolismo econômico de sinais vitais declinantes.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Brasil na contramão do desenvolvimento humano e social

Segunda, 29 de agosto de 2016
[Clique na imagem para ampliá-la]
Em meio aos discursos de crise financeira, limitada capacidade de investimento e necessidade de ajustes fiscais, os cortes em educação seguem em curso. No final de julho deste ano, governo já havia anunciado, no Diário Oficial, cortes de R$ 1 bi em Educação, suspendendo programas de iniciação científica, bolsas do CNPq, verbas para pesquisas, entre outros danos. (Leia mais: http://goo.gl/Kz1vnm)

Agora, a beira do precipício, o governo resolveu dar um passo à frente. Interrompeu o programa nacional de combate ao analfabetismo, que ensinava jovens e adultos a ler e escrever. (Leia mais: http://goo.gl/yAVSVM)

A sensação de que estamos sempre nadando na corrente contrária ao desenvolvimento humano, social e econômico não é mera impressão.

Os Estados Unidos e Europa divulgaram pesquisas mostrando que investimentos em ciência e educação podem trazer retornos econômicos nos momentos de crise, contribuindo também para transformação e inclusão social. (http://goo.gl/WGYwZq e http://goo.gl/7FKOT8).

Como vamos crescer economicamente se continuarmos a destruir e restringir o acesso à educação pública de qualidade? Se seguirmos desestimulando a produção real, com taxas de juros exorbitantes? Sucateando o Sistema Único de Saúde (SUS) com os sucessivos cortes? E jogando milhares de aposentados e pensionistas na sarjeta com o desmonte da Previdência Social?

Enquanto continuarmos a encarar investimentos sociais apenas como gastos públicos, não conseguiremos alterar a lógica perversa de priorização do capital. Para cada novo corte, novo ajuste e reforma anunciado, temos nos bastidores a dívida pública como justificativa.

Pela auditoria de uma dívida que está levando nossos recursos e nossos direitos. Conheça nosso trabalho e venha fazer parte dessa luta. ##auditoriacidadaja

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

As confissões do FMI

Sexta, 12 de agosto de 2016
Do Esquerda.Net
O mais recente relatório do gabinete independente de avaliação do FMI (sobre a intervenção na Grécia, em Portugal e na Irlanda) apresenta um diagnóstico surpreendente sobre a incapacidade técnica do organismo mais responsável do sistema de pagamentos internacionais. Por Alejandro Nadal.
12 de Agosto, 2016
O relatório do OIE ignora que o objetivo central da intervenção da troika não era salvar a economia grega ou a portuguesa, mas resgatar os bancos dos países credores do núcleo da zona euro - Foto Paulete Matos
O relatório do OIE ignora que o objetivo central da intervenção da troika não era salvar a economia grega ou a portuguesa, mas resgatar os bancos dos países credores do núcleo da zona euro - Foto Paulete Matos

O Fundo Monetário Internacional procurou manter sempre a reputação de que as suas intervenções são baseadas em análises técnicas da melhor qualidade. Também pretendem manter uma política de transparência que proporciona maior legitimidade às suas ações. Por isso mantêm um Gabinete Independente de Avaliação (OIE), que leva a cabo análises sobre diversos aspetos da sua atividade. O OIE responde diretamente ao conselho de diretores executivos e o seu mandato está acima do da diretora-geral, Christine Lagarde.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ministro (da Saúde) de Temer diz que o país não pode garantir direitos constitucionais

Quarta, 18 de maio de 2016
Da Tribuna da Internet

Barros é mais um ministro de Temer a fazer declarações absurdas

Pedro do Coutto 
Parece incrível, mas foi o que afirmou o deputado Ricardo Barros, ministro da Saúde do governo Michel Temer, em entrevista à repórter Cláudia Collucci, Folha de São Paulo de terça-feira, manchete principal da edição. Claro. O destaque é compatível com o impacto negativo que as afirmações despertam.

“O Brasil – sustentou – não vai mais conseguir sustentar todos os direitos determinados pela Constituição, como o acesso universal ao sistema de saúde. Precisará rever o modelo no futuro”. Ricardo Barros, reeleito diversas vezes, encontra-se no quinto mandato. É engenheiro civil. Falou na necessidade da adoção de um novo modelo para a saúde pública. Qual poderá ser? – cabe a pergunta.

Sim, porque se ele diz que as obrigações deverão ser repactuadas, pelo fato de o Estado não ter mais capacidade de sustentá-las, que dirá a população, cuja mão de obra ativa, na escala de 50%, segundo o IBGE ganha de um a três salários mínimos e enfrenta um desemprego na escala de 11%?

terça-feira, 26 de abril de 2016

Pezão no Pezão: Justiça determina arresto das contas do governo do Rio para pagar aposentados

Terça, 26 de abril de 2016
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
A Justiça do Rio determinou hoje (25) à noite o arresto das contas do governo estadual para o pagamento imediato dos proventos  de aposentados e pensionistas.  A decisão é do juiz Felipe Pinelli, que já havia concedido liminar determinando o pagamento na última quarta-feira (20), o que não foi cumprido. A ação foi ajuizada pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

O valor será bloqueado até que  chegue ao necessário para o pagamento integral dos mais de 143 mil aposentados e pensionistas que ainda não conseguiram receber seus vencimentos de março. Como o expediente bancário já se encerrou, a expectativa é que o arresto seja feito amanhã [hoje] (26).

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Stiglitz, Nobel da Economia: “Austeridade foi um fracasso para Portugal e todos os outros países”

Segunda, 18 de abril de 2016
O Nobel da Economia, afirmou que a austeridade fiscal foi um fracasso para a economia portuguesa e que a recuperação do país dependerá de uma mudança de políticas da zona euro.
18 de Abril, 2016
Foto de Peter Klaunzer/Lusa
 
Em declarações prestadas hoje à agência Lusa, Joseph Stiglitz afirmou que a austeridade fiscal foi um fracasso para a economia portuguesa, assim como “para todos os outros países em que se tentou esta mesma política”. Stieglitz acrescentou que “a questão agora é se a zona do euro será capaz de mudar as suas políticas. Se não conseguir mudar, a recuperação econômica de Portugal levará bastante tempo, poderia ser até uma década”.

Para o economista norte americano laureado com o prêmio Nobel, Portugal está a viver um momento de calma “antes da tempestade", "não acredito que os problemas da zona do euro tenham sido resolvidos”, acrescentou. Stiglitz prestou declarações após participar no Fórum Fiscal, um evento na sede do Fundo Monetário Internacional, em Washington, onde se discutiu o sistema tributário internacional.

“Se olharmos para os indicadores macroeconômicos como a dívida pública, eles estão pior agora do que antes”, concluiu Stiglitz sobre Portugal.

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sábado, 16 de abril de 2016

Londres: Dezenas de milhares protestam contra a austeridade; no Brasil, nada

Sábado, 16 de abril de 2016
Do Esquerda.Net
150.000 pessoas, segundo The Independent, manifestaram-se neste sábado nas ruas de Londres, reivindicando saúde, casas, trabalho e educação, protestando contra as políticas de austeridade e pedindo a demissão de Cameron.
16 de Abril, 2016
A manifestação organizada pela People’s Assembly teve o apoio de vários grupos de ativistas e sindicatos e exigiu a melhoria das condições da saúde, habitação e emprego e do fim dos cortes no sistema nacional de saúde, o controle dos custos de habitação bem como a proteção do programa de habitação social.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Varoufakis: Política econômica da União Eropeia "é um fracasso abjeto"

Sábado, 20 de fevereiro de 2016
O antigo ministro das Finanças grego interveio no arranque do Fórum por um Plano B na Europa, que se realiza este fim de semana em Madrid.
Sessão de abertura do Fórum "Plano B para a Europa"
O Fórum por um Plano B na Europa junta ativistas da esquerda europeia que se opõem à Europa de austeridade e contestam abertamente as regras impostas por Bruxelas aos governos nacionais. "A história da Europa nos últimos seis ou sete anos é uma comédia de erros. Erram e depois não podem admitir o erro, o que leva ao falhanço [fracasso]. Quando falham isso leva a austeridade e depois a mais falhanço [fracasso]", disse Varoufakis na abertura do encontro.

Para o antigo ministro das Finanças grego, citado pela agência Lusa, o único plano de Bruxelas é "manter a estrutura de cartel da União Europeia”, qualquer que seja o resultado da receita econômica que prescreve aos países em dificuldades. "E depois falam em recuperação. Que recuperação em Espanha e em Portugal? Ou na Irlanda? A política econômica europeia é um falhanço [fracasso] abjecto!", exclamou Varoufakis, que apresentou recentemente o seu novo projeto político que rejeita a saída do euro e defende uma aproximação ao campo político da social-democracia. "Temos de nos aliar com os Verdes, com os Sociais-Democratas que viram o erro em que caíram. Nós, da Esquerda, percebemos que temos uma responsabilidade histórica para com os povos", propôs o antigo ministro.

Este Fórum para um Plano B vai juntar milhares de participantes em sessões temáticas e plenários que contam com forte participação de ativistas do Sul da Europa, entre os quais os portugueses Francisco Louçã (economista fundador do Bloco), Lídia Fernandes (Marcha Mundial das Mulheres), Mamadou Ba (SOS Racismo) e João Camargo (Precários Inflexíveis). Entre os oradores internacionais estão muitos deputados e eurodeputados do Podemos, Izquierda Unida, EQUO, mas também do Die Linke alemão, do Parti de Gauche e dos Verdes franceses, Partido da Esquerda sueco ou da L’Altra Europa italiana, para além de ex-deputados do Syriza como Zoé Konstantopoulou ou Costas Lapavitsas. Outras figuras das redes por uma globalização alternativa estão entre os oradores, como Susan George (ATTAC) e Eric Toussaint (CADTM), sindicalistas da CGT francesa e da ELA basca e ativistas das redes de apoio aos refugiados e contra a precariedade laboral.

Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, também participará no Fórum através do Skype.

Acompanhe aqui as transmissões em direto do Fórum

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Saiam das nossas costas!

Segunda, 15 de fevereiro de 2016
Do resistir.info
 
por João Vilela
A notícia caiu como uma bomba por estes dias: o gigante financeiro alemão Deutsche Bank corre o risco de colapsar. É um choque de frente para toda a direita neoliberal e para todas os seus sonhos e expectativas, um mundo que se arruína e naufraga, deixando um cortejo de suplicantes gemendo e chorando a sua perda. Um banco, para mais privado, para mais alemão, para mais empreendedor, para mais proativo, e dinâmico, e acostumado a bater punho, esfarelar-se assim, sem mais nem menos. Teria maus gestores? Mas se todos sabemos que só o Estado, porque não tem a noção de estar a gerir o que é seu, é mau gestor! Teria havido incompetência dos supervisores? Mas se sabemos que só os supervisores portugueses são incompetentes! Há-de ter sido culpa dos trabalhadores alemães, esses calaceiros [indivíduo que não trabalha ou não gosta de trabalhar]; preguiçoso, que vivem acima das possibilidades e depois não pagam os empréstimos que pediram. Mas acaso não nos disseram que os calaceiros éramos nós, os trabalhadores portugueses? E que por nossa culpa o Estado devia dinheiro que pediu emprestado para construir escolas, e os bancos deviam ao estrangeiro para comprarmos férias em Cancun, e que lá fora, onde os protestantes eram comedidos e regrados (sim, eu ouvi o Viriato Soromenho Marques sair-se com esta), não havia situações assim?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Boulos: Recessão pode trazer para as ruas a "Massa trabalhadora vinda do asfalto esburacado das periferias"

Quinta, 11 de fevereiro de 2016
"Apenas uma coisa é certa. Se este povo for às ruas em 2016 não será para tirar selfies com a tropa de choque."
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Do Náufrago da Utopia
Celso Lungaretti

Mais uma vez os articulistas de esquerda começam a chegar onde estou há um bom tempo. Em julho de 2015 eu alertava:
"O arrocho fiscal do Joaquim Levy vai matar brasileiros de fome e consequências da miséria, literalmente. Temos de procurar uma saída heterodoxa para o buraco em que estamos. A ortodoxa é impraticável, vai gerar um tsunami social. 
...se [a política econômica] não mudar, este país vai pegar fogo..."
Bem, o malfadado austericídio continua aí, só mudou o encarregado de no-lo impor. Nisto admito ter cometido um erro de autoria: o ajuste fiscal, com todas as suas mazelas e injustiças, deve ser creditado inteiramente à Dilma; não era do Levy nem é do Barbosa, meros executantes.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Parlamento português chumba (rejeita) Governo PSD/CDS

Terça, 10 de novembro de 2015
O programa de Passos Coelho e Paulo Portas foi rejeitado na Assembleia da República. A aprovação da Moção de Rejeição, com 123 votos a favor e 107 contra, implica a queda do executivo de direita, que fica em gestão, com poderes muito limitados, até à tomada de posse do novo Governo. Catarina Martins sublinhou que foi um “resultado histórico”.
Foto de Mário Cruz, Lusa.

Após a votação da Moção de Rejeição do Partido Socialista, aprovada com os votos dos grupos parlamentares do PS, Bloco, PCP e Verdes, e também do deputado do PAN, a mesa da Assembleia da República decidiu não sujeitar à votação as restantes moções de rejeição – do Bloco, PCP e Verdes – na medida em que todas visavam a rejeição do programa do Governo PSD/CDS.

“Um resultado histórico”

Assim que terminaram as votações, a porta voz do Bloco de Esquerda juntou-se à concentração pela queda do Governo.

Abordada pelos jornalistas, a dirigente bloquista sublinhou que este foi um “resultado histórico”, uma vitória da "luta de tantos anos de pessoas que nunca se vergaram" perante o ataque feroz da direita contra os seus direitos e contra o Estado Social.
Um resultado que permitiu “derrubar a ideia de que os governos têm de ser sempre iguais” e que mostrou que “é possível construir alternativas que respondam à vida e aos problemas concretos das pessoas”.

"Legítima esperança num novo ciclo político"

Nobel de Economia Stiglitz: política de austeridade levará a mais desemprego e desigualdade

Terça, 10 de novembro de 2015
Wellton Máximo — Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Prêmio Nobel de Economia de 2001 e professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Joseph Stiglitz, é o entrevistado do Espaço Público (Reprodução TV Brasil)
Prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade de Columbia, Joseph Stiglitz diz que a política de austeridade e de juros altos ameaçam o combate às desigualdades —Reprodução/TV Brasil
O combate às desigualdades no Brasil está ameaçado pela política de austeridade e de juros altos que ampliará o desemprego e sufocará a economia. A avaliação é do Prêmio Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, entrevistado desta semana do Espaço Público, da TV Brasil.
Professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Stiglitz citou o Brasil como referência na diminuição das desigualdades. Ele defendeu a continuidade dos investimentos em educação, dos programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, e da criação de empregos, mas disse que os ganhos obtidos nos últimos anos estão em risco devido aos cortes de gastos públicos praticados atualmente.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Stiglitz: “Partidos de centro-esquerda acobardaram-se e submetem-se à Alemanha”

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Segunda, 27 de julho de 2015
Para o Prêmio Nobel da Economia não é surpreendente que uma figura anti-austeridade, como Jeremy Corbyn, surja como sério concorrente à liderança do Partido Trabalhista britânico. "Fora da Alemanha a ideia de que a austeridade é prejudicial está muito disseminada. Acho que é a visão correta, entende".
27 de Julho, 2015
As pessoas irão lutar contra as políticas de austeridade, entende o Prémio Nobel.

“Não estou surpreendido de todo que exista uma reivindicação por um forte movimento anti-austeridade em torno do aumento das preocupações com a desigualdade. As promessas do New Labour no Reino Unido e dos Clintonites nos EUA têm sido uma deceção”, afirmou o ex-economista do Banco Mundial e professor na Universidade da Columbia nos EUA.
Joseph Stiglitz entende ser natural que os jovens sejam os defensores mais prováveis da candidatura de Jeremy Corbyn à liderança do Labour por se sentirem mal e estarem desiludidos com a política mainstream.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Como o Goldman Sachs lucrou com a crise da dívida grega

Quinta, 23 de julho de 2015
O banco de investimento ganhou milhões de dólares para ajudar a esconder a verdadeira dimensão da dívida - levando-a praticamente a dobrar de tamanho. Da mesma forma, cidades e estados americanos têm sido obrigados a cortar serviços essenciais por estarem presos a operações similares.

Por Robert Reich, ex-Secretário do Trabalho dos EUA.
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Imagem de Thierry Ehrmann / FLickr
A crise da dívida grega põe em evidência uma vez mais os poderes de persuasão e predação de Wall Street – uma peça que permanece invisível na maioria dos relatos sobre a crise do outro lado do mundo.
A crise foi agravada anos atrás por uma operação do Goldman Sachs, arquitetado pelo atual diretor-executivo do banco, Lloyd Blankfein. Juntamente com a sua equipa, Blankfein ajudou a Grécia a esconder a verdadeira dimensão da sua dívida e, no processo, fê-la praticamente dobrar de tamanho. Da mesma forma como ocorreu na crise do subprime americano, e que levou à atual situação crítica de muitas cidades americanas, um empréstimo predatório de Wall Street teve um papel importante na crise grega, embora pouco reconhecido.
Em 2001, a Grécia procurava maneiras de mascarar os seus crescentes problemas financeiros. O Tratado de Maastricht exigia que todos os membros da zona do euro mostrassem melhorias nas contas públicas, mas a Grécia ia na direção oposta. Então o Goldman Sachs veio em seu socorro, oferecendo um empréstimo secreto de 2,8 mil milhões de euros, disfarçado de swap cambial não contabilizado – uma operação complicada, em que a dívida da Grécia em moeda estrangeira foi convertida em obrigações em moeda local, utilizando uma taxa de câmbio fictícia.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Em vez de cortar gastos sociais, auditar a dívida

Segunda, 13 de julho de 2015
Por Edmilson Rodrigues
Os débitos brasileiros com o mercado têm diversas irregularidades e violam a Constituição


Edmilson RodriguesO ano de 2015 começou com duros golpes na classe trabalhadora que recebeu a conta da crise internacional, que deixou de ser “marola”. Primeiro foram os pescadores, os desempregados e as viúvas. Depois a conta chegou aos importantes e estratégicos ministérios das Cidades, Saúde e Educação com um contingenciamento de mais de R$ 70 bilhões. Enquanto isso, os banqueiros seguem lucrando à margem de qualquer crise.
Todo esse arrocho tem como objetivo viabilizar o chamado “superávit primário”, ou seja, a reserva de recursos para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública federal. Tal opção política serve para, mais uma vez, tentar “comprar” a credibilidade do mercado financeiro, o principal beneficiário dessa dívida.

sábado, 11 de julho de 2015

No Brasil, pátria educadora, a Universidade Federal da Bahia (UFBa) deve suspender pós-graduação após corte de verbas federais em 75%

Sábado, 11 de julho de 2015

 
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Apenas os valores já empenhados atingem R$2.023.721,72

Matéria publicada originalmente pela TB em 11/07/2015
A Universidade Federal da Bahia (UFBa) anunciou que o repasse de verbas federais para os recursos de pós-graduações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi reduzido em 75%, em relação aos valores atribuídos inicialmente. O ofício foi encaminhado à Pro-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação (Propg) da Ufba.
O valor destinado aos programas de pós-graduações da Ufba foi reduzido para R$1.068.925,00, sendo que a previsão inicial era de R$ 4.275.700,00. Apenas os valores já empenhados atingem R$2.023.721,72.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Paul Krugman: “Lições políticas da derrocada do euro”

Sexta, 10 de julho de 2015
Do ESQUERDA.NET
Segundo o Nobel da Economia, há uma lição sobre a Grécia “que é relevante para todos nós – e não é a habitual sobre deixarmos de ser despesistas para não nos transformarmos na Grécia”. “O que nós aprendemos, em vez disso, é que a austeridade fiscal adicionada a uma moeda forte é uma mistura altamente tóxica”, advoga.
Foto de Lou Gold.

“É agora claro, ou deveria ser claro, que o programa grego estava destinado ao fracasso sem um significativo alívio da dívida; independentemente de quão se esforçaram os gregos, a austeridade iria encolher o PIB mais rapidamente do que reduziu a dívida em comparação com o cenário base, pelo que a situação da dívida estava condenada a piorar mesmo que a tentativa de equilibrar o orçamento impusesse grande sofrimento”, refere Paul Krugman na sua coluna no The New York Times.

Segundo o Nobel da Economia, “há uma lição mais geral sobre a Grécia que é relevante para todos nós – e não é a habitual sobre deixarmos de ser despesistas para não nos transformarmos na Grécia”.
“O que nós aprendemos, em vez disso, é que a austeridade fiscal adicionada a uma moeda forte é uma mistura altamente tóxica. A austeridade fiscal deprime a economia, e empurra-a no sentido da deflação; se for acompanhada de uma moeda forte (no caso da Grécia o euro, mas uma taxa de câmbio fixa, um padrão-ouro, ou qualquer tipo de medo obsessivo de inflação teriam o mesmo efeito), o resultado não é só uma depressão e deflação, mas, muito provavelmente, também um falhanço [não êxito] em reduzir o rácio [a proporção entre a dívida e o PIB] da dívida”, avança.

“A título de comparação”, Krugman aponta o “exemplo favorito de austeridade bem-sucedida, o Canadá nos anos 90”.

“O Canadá tinha uma dívida bruta de cerca de 100% do PIB, comparável com a Grécia na véspera da crise financeira. Nessa altura procedeu a um ajustamento fiscal bastante grande – 6% do PIB de acordo com a medida do FMI do saldo estrutural, que é um terço do que a Grécia fez mas é comparável com outros devedores europeus. Mas o desemprego caiu continuadamente. Qual é o segredo do Canadá?”, questiona o economista.

Segundo Krugman, o “segredo foi dinheiro fácil e uma importante depreciação da moeda”, sendo que “estes compensaram os entraves da austeridade, permitindo o crescimento”.

O Prêmio Nobel deixa ainda críticas ao “setor conservador do espectro político dos EUA”, que, ao mesmo tempo que aponta a “Grécia como um alerta, está, na realidade, a reclamar que reproduzamos a combinação de políticas que tornaram a dívida grega num verdadeiro desastre”.

sábado, 27 de junho de 2015

Varoufakis: Recusa em prolongar prazo retira “credibilidade ao Eurogrupo”

Sábado, 27 de junho de 2015
Do ESQUERDA.NET
Ministro das finanças lamentou que Eurogrupo tenha rejeitado proposta de extensão do programa por uns dias para permitir ao povo grego votar as propostas dos credores. Varoufakis frisou ainda que o governo não podia aceitar “as consequências recessivas das propostas”, sublinhando, contudo, que “só o povo grego poderá decidir”. Presidente do Eurogrupo intensificou chantagem.